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0158 | I Série - Número 005 | 26 de Abril de 2002

 

um trabalho lúcido, empenhado, dedicado, que merece aqui também ser enaltecido. Faço-o na pessoa do último Presidente desta Comissão, o Sr. Deputado Anacoreta Correia, que fez um trabalho notável,…

O Sr. Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP): - Muito obrigado!

O Orador: - … mas, se me permitirem, queria também saudar e evocar os seus antecessores nessa Comissão - o ex-Deputado Krus Abecasis e o ex-Deputado Adriano Moreira.

O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Todos eles enalteceram esta Câmara, o País, Portugal.

Aplausos do PSD, do PS, do CDS-PP e do BE.

Por todas estas razões, numa palavra, parabéns, em nome do Governo português, ao Presidente Xanana Gusmão, parabéns à nação Timor Leste.
Apenas e só esta coisa singular: a primeira nação independente do século XXI e a oitava nação de língua portuguesa!

Aplausos gerais.

O Sr. Presidente: - Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, antes de passarmos à votação do voto de congratulação, permitam-me que comente, depois de ouvir as diversas intervenções, que o Presidente Xanana Gusmão, tendo obtido, nas recentes eleições, mais de 80% dos votos do povo de Timor, se, porventura, a votação tivesse sido na Assembleia da República, teria certamente 100%. Ele, aqui, só tem amigos e admiradores!
Antes de ser o Presidente da República de Timor Loro Sae, ele já era o Presidente do povo de Timor. É um caso de identificação carismática que a todos nos regozija como sendo uma garantia da unidade nacional timorense e de progresso para o futuro de Timor.
Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 4/IX - De congratulação pela eleição do Comandante Xanana Gusmão para Presidente da República de Timor Leste (Presidente da AR, PSD, PS, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade e aclamação, de pé.

Srs. Deputados, o voto de congratulação que acabou de ser aprovado será transmitido ao próprio Presidente Xanana Gusmão.
Seguidamente, temos para apreciar, conforme a ordem de trabalhos oportunamente divulgada, dois votos de pesar, o primeiro dos quais se refere ao actor Armando Cortez, recentemente falecido.
Para proceder à leitura do voto, tem a palavra o Sr. Secretário.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): - Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto de pesar n.º 5/IX, subscrito pelo CDS-PP, é do seguinte teor:

Morreu Armando Cortez. No passado dia 11 de Abril, desapareceu um dos homens que marcou de forma decisiva o teatro português.
Nascido em 1928, com uma carreira de mais de 50 anos no teatro, no cinema e na televisão, contracenou em mais de 150 peças, passando por todos os géneros, participou em 17 filmes e 3 telenovelas e algumas séries de televisão. Exibindo a sua versatilidade e enorme talento.
Encenou ainda cerca de 40 peças.
Participante activo na vida cultural, sobretudo na região de Lisboa, mas sem sombra de dúvida com repercussão em todo o país, em 1962 ajudou a fundar o Teatro Moderno de Lisboa. Foi a primeira de inúmeras obras que ficarão para sempre associadas aos seu nome e à sua memória.
Reformado aos 65 anos, Armando Cortez dedicou os últimos anos da sua vida à Casa do Artista, fundada em 1999, da qual foi o primeiro presidente e onde viria a acabar os seus dias. Terá sido, juntamente com Raúl Solnado e Manuela Maria, sua mulher, um dos principais obreiros desta Casa.
Nunca descurando a vida cívica e política, tivemos ocasião de partilhar com ele, parte do seu natural percurso de vida.
Já no ano 2000, o talento de Armando Cortez foi reconhecido pelo Presidente da República, que lhe conferiu o grau de grande oficial da Ordem do Infante Dom Henrique. Anteriormente, em 1997, foi-lhe concedida a Medalha de Mérito Municipal pela Câmara Municipal de Oeiras e, em 1995, o então Secretário de Estado da Cultura concedeu-lhe o subsídio de mérito cultural.
O País perdeu assim, não só um grande actor e encenador, como um homem que contribuiu de forma ímpar para o desenvolvimento da arte da cultura. Um cidadão exemplar.
Armando Cortez deixa um vazio e uma profunda dor em todos os que com ele privaram e os que admiraram a sua actividade de artista e cidadão.
A Assembleia da República exprime a sua profunda mágoa pela morte de Armando Cortez, recorda a sua actividade e presta-lhe sentidamente uma derradeira homenagem, dirigindo à sua família os mais sentidos pêsames.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, quero dizer que este voto é subscrito por mim e pelo meu grupo parlamentar mas tenho a informação de que Srs. Deputados, designadamente, do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, mas, admito, também de outros grupos parlamentares, a ele também se associam e, portanto, é um sentimento partilhado.
O voto, em si, é esclarecedor em relação às razões - que todos compreenderemos - por que foi apresentado. Eu acrescentaria apenas uma ou outra pequena nota pessoal.
Em primeiro lugar, o actor Armando Cortez é uma daquelas figuras que, de alguma forma, nunca nos abandonam. Lembro-me, e certamente muitos Srs. Deputados

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