O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Diário das Séssõet do Senado

^necessários são ao desenvolvimento da província.

Apoiados.

Espero que o Sr. Ministro d£.s Colónias me diga se realmente isto é assim.

Sei que na União Sul-Africana ultimamente se tinha feito uma campanha contra a entrada dos indígenas, pois que os operários brancos viam nisso uma restrição à facilidade na sua colocação.

Embora as libras que os indígenas trouxessem para Moçambique venham a fazer falta, creio que devemos ponderar qne a permanência dos trabalhadores nessa nossa colónia é muito mais salutar e eficaz para o seu desenvolvimento, sobem que os efeitos decerto sejam demorados.

Não posso deixar de aludir à noticia que tenho visto a respeito da personalidade que vai ser encarregada de tratar do convénio com a África do Sul. Dizem os jornais que é o Sr. Augusto Soares. Pela minha parte devo dizer quo me parece que essa personalidade, a ser escolhida, é a mais idónea possível.

Esteve, segundo se dizia, para ser escolhido o Sr. Álvaro de Castro, que deixou boas lembranças na província e que parece agora declinou o encargo..

Dou o meu apoio à nomeação do Sr. Augusto Soares, embora deva fazer considerações que se ligam ao assunto que eu aqui t;-ato agora.

Em jornais ingleses tratou-se da possibilidade da ligação dos caminhos de ferro da Rodésia do Sul com as linhas que vão ter a Lourenço Marques e aos portos da União.

A ligação do caminho de ferro da Sua-zilândia com a própria Suazilândia também tem de ser tratada com o maior interesse pelos jornais sul-africanos.

Creio, pois, que o Sr. Augusto Soares poderá também tratar deste assunto, e para mostrar quanta confiança tenho no patriotismo de S. Ex.a, devo dizer qne, apesar de S. Ex.a. ser administrador delegado da Companhia de Moçambique, os interesses desta podem colidir até certo ponto com os interesses do Estado, porque o porto da Beira é um porto concorrente do de Lourenço Marques, perante a ligação das linhas da Rodésia.

S. Ex.a no emtanto porá sempre os interesses do Estado acima dos interesses da Companhia.

O Sr. Ministro das Colónias (Vieira da Rocha): — Ás declarações feitas pelo Sr. Azevedo Coutinho referentes à local que vem em alguns jornais sobre o Governo da União feul-Africana não desejar continuar a receber os trabalhadores indígenas portugueses nas minas do Raiid, conforme a declaração do Ministro dos Negócios Indígenas no Parlamento do Cabo, devo afirmar que não se me afigura que tam breve se possa fazer. Contudo, é isso uma vantagem, visto que vem facilitar o desenvolvimento económico e do fomento da província, onde se torna necessário fazer chegar o caminho de ferro do distrito de Moçambique à Serra Na-rnuli., zona própria para colonização europeia e largo desenvolvimento pecuário, irrigação do vale do Limpopo, etc.

No acordo actualmente em vigor derivado da convenção de 1909K que terminou em l de Abril" de 1923, manteve se a cláusula l.a da mesma convenção que se referia à mão de obra.

Essa mão" de obra representa nem ma;s nem menos do que 100:000 indígenas tirados à economia da província, mas é provável que em vista das grandes obras de fomento tenha de fazer cessar esse acordo, para assim haver os trabalhadores necessários a esse fomento, e as declarações do Ministro no parlamento no Cabo, com as quais me regozijo, só vêm facilitar a minha missão.

Disse.

O Sr. Costa Júnior: — Peço ao Sr. Ministro das Golónias o favor de transmitir ao Sr. Ministro do Comércio e da Agricultura as minhas considerações.

Em Lisboa têm aparecido várias doenças intestinais produzidas pelo leite e manteiga que em Lisboa se estão vendendo.

Assim, vende-se manteiga ao preço de 14$ o quilograma, mas se só comprar nata, ela custa 20/5. Ora a quantidade de sal adicionada àquela não ó para dar a diferença de 4$ a 6$ de menos.

O resultado é que se mistura margarina e outras substâncias nocivas, o que ó preciso que se não permita.