O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1141 | I Série - Número 029 | 20 de Dezembro de 2001

 

mesmo, aquilo que não tem paralelo em nenhuma outra parte do mundo, porque mantém um carácter de permanente evolução.
Em ambos os casos é merecida a classificação, mas ela foi igualmente conquistada.
Ora, o PSD quer expressar aqui a sua saudação às equipas técnicas que prepararam, de uma forma impecável, os dossiers de candidatura.
Não podemos deixar também de lembrar a Fundação D. Afonso Henriques que inicialmente, pela mão de Miguel Cadilhe, lançou a ideia.
Aproveito também para lembrar todas as instituições locais, autarquias e instituições nacionais que apoiaram essa mesma ideia e a tornaram possível.
Em ambos os casos, porém, como aqui já foi referido, aquilo que é uma honra constitui um desafio, porque em todos os casos há necessidade de encarar com novos olhos estas partes do território que acabámos de ver classificadas e a elas dar condições para que as populações locais tenham mais dignas condições de vida, mais oportunidades e condições para que os seus padrões de vida sejam melhorados e colocados ao nível dos demais cidadãos europeus.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. José Barros Moura (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. José Barros Moura (PS): - Sr. Presidente, nós constatamos que estes dois votos são perfeitamente fundíveis e realizámos, entretanto, os contactos, pelo menos com um dos partidos proponentes, no sentido de eles serem fundidos, acrescentando-se ao voto n.º 169/VIII os três últimos parágrafos do voto n.º 170/VIII, porque, Sr. Presidente e Caros Colegas, não faria qualquer sentido que, a propósito de um assunto que une a Câmara, fossemos apresentar dois votos, que, ainda por cima, se repetem em vários dos seus pontos.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, não sendo comum a conclusão, não vejo como é que se podem fundir. Se fossem só considerandos, estava tudo muito bem, mas os últimos três parágrafos incluem a conclusão.

O Orador: - Exactamente.

O Sr. Presidente: - Então, qual é a conclusão que prevalece? É a do voto n.º 169/VIII ou a do n.º 170/VIII?

O Orador: - Sr. Presidente, a conclusão ficaria com quatro pontos: a do voto n.º 169/VIII mais as três…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, por que é que não votamos conjuntamente os dois votos, ficando somados na votação, digamos assim?

O Orador: - Sr. Presidente, desde que seja possível…

O Sr. Presidente: - Claro que é!

O Orador: - … depois elaborar uma redacção final, tendo em conta que o objectivo é evitar este…

O Sr. Presidente: - Então, se todos concordarem, vamos fazer uma só votação e a redacção final será aquela que acordarem os grupos parlamentares.

O Orador: - Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estados, Srs. Deputados: Devo dizer que, não sendo de Guimarães, tenho escritório em Guimarães, no Centro Histórico, e, portanto, posso atestar bem da excelência do trabalho de restauro, de recuperação e de conservação que neste Centro Histórico tem sido feito, e que já tem de facto vários anos.
Pena é que à custa deste restauro e deste investimento muitos outros investimentos necessários nas mais de 60 freguesias do concelho de Guimarães não tenham também sido feitos. Seja como for, do mal o menos, e ao menos aqui um Centro Histórico acabou por ser preservado, por ser bem tratado, coisa rara nos tempos que correm e mais ainda em Portugal.
Relativamente ao prémio equivalente que foi atribuído ao Alto Douro Vinhateiro, saudamos igual galardão com muita satisfação, pese embora o facto de o Douro e do próprio vinho aí produzido serem já património da Humanidade, assim reconhecidos por todos os povos muito antes mesmo da atribuição desta classificação.
Pelo exposto, obviamente, congratulamos quer com um quer com outro destes galardões, fazendo votos de que também eles sejam um factor de progresso e de evolução para as respectivas comunidades, que é suposto deles virem a beneficiar, e não factor de atrofiamento, e para isso devem ser acompanhados de todas as medidas que permitam dignificar ainda mais estes lugares e estas gentes.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Castro.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria de dizer brevemente que Os Verdes saúdam com entusiasmo estas duas classificações. Quer uma quer outra reflectem um trabalho, particularmente em Guimarães, de preservação de um património que tem sido, ao longo de anos, cuidadosamente garantido pelo município e pelas equipas técnicas que nele têm trabalhado. É justo que o Douro veja reconhecida esta classificação.
Sendo positiva esta classificação e sendo um factor cujo agrado não se circunscreve às pessoas que são daquela região, é um motivo de orgulho e de satisfação para o País.
Gostaria de chamar a atenção para a necessidade de ter em conta a responsabilidade acrescida que resulta desta classificação. Há anos, nesta Câmara, saudámos o facto de Sintra ter sido classificada como Património da Humanidade, mas agora Sintra corre o risco de desclassificação. É preciso, portanto, ter presente, ter consciência, ter a noção de que esta classificação, que resulta de um trabalho acumulado de anos e é o reconhecimento de um património multifacetado, exige também uma resposta que permita, particularmente no Douro, o reconhecimento não só desta região mas que se traduza numa revitalização, numa melhoria das condições e do desenvolvimento de uma região que tem sido, de algum modo, votada ao ostracismo.

Páginas Relacionadas
Página 1140:
1140 | I Série - Número 029 | 20 de Dezembro de 2001   Pausa. Também pa
Pág.Página 1140