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Diário das Sessões do Senado

representa de forma alguma encargo para o Estado, pois é a própria Junta Geral que fornecerá os fundos necessários para o estabelecimento dessa rede.

A Junta Geral tem pedido por mais de uma vez que lhe seja dada a necessária autorização, não tendo no emíanto ainda conseguido o seu fim.

Peço pois a V. Ex.a que pondere ao Sr. Ministro do Comércio as vantagens que adviriam para o norte da província do Alentejo com o estabelecimento desta rede, que facilitará a realização das transacções comerciais.

V. Ex.as sabem bem quais são as dificuldades de comunicações que existem entre as distantíssimas povoações alente-janas, visto as estradas da província estarem em péssimo estado.

Apoiados do Sr. Caldeira Queiroz.

Escuso pois de insistir nas vantagens que há em o Sr. Ministro do Comércio dar satisfação a este tam justo pedido.

Apoiados do Sr. Caldeira Queirós.

Vê] o j com o maior prazer, que o Sr. Caldeira Queiroz me apoia...

O Sr. Caldeira Queiroz:— j De todo o o coração e com o maior entusiasmo!

O Orador:—Folgo muito, porque representa, decerto, o desejo de todo o distrito.

Tenho dito.

O Sr. Ministro das Colónias (Vieira da Rocha):— Farei constar a S. Ex.a o Sr. Ministro do Comércio as considerações do ilustre Senador Sr. Azevedo Coutmho, referentes à questão telefónica do Alto Alentejo, não obstante S. Ex.a dever ter conhecimento do assunto pelo Diário do Senado.

O Sr. Querubim Guimarães: — Sr. Presidente: numa das últimas sessões pedi a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro da Instrução, porque desejava fazer algumas considerações na presença de S. Ex.a

Não sabendo se aqui virá hoje ou não, pedia a V. Ex.a, Sr. Presidente, o favor de mandar saber se S. Ex.a se encontra na Câmara dos Deputados e, em caso afirmativo, se é sua intenção aqui vir, como eu desejava.

Aproveito a ocasião de estar com a palavra para preguntar ao Governo por intermédio do Sr. Ministro das Colónias, que se encontra presente, se porventura tenciona ou não, ainda nesta legislatura, que já está prorrogada, tentar, ao menos, resolver o gravíssimo problema das estradas.

Há imenso tempo que se reclama de todos os lados, de todas as regiões, pela necessidade que há de reparar várias estradas.

E urn clamor geral em todo o País> de norte a sul.

Há estradas que são verdadeiros abismos, não se podendo transitar por elas. E a situação agrava-se cada vez mais, e de tal modo que dentro de pouco tempo é impossível ao Estado intervir com eficácia.

Já na outra legislatura variadíssimas vezes aqui se tratou do assunto. Governos anteriores bons propósitos anunciavam nas suas declarações ministeriais. Mas só com propósitos, só com palavras não podemos de maneira nenhuma restabelecer uma situação que é absolutrmente indispensável para o desenvolvimento económico do País.

Não compreendo que num País que se arroga de civilizado não haja aquilo que é mais necessário para as comunicações : as estradas.

As vias férreas sem dúvida que são muito precisas e o nosso País está, sob esse ponto de vista, muito aquém daquilo que poderia e deveria ser.

Mas ao menos que reparemos as estradas.

Em virtude das minhas funções profissionais, eu percorro muitas das estradas do meu distrito e posso asseverar a V. Ex.as que elas estão uma verdadeira lástima.

Impõe-se, repito, a, intervenção imediata do Estado nestes serviços, para que a nossa economia se ressinta o menos possível desta situação desgraçada.

Várias tentativas se fizeram para a reconstrução das estradas do País por meio de empresas particulares.

Lembro-me de se ter falado numa proposta apresentada pela casa Armstrong 0 outra pela casa Shell.