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Ainda apresentado pelo PCP, um voto que faz referência a um incidente com uma embarcação de pesca luso-marroquina, que diz o seguinte:

onsiderando que se verificou mais um incidente com uma embarcação pertencente a uma sociedade de pesca luso-marroquina e perderam a vida 2 pescadores portugueses e 1 outro ficou gravemente ferido;
Considerando que se trata de mais um incidente a juntar a outros ocorridos nos mesmos mares precisamente no 2 º aniversário do ataque ao pesqueiro português Porto do Cru, em que morreu 1 tripulante e 3 ficaram gravemente feridos;
Considerando que aos tripulantes das embarcações que pescam nos mares do Saara não são garantidas quaisquer condições de segurança;
Considerando finalmente que o Governo português demonstrou grande irresponsabilidade face ao ocorrido, ao não divulgar oportunamente o ataque ao pesqueiro, de que tinha conhecimento, fazendo-o apenas 24 horas depois porque instado nesse sentido pela Federação dos Sindicatos das Pescas;

Os deputados abaixo assinados do Grupo Parlamentar da PCP propõem que a Assembleia da República, reunida em plenário no dia 17 de Outubro de 1983, decida aprovar o seguinte voto:

A Assembleia da República manifesta o seu pesar pela morte dos 2 pescadores portugueses a bordo do Diss;
Recomenda ao Governo que sejam tomadas as medidas necessárias ao pagamento das indemnizações às famílias enlutadas;
Reclama a adopção das providências adequadas no sentido da garantia da segurança das vidas dos pescadores das embarcações que exercem a sua actividade nos referidos mares.

O voto de protesto apresentado pelo Partido «Os Verdes» é do seguinte teor:

Vários órgãos de comunicação social, movimentos de opinião pública mundial em defesa da paz, têm denunciado das mais diversas formas a instalação de mísseis na Europa e a escalada armamentista em todo o mundo. A paz e o desarmamento são questões fundamentais para a defesa da existência da própria Humanidade. Os jovens, os pais e as mães da Europa e de todo o mundo estão vivamente preocupados com o futuro.

Na RFA milhares de pessoas de todos os quadrantes políticos, com destaque para os jovens, têm-se manifestado contra a instalação dos mísseis Pershing e Cruise.

Junto a diversas instalações militares norte-americanas têm-se realizado manifestações que foram objecto de uma brutal e inqualificável repressão, com centenas de prisões.

O Movimento Ecologista Português, Partido «Os Verdes», fiel ao seu programa coe defende o desarmamento total e a resolução dos problemas mundiais, pela via do diálogo e da gestão justa e racional dos recursos naturais de cada

país, em colaboração democrática e científica com os demais povos do mundo, solicita que seja aprovado o seguinte voto:

A Assembleia da República protesta de forma veemente contra tais prisões e afirma inequivocamente que a paz na Europa e no Mundo é possível sem a corrida aos armamentos e a instalação do maior potencial destruidor na Europa.

Foi também apresentado pelo PSD um voto de protesto acerca do atentado bombista verificado no Ministério do Trabalho, que é do seguinte teor:

Os deputados abaixo assinados, tendo tomado conhecimento do atentado bombista verificado ontem no Ministério do Trabalho e que danificou especialmente a área de atendimento dos emigrantes, vêm propor um voto de veemente repúdio por parte desta Assembleia para com a prática de tais actos inadmissíveis num Estado democrático e de direito. Mais exigem que os órgãos competentes envidem os maiores esforços para a detecção e punição rigorosa dos autores de tais acções de modo que, pelo exemplo, se desincentive definitivamente a execução de qualquer tipo de acção violenta no nosso País.

Finalmente, 3 votos acerca da atribuição do Prémio Nobel da Paz a Lech Walesa, apresentados pelo CDS, pelo PS e pelo MDP/CDE, cujos textos são do seguinte teor:

Acaba de ser atribuído a Lech Walesa o Prémio Nobel da Paz.
Este galardão, pela sua natureza e importância, ultrapassa a dimensão individual e nacional do galardoado e traduz o reconhecimento generalizado da importância universal da sua acção.
O combate hesitante travado na Polónia por Lech Walesa e pelo Solidariedade na defesa de valores cristãos fundamentais da liberdade e da justiça contra as forças do totalitarismo é agora reforçado pela atribuição do Prémio Nobel da Paz.
A acção de Lech Walesa demonstra que só há verdadeira paz com liberdade e com justiça social e que ambas só são possíveis quando se acredita em valores morais.
A Assembleia da República congratula-se pela atribuição do Prémio Nobel da Paz a esse sindicalista polaco e saúda nele todos os que, com coragem e determinação, procuram, apesar de todas as dificuldades, promover a dignidade da pessoa humana, institucionalizar os direitos fundamentais dos trabalhadores e contribuir para a democracia e para a liberdade.
A atribuição do Prémio Nobel da Paz ao sindicalista polaco Lech Walesa constitui um justo e merecido galardão pelo que representa de reconhecimento no papel preponderante que aquele dirigente sindical tem desempenhado na luta dos trabalhadores polacos pelos direitos e liberdades sindicais, instrumento fundamental para implementação de um sistema político, económico e social em que a fraternidade e a justiça social sejam uma prática consagrada.

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