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Diário das Sessões ao Senado

condições . de tal ordem que ficam geralmente desertos.

É natural que se exija, dadas as modernas condições de transporte, automóveis, nina reparação íeita convenientemente, um leito de estrada bem consolidado.

Mas, o que ó um facto ó que para reparação de pequenos troços, como tem sucedido ultimamente com a reparação da estrada ontre Pertalegro e a estação-do caminho de ferro, que têm somente algumas centenas de metros, se tem exigido um cilindro posado que é uma má-quima cara, que os possíveis arrematantes não possuem, do que resulta a praça ficar deserta e as reparações cão se fazerem.

Cilindros desses, segundo creio, há poucos cm Partugal e a única maneira seria considerar de preferência as propostas que satisfizessem essa condição ou então o Estado fazer o aluguel dos que possue.

Mas, não é só de reparações que só deve tratar. Há estradas importantíssimas, como sucede, por exemplo, no distrito de Portalegre com a estrada que vai do Eossio de Abrantes a Montalvão, seguindo a margem esquerda do Tejo, bastante importante sob o ponto de vista militar e cuja construção há muitos anos está interrompida.

Ainda há poucos anos, quando das manobras da divisão de instrução nomeada para partir para a França, tive ocasião de verificar os transtornos que nos causou a passagem por ribeiras e por areais.

Tratava-se duma simples manobra de uma divisão de instrução que, por esse motivo, foi retardada de muitas bóias.

Em momento mais grave calculem V. Ex.as as dificuldades que essa situação não nos trará.

Há uma estrada muito importante que é a que liga Eivas à Fronteira e, portanto, à capital do distrito. Está por construir em cerca de dois cuílómetros e a, estrada de todos conhecida que vai da, margem esquerda do Tejo da Outra Banda a Badajoz, que tem lances, que estão em tal estado q;ie a tornam perfeitamente intransitável.

No distrito de Santarém já não são somente as estradas que esíELo, na sua generalidade, em mau estado, são as pontes que têm caído porque sendo grande parte

do distrito ribatejano, no inverno as cheias arrastam nas o não se tornam a construir.

A estrada de Santarém a Évora, na parte que atravessa o distrito de Santarém, tem estas pontes caídas: Na Raposa, sobre a ribeira de Muge, uma ponte de alvenaria destruída por uma cheia há três ou quatro anos o substituída por outra ponte de madeira que de vez em quando é levada pelas cheias. Na carreira, também entre Raposa o Coruche, caiu uma outra ponte do alvenaria que foi substituída por outra de madeira constante-mento a cair. Sobre o vale do Sorraia há uma ponte que chegou a ter todo o material mas cuja construção foi completa-inente abandonada.

No vale do Sorraia, em duas linhas de água subsidiárias caíram duas outras pontes antigas. Havia há uns anos um lanço de estradas atravessando a várzea do Sorraia, mas a passagem da água era insuficiente, os aquedutos romperam-se logo, a estrada, teoricamente insubmergí-vel, submergiu-se logo à primeira cheia, o seu pavimente de macadame ficou todo deteriorado.

Ainda no distrito de Santarém, na estrada qu& vai de Benavente a Salvaterra caiu uma ponte de alvenaria, a qual foi substituída por outra de madeira que está em péssimo estado.

Na estrada de Abrantes a Castelo Branco caiu trmbém uma ponte que não foi reconstruída.

Vejam V. Ex.as o estado em que estão nesse distrito não só as estradas mas as pontes. Já quási nãophá pontes nessa estrada de Santarém a Évora, que no entanto ó muito importante sob o ponto de vista militar, está cada vez mais intransitável.

Eu espero que V. Ex.a se digne transmitir a súmula das minhas considerações ao Sr. Ministro do Comércio, para que alguma cousa se faça no sentido de melhorar esse estado de cousas.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — Transmitirei ao Sr. Ministro do Comércio as considerações de V. Ex.a