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Diário 'das Sessões do Senado

tar a polícia para manter a ordem entre os incautos que caíram na ratoeira que lhes foi armada.

Eu peço ao Sr. Ministro das Colónias a fineza do chamar a atenção do seu colega do Interior para este caso que eu considero gravíssimo. Apoiados.

Há mesmo, por essa cidade fora, uma quantidade enorme de exploradores que andam pelas escadas dos prédios vendendo essas senhas às criadas de servir, às donas de casas, emfim, a toda a-gente que se deixa embrulhar nesse novo negócio, equivalente, como já disse, ao conto do vigário.

Há um outro aspecto do problema a que é necessário atender.

Eu não sou partidário de qualquer espécie de jogo e, portanto, não concordo com a lotaria da Misericórdia de Lisboa, mas dssde que esse jogo por ora existe produz uma receita avultada aplicada a fins de beneficência que não seria necessário arranjar doutra forma se a lotaria desaparecesse, tenho a impressão de que, deixando-se alastrar este verdadeiro roubo, a lotaria há-de ser altamente prejudicada, pois que, sendo exactamente nas classes menos abastadas^ que se encontram os compradores da lotaria, estes deixando de B adquirir para darem preferência às celebres senhas.

O meu desejo seria que essas pessoas não comprassem a' lotaria legal nem jogassem de forma alguma.

Mas todos os dias vejo anúncios ocupando páginas inteiras dos jornais diários pagos à custa deste saque coti-diano, e eu pregunto para onde caminhamos e se as autoridades se podem manter insensíveis perante actos que são verdadeiros latrocínios.

Como estou no uso da palavra peço também ao Sr. Ministro das Colónias para solicitar do Sr. Ministro da Instrução que ordens sejam dadas para me ser fornecida uma nota da frequência às escolas primárias superiores.

Apesar de fazer idêntico pedido, há ,dois anos, a todos os Srs. Ministros da Instrução, até hoje ainda não consegui deferimento.

O Sr. Ministro das Colónias (Vieira da Bocha): — Ouvi com a máxima atenção

as largas referências feitas pelo ilustre Senador Sr. Artur Costa à questão do jogo e. à nota de frequência nas eseolas primárias superiores.

Posso afirmar a S. Ex.a que farei scientes os meus colegas do Interior e da Instrução, mas estou absolutamente convencido de que S. Ex.as pelo Boletim Oficial terão também conhecimento detalhado do seu discurso.

O Sr. Costa Júnior'*. —Pedia a V. Ex.a a fineza de me informar se se encontram sobre a Mesa os documentos sobre contribuições directas que solicitei pelo Ministério das Finanças.

O Sr. Presidente:—Ainda não.

Vou, porém, instar pela seguinte remessa das informações solicitadas por V. Ex,,a

O Sr. Mendes dos Reis: — Eequeiro a V. Ex,a que se digne consultar a Câmara sobre se consente que, sem prejuízo dós oradores inscritos ou a inscrever, seja posto à discussão o projecto de lei n.° 94, que concede um subsídio ao Comité Olímpico Português.

É aprovado este requerimento.

O Sr. Silva Barreto : — Roqueiro a V. Ex.a que consulte o Senado sobre se concorda .em que entre em discussão, na altura que V. Ex.a entender, mas hoje, a proposta de lei n.° 27, que diz respeito a um selo comemorativo.

É aprovado este requerimento.

O Sr. Espírito Santo Machado: — Pedi a palavra para expor a V. Ex.a e à Câmara os comentários que me sugere a leitura do modus vivendi negociado entre as colónias de 'S. Tomé e Príncipe e Moçambique.