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-Sessão de 3 de Fevereiro de 1926

Fui eu o mais esses homens que evitá-snos para o país os perigos e as más consequências do movimento chefiado pelo ,Sr. Martins Júnior.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Joaquim Crisóstomo: — As notícias que correm confirmam que os revoltosos foram presos, mas quem entra nesta casa do Parlamento fica com a impressão de que o movimento continua, porque se ^encontram desertas as cadeiras do Poder.

Jíão posso compreender como é que o

Supus a princípio que, quando não encontrasse ocupando a cadeira da presidência o Sr. António Maria da Silva, pelo menos qualquer outra cadeira do Governo se encontraria ocupada.

Mas estou tani habituado a decepções, •em matéria política, que já nenhuma delas me impressiona, nem me faz pensar dois minutos.

Tenho de aceitar os factos como eles são, e tenho de ver a marcha dos negócios públicos em Portugal pela forma como ela se apresenta, e quaisquer comentários que pudesse -fazer, cabidos ou descabidos,. de. forma alguma influiriam, como áantas vezes tem sucedido, no sentido de modificar os usos e costumes do Poder Executivo.

Elo mantém-se inabalável na sua decisão. -

Porquê?

,; Porque eu não tenho razão?

,£ Porque a razão está do lado do Go-

O país o julgará, ele que acaba de se ^manifestar por um conjunto de indivíduos •que alteraram a ordem pública no propósito de fazer cair o Governo e nomear um soutro da sua confiança.

.Não ó esto o momento para julgarmos

Em princípio, sou contra todas . as revoluções porque sou partidário da or-, da disciplina o da evolução. Não

posso aceitar revoluções senão de carácter económico quando tendem a transformar a organização política da sociedade para criar situações melhores àqueles que passam fome e vivem na extrema miséria.

Não só pode passar de um estado de carácter individual para um estado social ou socialista evolutivamente; é necessário que haja uma revolução profunda; mas em simples matéria política pode facilmente passar-se de um regime para outro sem dar um tiro on sem o emprego de uma espingarda.

São exemplos disso o 19 de Outubro, em que se não travou luta entre quaisquer forças, e recentemente o 18 de Abril o o 20 de Junho em que os revolucionários se transformaram em juizes, como o país in'.eiro sabe pelas notícias 'dos jornais sobre o que se passou nos julgamentos realizados na Sala do Risco do Arsenal, em que a disciplina do exército foi reduzida a vergonha extrema.

Num país como o nosso em que os poderes do Estado assistem ao decorrer de julgamentos desta natureza, esses poderes do Estado perdem toda a força moral para condenar quaisquer movimentos revolucionários.

Num estado revolucionário nos encontramos nós permanentemente há longos anos por parte daqueles que estão investidos do poder e têm deixado de cumprir a lei concorrendo assim para a desordem e para a anarquia. Não há regime que preste quando não ó apoiado na lei e quando não tem por única razão de ser o cumprimento dela.

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João Franco, mais tarde, declarou que estava regenerado, pois anos Gepois foi de novo ditador como em 1895.

Foi o que aconteceu com o Sr. Domingos Pereira.

Em 1919, com a publicação dos trinta suplementos ao Diário do Governo, foi também um ditador.

A história política repete-se.