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1791 | I Série - Número 044 | 04 de Outubro de 2002

 

O Orador: - Ou, como sempre, a maioria vai votar contra qualquer projecto de lei que a oposição apresente?
Gostava de o ouvir sobre esta matéria.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rodrigo Ribeiro, dispondo, para o efeito, de um tempo máximo de 5 minutos.

O Sr. Rodrigo Ribeiro (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Socialista, ouvi, com toda a atenção, o seu pedido de esclarecimento e, uma vez que parece não ter ficado esclarecido, eu esclareço-o: não tome os louros de um trabalho que não é seu!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado Socialista, o pouco trabalho que está feito não se deve ao governo socialista mas, sim, a pessoas, que, com o seu esforço, o seu dinheiro e à custa dos seus braços, taparam os buracos que o seu governo deixou.

Protestos do PS.

Não peça louros por uma coisa para a qual não contribuiu!
Sr. Deputado Socialista, é aqui que se vê bem a diferença entre mim e V. Ex.ª, entre a sua bancada e a minha.
Em relação a um assunto destes, V. Ex.ª parece preocupado em dizer quantos quilómetros de rails se colocaram ou deixaram de colocar (aliás, não se colocaram); eu e a minha bancada estamos mais preocupados em dizer o muito que falta e o muito que se vai ser feito. É esta a diferença entre mim e o Sr. Deputado.
Sr. Deputado Socialista, gosto muito de ver pessoas a propagandearem obra feita e não feita; pessoalmente, gosto mais da primeira, V. Ex.ª parece gostar mais da segunda. De qualquer forma, repito uma frase que não deve ter percebido: estamos a falar de vidas humanas, e está a brincar com coisas muito sérias!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: -Sinceramente, a essa sua visão unilateral, de apenas "vou apontar por aqui, ou vou apontar por ali", sugiro-lhe que seja um pouco mais higiénico no pensamento,…

O Sr. Mota Andrade (PS): - Higiénico?!

O Orador: - … aponte para a solução, colabore na resolução e resolva os problemas para variar.

Protestos do PS.

Sr. Deputado Bloquista,…

Vozes do PS e do PCP: - Os Deputados têm nomes!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rodrigo Ribeiro, nesta Câmara, todos os Deputados têm nomes. É razoável que sejam tratados pelos nomes.

Aplausos do PS.

O Orador: - Sr. Presidente, não desconheço essa regra. De qualquer forma, sei, por conhecimento pessoal, que o Deputado a quem acabo de me dirigir tem o máximo orgulho no seu partido e na sua identificação. Porventura, o anterior não o terá! Mas, tudo bem, é uma questão de bom gosto.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rodrigo Ribeiro, parece-me que a sua observação é improcedente, e agradeço-lhe que designe os seus colegas pelos respectivos nomes, tal como eu faço quando me dirijo a eles.

O Orador: - Sr. Deputado João Teixeira Lopes,…

Vozes do PS: - Ah!…

O Orador: - … foi com todo o gosto que o ouvi.
De facto, bem sei que, às vezes, este Parlamento tem exemplos que, porventura, não se deveriam seguir; bem sei que, muitas vezes, se vota a favor ou contra não pelo conteúdo das propostas mas, sim, pelas pessoas. Vejo isto todos os dias na actuação da bancada do PS.
Todavia, há uma coisa chamada "moral para criticar".

Protestos do PS.

Eu não estou cá há 20 anos, nem vou responder por senhores que, porventura, têm mais anos de política do que eu de vida; respondo por mim.
Portanto, se quer ter moral para me criticar quando eu votar contra coisas apresentadas pela sua bancada, não vote contra isto, sabendo que é bom, apenas porque é proposto por mim. Chama-se a isto ter moral, e confio em si nesse sentido.
De qualquer forma, não posso deixar agradecer a todos os que intervieram e de dizer que espero pelo vosso contributo. Naquilo que puder, estou às vossas ordens.
A bem de Portugal!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção para tratamento de assunto de interesse político relevante, tem a palavra o Sr. Deputado Helder Amaral.

O Sr. Helder Amaral (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A existência de grandes desequilíbrios regionais e a necessidade da sua correcção são factos que uma futura estratégia de desenvolvimento em Portugal não pode deixar de enfrentar.
Hoje, encontramos no interior de Portugal grande parte destes desequilíbrios.
Queria falar-vos, Sr.as e Srs. Deputados, de uma parte desse interior que resiste estoicamente, qual aldeia lusitana, a essa interioridade: a região geográfica da Beira Alta.
Sendo o dinamismo característica do povo desta região, aos responsáveis políticos do nosso país cabe compreender que há sempre um momento decisivo e que o expoente do bom procedimento é reconhecer e agarrar essa ocasião.

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