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Diário das Sessões do Senado

Não temos pena de morte. As pessoas que praticam crimes pagam como devem pagar.

} Se assim não fosse, podia dizer-se que não havia justiça em Portugal!

i Mas é curioso que há muita gente que diz que se não se tivesse dado o caso do Banco Angola o Metrópole teria "de sor inventado!

Naturalmente o que eles querem dizer é que nós somos os responsáveis.

j Mas em quanto esses cavalheiros não forem glorificados na história política do nosso país, nós cá estaremos pai-a evitar que sejam fuzilados esses ínclitos varões.

Sou português da gema, e desde os primeiros instantes- em que fiz a nomeação do juiz, e das .pessoas que o auxiliam comecei a sentir essa hostilidade.

Se é um processo político, não quero fazer a injúria aos parlamentares de acreditar que S. .Ex.as são o porta-voz das injúrias que se fabricam lá fora.

Os cavalheiros estão muito enganados, porque já estamos dispostos —embora eu vá para a morgue, ainda hão-de ficar alguns— a não nos deixarmos ir abaixo sem dizermos do nossa iustiça.

Este processo, seja como for, há-de chegar ao fim, e faço a justiça ao Parlamento da República de não ter intenções diversas daquelas que nós temos.

Muitos apoiados.

Há-de haver uma integração de esforços de tal ordem, que pela primeira vez um processo desta natureza chegará a seu termo.

j E querem fazer a injúria ao exército de o emparceirar com essa meia dúzia de cavalheiros perturbadores da ordem!

Sr. Presidente: que injustiça!

V. Ex.a, que é um dos grandes ornamentos do exército, pode ver bem a gravidade da suspeição de que o exército só poderia encher de lama, de tal forma que não lhe bastariam umas poucas de gerações para o reabilitar.

Eu não faço essa injúria a essa instituição que tem tradições honrosíssimas.

Esses cavalheiros que vieram para a rua «a fim de fuzilarem os autênticos criminosos do caso do Banco Angola e Metrópole», não tinham outro programa, pelo menos que se conheça.

Este Governo veio, portanto»,numa ho-

ra em que tinha a certeza de que todos* os portugueses lhe davam voto de confiança às suas intenções.

Quem não reparar na responsabilidade-enorme que adviria pela não sanção destes, crimes é que pode julgar que se poderá lazer alguma cousa de elevado, deixando isso a ser tratado pelos processos-com que se cuidaram casos idênticos.

Mas há outras questões em que o. Governo põe todos os dias a questão de confiança, isto sem querer injuriar o Parlamento, pressupondo que ele não se irmana-com o Governo na necessidade de resolver a questão financeira.

jfPois havemos-de continuar no deboche— permita-se-me o termo— das contas públicas sem publicidade, nem análise?

Precisamos do ter o Orçamento discutido e aprovado, precisamos de ter uma, lei de meios votada no prazo que a Constituição marca, precisamos que o déficit' revelado do Orçamento se deminua quanto-possível, entrando num caminho que seja. antagónico -do chamado «Engrola a Metrópole».

E necessário que a nossa moeda seja, estável pelos processos decentes e honrados de que uma nação pode e deve lançar mão.

Tomara a França estar rapidamente na* situação que nós rapidamente vamos conquistar.

O Sr. Ministro das Finanças tem jáà feita a sua proposta de lei'sobre o problema dos tabacos'.

Vai eniregá-la à análise do Parlamento^ porque o regime dos tabacos não deve--tornar-se uma arma contra a República.

Saindo este Governo do Partido Democrático, e tendo no seu programa a. resolução da questão dos tabacos, não>se-compreende que a não trate completa-' mente.