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0469 | I Série - Número 13 | 20 de Outubro de 2000

 

já tomadas, a abertura de uma janela para a resolução de um problema grave com que se debate o Algarve na área da saúde - a falta de recursos humanos, consequência de uma política errada, seguida por anteriores governos, o que nos obriga a recorrer continuamente a médicos e enfermeiros espanhóis.
O PS tem a humildade democrática de reconhecer que a saúde é uma área sensível e que nos preocupa seriamente. O Algarve, sendo periférico, com uma população flutuante de mais de 6 milhões de pessoas, exige um empenhamento sério e rigoroso, e esse esforço revela-se, nestes cinco anos de mandato do PS: na construção de dezena e meia de extensões de saúde e de cinco centros de saúde de raiz; construiu-se e equipou-se o hospital do Barlavento Algarvio, o tal que foi objecto do lançamento de duas primeiras pedras, por sinal em dois locais diferentes e que até nem tinha concurso lançado; construiu-se uma escola de enfermagem, há mais de uma dezena de anos prometida; efectuaram-se fortes investimentos no Hospital Distrital de Faro e aprovou-se o seu plano director, o que permitirá requalificar o mesmo. É este esforço que tem de ser continuado no sentido de garantir um sistema de saúde mais eficiente que preste melhores serviços aos cidadãos e de qualidade reconhecida.
Quanto ao QCA III muito se disse, mas é bom que clarifiquemos: neste quadro, hoje, o Algarve pode contar com cerca de 500 milhões de contos contra os 245 milhões do passado e pode gerir directamente 147 milhões de contos contra os 28 milhões de então. Sublinhe-se que o desenvolvimento do Algarve é insustentável sem o interior. É sintomático verificar que, quer o Programa Operacional do Algarve, quer o Plano Estratégico da Associação dos Municípios do Algarve, apontam a necessária requalificação do litoral e desenvolvimento do interior e o equilíbrio territorial e ambiental como fundamentais para o desenvolvimento sustentado no Algarve.
Sr.as e Srs. Deputados, hoje, o Algarve está a construir as condições de competitividade regional e a afirmar a sua competitividade económica. No entanto, há que ser sempre e sempre mais exigentes. É necessário que a estratégia a desenvolver se faça com base numa dimensão de qualidade e variedade, e não na massificação desenfreada que, obviamente, a médio prazo, deitará tudo a perder. Uma região com certificação de qualidade é o que queremos para o Algarve.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Martins.

O Sr. Carlos Martins (PSD): - Sr. Presidente, começo por cumprimentar a Sr.ª Deputada Jovita Ladeira e por dizer que, ao ouvi-la, recordei aquela velha máxima de que a melhor defesa é o ataque. Porque, face aos sinais de descontentamento, face aos sinais de crise, face às constantes promessas e aos já habituais adiamentos de obras estruturantes para o Algarve, a Sr.ª Deputada veio aqui traçar-nos um cenário virtual daquilo que pensa mas não daquilo que os algarvios sentem.

O Sr. António Capucho (PSD): - É o costume!

O Orador: - Veio falar da auto-estrada para o Algarve, da VLA, mas esquece-se de que, em relação à auto-estrada havia um trabalho que estava em curso em 1995/96 e que, no início de 1996, na primeira visita oficial do Sr. Eng.º António Guterres como Primeiro-Ministro ao Algarve, ele prometeu a auto-estrada para 1998; depois, mais à frente, prometeu-a para 1999; depois, para 2000; e, agora, a Sr.ª Deputada vem pedir que estejamos satisfeitos com uma nova promessa para 2002! Esqueceu-se também que, nessa altura, em 1996, foi prometido, para acelerar o processo, que a auto-estrada ia arrancar do Algarve para Lisboa e, simultaneamente, na direcção Lisboa/Algarve para um ponto de encontro mais rápido e mais célere.
Dir-lhe-ei que não vou tecer grandes comentários - não comento as críticas que a Sr.ª Deputada aqui fez sobre os governos PSD. Temos muita honra no que fizemos, temos muito orgulho naquilo que oferecemos e naquilo de que dotámos o Algarve, nos passos que demos para o desenvolvimento e para o crescimento sustentado.
A Sr.ª Deputada aflorou as questões da saúde, mostrou alguma satisfação pelos passos importantes da Universidade do Algarve, instituição que foi a única criada nesta Casa, neste Parlamento, e referiu-se aos cursos na área das ciências e tecnologias da saúde. Esqueceu-se, mais uma vez, de que, desde Fevereiro, esses cursos estão para homologação no respectivo ministério, do seu Governo, e que são cursos indispensáveis para o desenvolvimento da saúde no Algarve, mas que continuam a marcar passo, tal como o esforço de 1,2 milhões de contos do Instituto Piaget no município de Silves (quiçá por ser um município social-democrata) que também está parado, com cursos na área das ciências da saúde.
Perguntar-lhe-ia, a terminar, ainda sobre esta matéria, se a Sr.ª Deputada concorda ou não com a necessidade do hospital do Sotavento - por acaso, definindo-se a sua localização em Tavira -, se concorda ou não com a construção de um hospital de substituição do Hospital Distrital de Faro e, por último, se concorda com a relocalização do Hospital Distrital de Lagos. São matérias importantes sobre as quais era bom ouvirmos a sua voz junto à voz daqueles que defendem os legítimos e reais interesses do Algarve.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Jovita Ladeira.

A Sr.ª Jovita Ladeira (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Martins, a verdade é que o Algarve está bem e recomenda-se. Não é por acaso que, dos oito Deputados pelo Algarve, cinco são do PS e três do PSD.

O Sr. António Capucho (PSD): - Vai ver na próxima!

A Oradora: - Os algarvios continuaramm a depositar no PS as esperanças que têm em termos de desenvolvimento para o Algarve. Este é um sinal inequívoco de que, efectivamente, o Algarve está bem, de que o PS está bem no Algarve e de que tem feito os investimentos devidos no sentido de que esta região tenha uma projecção em termos regionais, nacionais e internacionais. É isso que se pretende.
Aquilo que foquei na minha intervenção, Sr. Deputado, não são dados virtuais, são dados reais. Nós não fabricamos números para apresentar aqui, Sr. Deputado! São dados que o Sr. Deputado, que diária ou semanalmente está no Algarve, pode verificar, tendo, inequivocamente, de me dar razão. Compreendo a sua

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