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334 I SÉRIE-NÚMERO 11

Mas parece que isso não vai acontecer. Será que essa intervenção que hoje fez é uma reivindicação a esse lugar de chefe da estação algarvia, ou será que o Sr. Deputado vai ficar apenas como sendo o guarda da linha de comboio do Algarve?

Aplausos do PCP.

O Sr. António Gonzalez (INDEP.):- Sr. Presidente, peço a palavra para formular pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado José Vitorino.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, já não possível usar da palavra para pedidos de esclarecimento porque eles têm que ser formulados imediatamente a seguir à intervenção que os suscita.

O Sr. António Gonzalez (INDEP.): - Então, como não é um protesto que quero formular, visto não estar muito a par das responsabilidades sobre o que está a acontecer nos campos que foram focados pelo Sr. Deputado José Vitorino, posso deixar para outra oportunidade esta pergunta, pois ela tem sempre cabimento.

O Sr. Presidente: - Para contraprotestar, tem a palavra o Sr. Deputado José Vitorino.

O Sr. José Vitorino (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em relação a essa dúvida quase metafísica que foi aflorada pelos Srs. Deputados César Oliveira e Carlos Brito sobre se esta intervenção que eu fiz terá uma ligação directa com a questão de quem ocupa ou não os lugares de maior destaque no distrito de Faro, quero dizer-lhes que os processos de intenção nunca ficam bem quando não têm o mínimo de fundamentos.

O Sr. César Oliveira (UEDS):- E quando têm?

O Orador: - Gostaria de dizer também que para fazer esta intervenção, para além do conhecimento que tinha, comecei a recolher elementos muito antes de se terem verificado os últimos acontecimentos em matéria de distribuição de lugares na vida político-económica do Algarve.
Em segundo lugar, também queria dizer que os Srs. Deputados podem estar descansados porque eu não sou nem serei candidato a governador civil de Faro.

O Sr. César Oliveira (UEDS):- Muito bem! Eu fico descansado!

O Orador: - Portanto, fiquem descansados cota isso embora eu julgue que não ficarão porque terão que me ouvir aqui mais vezes e não permitirei que refiram algumas situações menos verdadeiras. Assim, ficarei aqui para, apesar da vossa acção política extremamente aguerrida, discutir convosco a favor do Algarve.
O Sr. Deputado César Oliveira disse que tudo tinha ficado na mesma, que nada se tinha esclarecido, e falou no fado. Julgo, pois, que o Sr. Deputado é obrigado a fazer ou a repetir essa quadra porque não tem ou não tinha neste momento concreto elementos para poder contradizer ou dar achegas à intervenção que acabei de fazer. Por isso, compreendo essa sua quadra, que naturalmente não me atinge.
A Sr.ª Deputada Margarida Tengarrinha referiu que eu não respondi a nenhuma das questões que me colocou. Ora, queria dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que no protesto que formulou V. Ex.ª não repetiu nenhuma das questões que me tinha colocado e em relação às quais eu não tivesse respondido. E não o fez porque, de facto, eu referi-me e respondi a todas elas.
Mas eu também não disse que a Sr.ª Deputada não conhecia os problemas. O que eu disse foi que a Sr.ª Deputada desconhecia a luta que nesta Assembleia eu e outros deputados algarvios temos travado ao longo destes anos em defesa do Algarve - não quero ser juiz dos conhecimentos que a Sr.ª Deputada tem ou não sobre os problemas do Algarve.
Quando nos acusa de termos deixado as obras paralisadas, dir-lhe-ei muito simplesmente que aquilo que se fez -o que foi pouco e estamos de acordo em que se tem que fazer mais- foi feito por nós nos últimos anos. Que se devia ter andado mais depressa e ter começado muito antes, é verdade e estou de acordo consigo. Aí não há dúvida de espécie alguma. Penso, portanto, que temos de procurar avançar sempre mais depressa sem esta preocupação dos ataques políticos.
Quando nos acusa de termos deixado obras para-a abertura de furos, gostaria que a Sr.ª Deputada fosse junto dos agricultores algarvios dizer-lhes que há cerca de 3 anos, quando se verificaram as consequências mais fortes da seca, era contra os créditos especiais que o Governo concedeu para a abertura de furos.

A Sr.ª Margarida Tengarrinha (PCP): - Eu não disse isso!

O Orador: - Talvez não fosse isso o que a senhora quisesse dizer ...

A Sr.ª Margarida Tengarrinha (PCP): - Nem disse!

O Orador: - Não vale a pena irritar-se, minha senhora!

A Sr.ª Margarida Tengarrinha (PCP): - Não tenho vergonha nenhuma por me irritar com aldrabices!

O Orador: - Talvez a Sr.ª Deputada se quisesse referir à abertura de furos para o abastecimento de água às populações, mas isso também abrangia os agricultores, o que é muito grave.
O Sr. Deputado Carlos Brito disse que tinha ficado elucidado e prezo muito que assim tenha acontecido porque parece que a sua colega de bancada não ficou. Mas, como o Sr. Deputado é o líder parlamentar do PCP, então julgo que todo o PCP vai ficar em breve esclarecido através dos canais habituais.

Risos.

O Sr. Deputado também disse que eu falei como se não tivesse nada a ver com os problemas. Não é isso, Sr. Deputado. Eu falei como algarvio preocupado com os problemas. Seja este governo PS/PSD, tenha sido o governo da AD, tenha sido qualquer outro governo, eu nunca me calei sobre os grandes problemas do Algarve. E aquando dos programas que apresen-