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Sessão de Í4 de AM de 19Ê6

porque era ao arbítrio do sindicato e da Associação dos Jornalistas do Porto, tendo já sido duma parcialidade que em nada prestigia aquelas colectividades.

^Mas em. que se resume isto ?

É que o sindicato quere só considerar como profissionais de imprensa os jornalistas remunerados o o decreto engloba tanto os remunerados, como os não remunerados, desde que sejam de verdade jornalistas, trabalhando permanentemente com funções definidas.

Então o médico que faz clínica de graça, como já houve dois na minha terra — o Dr. Sobral e o Dr. Leopoldo de Carvalho—

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E um critério com que eu não posso concordar.

E ai dos jornais pobres, dos jornais pe° quenos, se não fosse a dedicação dos que para lá escrevem para servirem o seu ideal.

O Mundo, que foi um dos baluartes da República e que contribuiu imenso para que caísse o trono, esteve nestes casos.

Quem escrevia para lá não ganhava dinheiro, antes o despendia.

Pregunta-se: esses homens não podiam ser considerados jornalistas?

(íEmídio Navarro, António Enes, Ma-riano de Carvalho, Magalhães Lima, Brito Camacho, e ... eu, que há trinta anos dou todo o esforço da minha cultura e inteligência ao. jornalismo, não eram, nem somos jornalistas?.

O Rebate, que também ó feito de dedicações, tem homens que para lá trabalham sem jreeeber a mínima remuneração.

£ Esses homens não são jornalistas?

No meu jornal, A Montanha, que há 13 anos faz uma boa propaganda republicana, onde só se paga ao secretário de redacção e aos correspondentes de Lisboa, não há jornalistas?

Eu tenho uma alta consideração e carinhosa estima pelos meus camaradas da imprensa, considero-os da minha família

espiritual, porque há trinta anos convivo com eles, razão por que mais eu lamento que do Sindicato da Imprensa fosse possível sair este panfleto, que nem parece feito por jornalistas.

Disse.

Apoiados.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente :—Informo o Senado que não só não mandei distribuir Gsso panfleto como proibi a sua distribuição por conter frases injuriosas para o Poder Executivo, embora me dissessem que ele tinha sido distribuído na Câmara dos Deputados.

O Sr. Ferraz Chaves:—Peço perdão a' V. Ex.:i mas garanto que elo mo foi distribuído e entregue por um contínuo.

O Sr. Presidente: — Se foi distribuído, foi contra minha ordem porque eu proibi a sua distribuição.

O Sr'. Fernando de Sousa:—Sr. Presidente : em sessões anteriores referi-me aqui a um importante assunto, o dos passaportes e dos embaraços que cansavam à livre circulação dos viajantes e aos estorvos ao desenvolvimento do turismo ocasionados pelas exigências dos vistos.

Além disso ponderei as dificuldades quõ da organização dos serviços dos passaportes resultam para os nacionais.

Vi depois com prazer public; do um decreto facilitando a concessão dos passaportes especiais, -quer a funcionários em missões de serviço, quer a parlamentares, tomando-se assim em conta as considerações que aqui foram feitas por alguns Senadores.

Congratulo-me por ver que o Sr. Ministro dó Interior atendeu essa necessidade.

Mas, Sr. Presidente, temos ainda a questão dos vistos.

Vi há dias a notícia de que se iam suprimir para os países que nos derem essa reciprocidade.