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1698 | I Série - Número 042 | 28 de Setembro de 2002

 

seja, a da não justificação da inserção desse nó - conclusão esta assente em três razões objectivas.
Em primeiro lugar, a estimativa de tráfego que foi feita aponta para um tráfego médio diário de 350 a 450 veículos. Acrescentarei que é uma estimativa que foi calculada no ano 2000.
Em segundo lugar - e o Sr. Deputado já o referiu -, este nó distanciaria apenas 4 km de nó mais próximo. Como o Sr. Deputado bem referiu, há regras que têm de ser respeitadas, designadamente aquela que tem a ver com o distanciamento entre nós.
Em terceiro lugar, estamos a falar de um investimento elevado, atendendo à orografia do terreno.
Finalmente, eu acrescentaria que estamos a falar da inserção de um nó no IP1. E, se tem de haver muito critério em relação à inserção de todos os nós, por maioria de razão isso terá de acontecer em relação ao IP1, que é, como sabe, o grande eixo do tráfego de longo curso.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Santos Pereira.

O Sr. Fernando Santos Pereira (PSD): - Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, ouvi com atenção a resposta, aliás, alguns dos enunciados também já os havia afirmado, mas há aqui três ideias fundamentais, que são importantes reter no debate.
A primeira é que, conforme referi, uma parte substancial de um concelho grande e de Vila Verde, Amares e também Terras de Bouro não têm acesso à auto-estrada, tendo uma estrada nacional ou regional, que é a EN205, que intercepta precisamente a A3. E existe uma situação que, no meu entender, deveria ser equacionada pelo Governo, que é a realidade concreta deste caso, que é a existência de uma barreira física, denominada rio Cávado, que impede uma normal fluência do tráfego para os dois nós citados. Isto deveria ser equacionado, porque o tráfego desviado para a cidade de Braga e que percorre estradas municipais é imenso.
A segunda é que o que acabou de referir relativamente ao estudo tem de ser respeitado, mas permita-me, Sr. Secretário de Estado, que tenha sérias dúvidas sobre a correspondência entre o estudo apontado e a realidade que efectivamente existe. É de cerca de 150 000 o número de habitantes daquela zona do Minho, por isso tenho muitas dúvidas de que esse número que lhe foi avançado possa corresponder à realidade.
Portanto, apelo para que esse estudo possa ser actualizado, possa ser equacionado, e o Sr. Secretário de Estado e o Governo possam, eventualmente, vir a executar esta obra, que é muito importante para a região.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Ricardo Gonçalves.

O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Fernando Santos Pereira…

O Sr. Bernardino Soares (PCDP): - Essa era a parte combinada, mas agora vamos à outra!

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Peço desculpa, Sr. Secretário de Estado, mas responderá no fim a todos os pedidos de esclarecimento adicionais, nos termos do Regimento.
Tem a palavra, Sr. Deputado Ricardo Gonçalves.

O Sr. Ricardo Gonçalves (PS): - Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, antes de mais, porque é originário do distrito de Braga, quero dar-lhe os parabéns por ocupar tão relevante cargo. É sempre bom ver gente do distrito dos arcebispos ocupar cargos de relevo da Nação.
Quero solidarizar-me com o Sr. Deputado Fernando Santos Pereira e dizer também que o nó faz falta, imensa falta. Aliás, V. Ex.ª poderia repensar os nós entre Martim e Ponte de Lima, porque há três, e, se for preciso, poderá até desviar um deles para um sítio onde faça mais falta. O Sr. Secretário de Estado, que é um homem com imaginação, é capaz de encontrar soluções para isso.
Repare: se o PS e o PSD se entendem nos nós e se os nós aumentam a relação entre nós, o Sr. Secretário de Estado não deve perder esta oportunidade, porque ainda é nas estradas e nos caminhos de Portugal que nos vamos encontrando e que os portugueses se consciencializam.
Portanto, não deve perder esta oportunidade de criar consensos. O Sr. Secretário de Estado tem muitas coisas na mão para criar consensos, e, se os não consegue criar, nenhum outro membro do Governo conseguirá, porque não conseguem criar o mínimo de pontes… nem de nós… nem de acessos… nem de rampas… nem de estradas, principais ou laterais!

Risos.

Só o Sr. Secretário de Estado é capaz de o fazer!
Portanto, aproveite esta oportunidade para dignificar o Minho, repense tudo aquilo! Há, eventualmente, ali nós que até poderiam ser fechados e abertos outros. O Sr. Secretário de Estado poderia fazer uma grande obra. Era fácil, e no fim encontrar-nos-íamos a todos na inauguração do dito nó, todos ficaríamos imensamente felizes e V. Ex.ª veria, pela primeira vez, todos os partidos a apoiá-lo e conseguiria brilhar num Governo que tem dificuldades em o conseguir, porque não consegue encontrar os tais consensos que fazem falta entre nós.
Portanto, não se esqueça de satisfazer esta necessidade, que é aquilo de que precisamos para nos encontrarmos todos nos tais nós.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, pensei que fosse começar esta intervenção com um protesto, porque, sinceramente, ao ver a pergunta agendada pelo PSD e aceite, para resposta, pelo Governo, pensei que o Governo vinha dizer que vai, de facto, construir o nó que está em causa, que, de resto, como disse o Sr. Deputado Fernando Santos Pereira, vai facilitar o acesso a Barcelos, mas, sobretudo, a Vila Verde e a Amares. Aliás, este nó já teve propostas no Orçamento do Estado apresentadas pela nossa

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