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5280 I SÉRIE - NÚMERO 123

cado que não foi isso o que eu disse. Se o meu partido defende que se deveria assumir um poder de revisão antecipado, é evidente que é certo dar poderes. Agora, o que V. Ex.ª não dá é poderes, pelo simples facto de vir aqui com o PSD dizer que está de acordo, uma vez que nós não somos suficientes para impor esta resolução e para fazer esta revisão.
V. Ex.ª entendeu o que eu queria dizer. V. Ex.ª nem é sim nem é não, V. Ex.ª é efectivamente aquilo que quer dizer e que quereria que os outros dissessem. Mas o que eu disse è, efectivamente, é e o que V. Ex.ª disse não tem nada que ver com aquilo que eu disse.

Risos.

Quanto ao Governo e às medidas estruturais que pedimos, Sr. Deputado, nós ainda pedimos medidas estruturais, porque aceitamos patrioticamente ir para o Governo. Agora VV. Ex.as, não quiseram ir para o Governo, podem pedi-las da maneira que entenderem. Mas não nos critiquem por pedirmos medidas estruturais.
Pedimos medidas estruturais, aceitamos medidas conjunturais, muitas delas impopulares e temos a coragem de dizer que as aceitamos. Mas mesmo assim fomos para o Governo por objectivos patrióticos, como temos dito.

O Sr. César Oliveira (UEDS):- Aceitam tudo!

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Até aceitam o Sousa Tavares para o Governo.

O Orador: - O Sr. Deputado também quer ir para o Governo? Não é comigo. Foi o Partido Socialista que convidou o PSD e por razões patrióticas aceitámos. Se não convidou o seu partido não é connosco essa questão.
Quanto ao Sr. Deputado Corregedor da Fonseca, refiro que não está em causa a coligação. Não pretendemos empurrar ninguém para parte nenhuma. V. Ex.ª recordou o discurso de 13 de Março, e lembrar-se-á que comecei esta minha intervenção por uma parte desse discurso.

O Sr. Jorge Lemos (PCP):- Se fosse a 13 de Maio!...

O Orador: - O eixo fundamental do discurso de 13 de Março, está no pensamento do discurso que acabei agora de fazer: é que somos pela revisão. Só que um processo, em que à partida não há a garantia de apoio, não só dos quatro quintos, mas dos dois terços necessários para as alterações, está condenado. Esperamos que não seja um processo que vá radicalizar posições e que dificulte uma proposta de resolução futura que, embora necessária e provavelmente mais aceitável, possa vir a ser preterida.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, apesar de estarem inscritos vários Srs. Deputados para formularem protestos, creio ter chegado a hora de fazermos o intervalo regimental para o jantar.
Entretanto, deu entrada na Mesa l requerimento, subscrito por Srs. Deputados do CDS, sendo primeiro subscritor o Sr. Deputado Nogueira de Brito, do seguinte teor:

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República:

Os deputados abaixo assinados vêm requerer, ao abrigo do disposto no artigo 74.º do Regimento, o prolongamento dos trabalhos até às 22 horas, prosseguindo o presente debate na próxima sexta--feira, às 10 horas.

Srs. Deputados, vamos votar este requerimento.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS, do PSD, do PCP e do MDP/CDE, votos a favor do CDS e as abstenções da UEDS e do deputado independente António Gonzalez

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, uma vez que o requerimento apresentado pelo CDS foi rejeitado, mantém-se o esquema de trabalho previsto, sendo certo que, neste momento, temos ainda cerca de 2 horas e 30 minutos de debate.
Ficam inscritos para protestarem depois do intervalo, os Srs. Deputados que entretanto se inscreveram.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): -Sr. Presidente, peço a palavra pára interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Sr. Presidente, interpelo a Mesa no seguinte sentido: há pouco, por consenso, chegámos à conclusão de que o debate em curso seria prejudicado pelo facto de não ser possível ouvir a intervenção e prestar os respectivos esclarecimentos logo de seguida.
Creio que poderíamos perder mais 15 minutos, isto é, poderíamos prolongar os trabalhos por mais 15 minutos, de modo a que o Sr. Deputado Fernando Condesso ouvisse os protestos e lhes respondesse de seguida - ainda antes do intervalo - retomando-se os trabalhos depois do jantar, cerca das 22 horas, com um novo orador.

Protestos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Jorge Lemos, o clamor da Sala foi bastante desfavorável ao seu pedido. Penso, por isso, que será melhor regressarmos ao esquema inicial.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): -Sr. Presidente, dá-me licença?

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, como não costumo pronunciar-me clamando nesta Assembleia e fiquei silencioso à espera de ter oportunidade de me pronunciar, quero dizer que não me associo aos clamores, na medida em que estava de acordo com a proposta do Sr. Deputado Jorge Lemos e que daríamos o nosso assentimento.

O Sr. Vidigal Amaro (PCP): - Muito bem!

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