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15 DE JANEIRO DE 1999 1285

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - Cabe também a toda a sociedade perceber e respeitar os receios das populações locais, baseados menos na avaliação objectiva do que está em causa e mais numa experiência de relacionamento deficiente com as empresas e com a administração, durante anos sucessivos.
Aquilo que já não pode ser tolerado, Srs. Deputados, é que o registo político-partidário justifique intervenções e conclusões que, baseadas em meias-verdades e inverdades, radicalmente contrariadas por todos os estudos nacionais e internacionais disponíveis e, acima de tudo, pela experiência prática de mais de duas décadas dos nossos parceiros comunitários, venham, desumanamente, explorar e capitalizar a percepção do risco do processo por parte das populações.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Oradora: - Há que trazer confiança e objectividade ás populações.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, há que parar com um processo que, há pelo menos 14 anos, substitui a acção por planos, estratégias e diagnósticos.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Ministra, lamento muito, mas terá mesmo que findar.

A Oradora: - Termino já, Sr. Presidente.
Há que reconhecer que o processo proposto está testado e confirmado, ambientalmente e em termos de saúde pública.
Há que substituir a hipersensibilidade, relativamente aos riscos teóricos das soluções, por uma consciência objectiva do risco real das mesmas soluções.
Há que reestabelecer os mecanismos de controlo e confiança com os presidentes das câmaras, com os presidentes das juntas, com os representantes do povo no Parlamento e com os agentes locais que controlam e acompanham o processo.
Sr. Presidente, Sr- e Srs. Deputados: Está nas nossas mãos assumir o futuro. Repito-vos o que vos disse, no passado dia 16: é criminoso recusá-lo por falta de coragem!

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Silva Marques, Joaquim Matias e Rui Pedrosa de Moura. Aos dois primeiros, por terem, respectivamente, tempo negativo ou pouco tempo positivo, a Mesa concede dois minutos para o efeito; o Sr. Deputado Rui Pedrosa de Moura, porque ainda tens quase dois minutos disponíveis, usá-los-á. A Sr.ª Ministra terá seis minutos para responder aos pedidos de esclarecimento.
Tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo e Srs. Deputados: O silêncio de hoje dos socialistas não é apenas atordoador.

Protestos do PS

Os socialistas falam, mas não dizem; os socialistas estão calados sobre as questões essenciais.

Risos do PS.

Mas, pior, o vosso silêncio hoje não é apenas atordoador, é gélido - gélido, Srs. Deputados! -, porque ele tem o frio das "facas longas"!

Protestos do PS.

O terror socialista matou a voz livre da República! Guilhotinaram Danton! O terror da República matou a voz livre da vossa bancada!

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Sr.ª Ministra, desafio V Ex.ª a responder, de forma inquestionável, às questões que lhe vou colocar,
Sr.ª Ministra, a solução que V Ex.ª encontrou é a mais rentável, Quanto custa a menos rentável? O País deve saber! Este Parlamento deve saber! É que, eventualmente, o País quererá pagar esse preço.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ou V Ex.ª pensa que o País já decidiu que o preço é a saúde e as vidas de duas populações, por muito pequenas que sejam?!

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Ministra tem de dizer aqui qual é o preço da solução menos rentável. E, enquanto não o disser, a Sr.ª Ministra não tem autoridade para avançar para solução alguma.

O Sr. José Saraiva (PS): - Tem, tem!

O Orador: - A segunda questão é esta: se a solução da Sr.ª Ministra é tão boa, se a solução técnica escolhida é tão segura, por que não tirou à sorte, entre as quatro hipóteses consideradas? Por que não tirou à sorte, Sr.ª Ministra? Por que escolheu Maceira e Souselas?

O Sr. José Saraiva (PS): - À sorte?!

O Orador: - A terceira questão tem a ver com o seguinte: os próprios agentes do processo, como publicamente o têm assumido, aconselhavam Alhandra e Outão - e peço-lhe a sua atenção, Sr.ª Ministra, porque estou convicto de que me vai responder...

O Sr. Presidente: - Faça favor de abreviar, Sr. Deputado.

O Orador: = Vou acabar rapidamente, Sr. Presidente.
Como dizia, os próprios agentes implicados na operação aconselhavam Alhandra e Outão, como decorre da racionalidade física das coisas. Por que é que V Ex.a, já no

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