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Diário das Sessões do Senado

por V. Ex.1 acerca da enorme catástroíe que tanto feriu a laboriosa região da ilha do Faial.

O Sr. Azevedo Coutinhô:'-— Sr. Presidente: pedi a palavra para, em nome deste lado da Câmara, me associar ao voto que V. Ex.a exprimiu.

Devo dizer a V. Ex.a que a minoria monárquica acompanha com o maior sentimento os grandes prejuízos e os grandes desastres que a cidade da Horta e a Ilha de Faial sofreram.

Como antigo marinheiro muito especialmente o faço por se tratar do uma população de marinheiros dos mais bravos o valentes que têm existido em Portugal. Significo, pois, toda a minha admiração a essa gente tam honrada e tam sacrificada.

O orador não reviu.

O Sr. Alves Monteiro: — Ern nome da maioria associo-mo ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

O Sr. Ferraz Chaves: — Sr. Presidente: pedi a palavra para individualmente me associar ao voto proposto por V» Ex.a Faço-o conio cidadão português, cumprindo, portanto, o meu dever e, também, por solidariedade o gratidão para com os ilustres parlamentares que me acompanharam tam dedicadamente quando, em condições aflitivas para o meu distrito, solicitei providências superiores.

Como V. Ex.as sabem, o meu distrito é dos mais castigados em catástrofes desta natureza e ainda ultimamente em Martosa, Furadouro e Espinho a fúria dos elementos om luta se lançou contra essa população tam laboriosa.

Sempre i ncontrei por parte dos parlamentares açoreanos a maior solidariedade o, assim, pela mesma razão por que se acudiu a esses sinistrados, acho de toca a justiça que o Governo acuda, na medida do possível, àqueles portugueses de boa têmpora, não só satisfazendo às suas justas necessidades, mas acudindo-lhes com socorros imediatos.

Ao Sr. Machado de Serpa peço licença para fazer uma pequena rectificação nas suas afirmações.

S. Ex.a como bom açoreano aânnou quo as suas considerações estavam no

coração de todos os parlamentares açoreano^.

Não está só no coração dos parlamentares açoreanos, porque está no coração de todos os portugueses.

Apoiados repetido».

O Orador:—Porque eu, Sr. Presidente, não distingo entre açoreanos e continentais quando se trata de calamidades . que assolam, qualquer ponto do País.

Dito isto que, com certeza, estava no espírito do ilustre parlamentar, termino acompanhando esse meu colega no voto proposto por V. Ex.a

O orador não reviu.

O Sr. Machado Serpa: — Sr. Presidente: ao terminar a sua exposição sugestiva, e eloquente alocução, o meu ilustre colega o Sr. Ferraz, (Jhaves. fez inteira justiça às minhas intenções.

Não podia ser propósito meu, Deus me livre disso, fazer a mais leve arguição aos meus colegas desta Câmara.

Tenho contado sempre com o apoio seguro, incondicional do Senado inteiro para poder ser essa a minha intenção quando me associei ao voto proposto por S. Ex.a o Sr. Presidente.

Creio que o Sr. Ferraz Chaves me dispensa quaisquer outras explicações.

Apoiados.

O Sr. D. Luís de Castro': —Falando pela primeira vez no Senado, saúdo V. Ex.R e a Câmara cumprindo assim um dever de cortesia que a praxe estabeleceu.

Saindo do isolamento doloroso em que tenho estado confinado e vencendo a minha repugnância de colocar-me em qualquer evidência, por motivos de ordem íntima sentimental, que não vou pára aqui expor, vim hoje ao Senado para me associar a todas as manifestações de pesar e do que certamente a Câmara havia de votar pelo cataclismo que assolou um 'dos distritos mais lindos, activos e dignos da simpatia de todos aqueles que formam Portugal.

Se o faço, apesar de não ser açoreano, é porque tenho para com os Açores uma dívida de gratidão aumentada por uma dívida de admiração.