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1783 | I Série - Número 044 | 04 de Outubro de 2002

 

O Orador: - Isto diz tudo! Diz tudo a respeito do Dr. Pedro Santana Lopes e do projecto de cidade que ele tem!

Protestos do CDS-PP.

É pouco! Convenhamos, é muito pouco! E, acima de tudo, é uma concessão ao facilitismo. "Tirar da cartola" esta ideia do casino, convenhamos que dá, do autarca da maior cidade do País, uma ideia que não se coaduna com as suas funções.
Dr. Telmo Correia, é possível encontrar soluções, soluções como uma cidade ligada à comunicação, às novas tecnologias, apostando no quaternário - e penso que isto não será uma linguagem suficientemente estranha para o Sr. Dr. Telmo Correia…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - É só ver no dicionário!

O Orador: - O quaternário é: a inovação, o desenvolvimento, a investigação, a possibilidade de encontrarmos, por exemplo, cidades multimédia, espaços polivalentes e flexíveis. E o senhor prefere um casino, considerando isso uma ideia genial do Dr. Santana Lopes!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Eu não disse nada disso!

O Orador: - Ainda por cima numa conjuntura em que as famílias portuguesas estão endividadas em 96% da sua capacidade económica.
Parece-lhe que esta é uma boa altura para encetar esta questão?!

Vozes do CDS-PP: - Pode ser!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Se eu fosse autarca, pronunciava-me!

O Orador: - Parece-lhe que é uma boa solução para reanimar o problema da desertificação da baixa?!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Pode ser!

O Orador: - Por que razão é que faz uma confusão entre os casinos situados em estâncias balneares e casinos situados no centro, no pleno coração das cidades? Não lhe parece diferente? Claro que é diferente!
Sr. Deputado Telmo Correia, nós não somos contra o jogo! Não queremos o encerramento dos casinos! Agora, o que dizemos é: casinos dentro das cidades, não! Não, porque não é esse o nosso modelo de cidade.
De facto, Sr. Dr. Telmo Correia, é muito curioso verificar que o vosso modelo de cidade, e o do Dr. Pedro Santana Lopes, se resume a um casino.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Eu não disse isso!

O Orador: - Foi a única ideia de cidade que ele teve até ao momento e, pelos vistos, os senhores acabam por defendê-la! E já agora, também gostava de saber, embora não caiba nesta figura regimental fazer-lhe uma pergunta, se os senhores, pelo menos, apoiam o referendo. Espero que sim.
De facto, nós só temos deputados municipais - essa categoria menor,…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Maior!

O Orador: - … como o senhor pretendeu eventualmente referir -, não temos vereadores. Mas, como sabe, a assembleia municipal aprovou por unanimidade essa necessidade de o projecto passar por lá. O Sr. Presidente é que não quer discutir, quer que tudo fique no segredo dos deuses, entre ele e Stanley Ho!
O senhor é a favor desse secretismo? Com certeza que não! Apoie então o referendo, Sr. Dr. Telmo Correia! Apoie o referendo! Penso que será melhor para todos. Penso que é uma boa ocasião de dignificarmos a democracia e aquilo que são os processos locais de decisão!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Se eu fosse autarca pronunciava-me, aqui não posso fazer nada!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos passar agora às intervenções para tratamento de assunto de interesse político relevante, e vou dar, em primeiro lugar, a palavra aos Srs. Deputados que, desde ontem, ficaram com ela reservada.
Assim, tem a palavra o Sr. Deputado Mota Andrade.

O Sr. Mota Andrade (PS): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O III Congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro foi um acontecimento de inegável importância para o aprofundamento das questões que, isoladamente ou em conjunto, têm determinado o atraso daquela região relativamente às regiões mais prósperas do País.
A convicção de que Trás-os-Montes e Alto Douro tem potencialidades e pode aspirar a um quadro de futuro de maior progresso e bem-estar fez com que o PS manifestasse, sem qualquer equívoco, o seu apoio àquela iniciativa. Não obstante, tivemos de, atempadamente, sublinhar alguns erros grosseiros no plano da organização, que, não tendo sido corrigidos, se reflectiram na menor capacidade representativa do Congresso e na sua diminuída transversalidade em relação às forças mais dinâmicas daquela região. Quer isto dizer que têm de ser as populações e os agentes mais dinâmicos a participar e a intervir activamente na discussão dos processos e das estratégias da mudança da sua terra.
A inclusão, naquele fórum, de transmontanos que não residem na região mas continuam a senti-la e a preocupar-se com ela foi um bom sinal de que podemos encontrar protagonistas, objectivos e vontades comuns para recuperar do menor desenvolvimento existente em relação ao litoral do País.
Nós reconhecemos que é sempre difícil reunir todos os consensos quando é preciso decidir. Não podemos, no entanto, deixar de manifestar o nosso desacordo e sentimento de desagrado pelo facto de homens e mulheres que simbolizam parte do nosso orgulho e honra terem sido excluídos do Congresso, assim como organizações representativas dos sectores mais dinâmicos da economia transmontana e alto-duriense.
O Congresso deveria ser uma oportunidade de discussão e debate alargado, capaz de estabelecer plataformas de acção estratégica, pelas quais é fundamental, senão mesmo

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