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2654 I SÉRIE-NÚMERO 82

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ali há resultados concretos! Também é verdade que ali há carências, mas estamos a lutar por ultrapassá-las: No entanto, as referências que fiz são a demonstração exacta de que hoje já há resultados concretos.
Quanto às políticas de ambiente, devo dizer-lhe que me regozijo por verificar que V. Ex.ª pode, hoje, preocupar-se com realizações concretas, com políticas e com coisas que estão a fazer-se. No passado, não se fez nada e, finalmente, hoje estamos a tentar fazer aquilo que durante anos e anos não se fez neste país!

Aplausos do PSD.

O Sr. Alberto Cardoso (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Se for rigorosamente uma interpelação, faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Alberto Cardoso (PS): - É sim, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, a maneira como foi dada a resposta pelo Sr. Deputado José Cesário não se coaduna, de certo modo, com a conduta moral, cívica e ética que se deve ter em linha de conta no relacionamento e nas respostas às questões que foram solicitadas.
De facto, nos últimos actos eleitorais, o PS não tem tido grande expressão eleitoral no distrito de Viseu. Aliás, o distrito de Viseu é, no seu todo, chamado o distrito "cavaquistão" por isso mesmo.
Assim sendo, gostaria de ter ouvido da parte do Sr. Deputado uma intervenção no sentido de dizer que no distrito de Viseu estaria tudo bem, mas tal não aconteceu porque ao PSD cabe-lhe a maior fatia de responsabilidades no desenvolvimento harmónico de todo o distrito e não só da cidade de Viseu.

O Sr. José Cesário (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. José Cesário (PSD): - Sr. Presidente, de facto o Sr. Deputado volta a reafirmar a sua incapacidade para perceber os factos.
Sr. Deputado, por exemplo, a Câmara de Lamego até é liderada por um presidente socialista e nunca o Governo distinguiu um autarca socialista de um social-democrata, e muito menos os Deputados do PSD. Inclusive, o senhor sabe muito bem (e, ainda, recentemente tivemos oportunidade de visitar oficialmente o seu concelho) que não somos nós quem fala no qualificativo de "cavaquistão", são os Srs. Deputados da oposição, porque talvez reconheçam que as populações daquela zona do País tem, com justiça, dado a maioria ao PSD.
E isto acontece apenas por uma razão, Sr. Deputado: é que em Viseu, connosco, têm-se feito coisas e as pessoas, independentemente da sua cor partidária, têm reconhecido isso e têm-nos acompanhado.
Portanto, fica o desafio, Srs. Deputados, para que também VV. Ex.ªs sejam capazes de alterar a vossa conduta, os vossos procedimentos e fazer o mesmo.
Em todo o caso, Sr. Deputado Alberto Cardoso, julgo que não usei para consigo qualquer espécie de comportamento ético menos curial e não pus ern causa a sua postura nesta Câmara.

O Sr. José Eduardo Reis (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da honra.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. José Eduardo Reis (PS): - Sr. Presidente, é, de facto, lamentável que o Sr. Deputado José Cesário se tenha referido às outras pessoas que o interrogaram e se tenha esquecido de mim.
Creio que isso foi uma desconsideração ou talvez a dificuldade de o Sr. Deputado em responder à questão que lhe coloquei...

O Sr. Presidente: - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. José Cesário.

O Sr. José Cesário (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Julgava que o Sr. Deputado José Eduardo Reis era um Deputado do PS, pois na minha resposta referi-me aos Deputados do PS. Porém, peço desculpa, verifico que o Sr. Deputado não aceita integrar-se em tal universo. Ficam as desculpas, Sr. Deputado!

Risos do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, encontram-se a assistir à sessão plenária alunos e professores da Escola Secundária de Santo Tirso, para os quais peço o vosso aplauso.

Aplausos gerais.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Venho aqui para, em nome do PS, sublinhar a realidade. Na verdade, a evolução da realidade social, da realidade económica e da realidade financeira do País fala mais alto que qualquer demagogia governamental. -Ao sublinhar a evolução destas realidades, estou necessariamente a acusar e a desmentir o Primeiro-Ministro Cavaco Silva.
A evolução da realidade social aponta para o agravamento acelerado do desemprego- mais 16 % desde há um ano - e para a perda continuada do poder de compra. A realidade social desmente e acusa o Primeiro-Ministro, que prometeu que com moderação salarial se combateria o desemprego. O Primeiro-Ministro, depois da rábula do acordo de rendimentos e preços para 1994, impôs severas restrições salariais. Mas, mesmo assim, o desemprego sobe sem cessar.
O descontentamento social começa a manifestar-se de forma espontânea e indignada. O que se tem passado nos últimos três dias na ponte sobre o Tejo é exemplar, porque traduz a arrogância de um Governo que não hesita em "assaltar" dezenas de milhares de cidadãos que necessitam de atravessar a ponte para poderem trabalhar, com um aumento de 50 % rodeado de pseudo-justificações que insultam a inteligência dos portugueses, e porque a resposta dos cidadãos tem vindo a subir de tom, mostrando ao Governo que há limites para a paciência, perante a agressão e a incompetência.
A evolução da realidade económica é a de um Portugal em que os quatro anos de segunda maioria absoluta de Cavaco Silva e do PSD representam mais quatro anos perdidos no desafio da convergência económica, social, de nível e qualidade de vida, em relação à União Europeia.

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