O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2408 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002

 

O Orador: - Esta é a realidade!
Sem falar na incapacidade geral para assegurar o diálogo político necessário em momentos difíceis e a harmonia social com as regiões autónomas, as autarquias e o poder local, as forças sindicais e patronais, o Governo não garante confiança às empresas, às famílias, aos consumidores e aos trabalhadores para a recuperação económica mínima e indispensável.

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - Mas também lhe falha a credibilidade e a autoridade, essa, sim, a autoridade necessária e não outra, no controle da política orçamental - um sinal absolutamente essencial para os agentes económicos e para as instituições financeiras europeias e internacionais.
O Orçamento do Estado para 2003, proposto pelo Governo, é assim falho de rigor, no plano das finanças públicas, anti-social e antimodernização e insusceptível de assegurar, no curto e médio prazo, crescimento e convergência com a União Europeia.

Aplausos do PS.

Mais do que isso, Sr.as e Srs. Deputados, se houver continuação na fiabilidade dos dados - e espero que não haja manipulações intercalares -,…

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Olha quem fala!

O Orador: - … o Orçamento do Estado para 2003 não será cumprido. Repito: o Orçamento do Estado para 2003 não será cumprido! A partir do momento em que vier a ser aprovado pela maioria de centro-direita, o Orçamento já estará a ser questionado, já estará a ser rectificado, já estará a ser erosionado, já estará, na prática, a ser revisto. E é por isso, por essa falta de rigor, de credibilidade e de objectividade essencial, que não faria sentido apoiá-lo, pelo que será esse, naturalmente, o sentido do voto final do PS, ressalvando, claro, o nosso endosso do Pacto de Estabilidade e Crescimento - não, naturalmente, numa leitura ultra-ortodoxa ou fundamentalista -, sublinhando o valor de uma política orçamental baseada em outra política fiscal e em opções rigorosas de despesa mais orientadas para o investimento em modernização e para a coesão social e também reclamando uma política económica coerente e operativa, a qual é exigida pelas empresas e pelo País.

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - É um voto de discordância, quanto a um Orçamento inadequado e frágil, mas é, de igual modo, um voto de confiança no País, para que as empresas e as famílias, os trabalhadores e os consumidores voltem a ter confiança na economia - a confiança necessária à modernização indispensável do País -, de modo a que Portugal possa vencer o grande desafio da competição internacional e, assim, alcançar uma convergência sólida, sustentada e real com a União Europeia. É este, assim mesmo, o sentido do nosso voto, o sentido claro do nosso voto, para que Portugal cresça mais, para que cresça com mais e melhor emprego e não com menos e pior emprego,…

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - … para que cresça com mais coesão social e não com mais fractura social, para que cresça com mais harmonia entre todas as suas regiões, para que cresça com os padrões adequados de inclusão e equidade, para que cresça em paz social e com diálogo e consensos políticos tão alargados quanto possível e desejável,…

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - … para que Portugal seja aquele país moderno, justo, competitivo, tranquilo e vencedor que todos os portugueses querem ajudar a construir.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Tavares Moreira.

O Sr. Tavares Moreira (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças e demais Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Estamos a concluir o debate na especialidade da proposta de lei de Orçamento do Estado para 2003. Como era de esperar, este debate na especialidade não introduziu quaisquer novidades significativas em relação ao debate realizado aquando da discussão e votação na generalidade, no mês passado. Assim, continuam válidas - diria, mesmo, reforçadas - as razões que então tive oportunidade de explicitar para justificar o apoio à proposta de Orçamento do Estado para 2003 e à política orçamental que esta proposta concretiza.
Trata-se, como então disse, de uma viragem fundamental de política económica e orçamental, uma viragem indispensável e inadiável. Trata-se, acima de tudo, como então disse, de resolver um grave problema económico, um desequilíbrio muito grave que se acumulou na economia portuguesa, consequência, em grande medida, de uma política financeira e orçamental absolutamente irresponsável e desastrada do período 1998-2001.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não hesito, aliás, em voltar a dizer, por estar disso plenamente convencido, que estamos perante o maior erro de política económica do período pós 25 de Abril, em Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Trata-se de uma política financeira e orçamental já condenada em todas as instâncias nacionais e internacionais de apreciação, que teve como epílogo o reconhecimento, no dia 5 do corrente mês, pelo Conselho Ecofin, sob proposta da Comissão, nos termos do artigo 104.º do Tratado da União Europeia, da existência de uma situação de défice orçamental excessivo em Portugal, após a constatação de um défice de 4,1% do PIB em 2001.
Uma situação de défice excessivo que só não teve consequências mais graves porque o novo Governo português, a tempo e horas, e a Assembleia da República, a tempo e horas, foram capazes de propor e aprovar um Orçamento rectificativo e uma Lei da Estabilidade Orçamental que a Comissão Europeia apreciou muito positivamente

Páginas Relacionadas
Página 2372:
2372 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   da República. Os respo
Pág.Página 2372
Página 2373:
2373 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Submetida à votação, f
Pág.Página 2373
Página 2374:
2374 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   máximo do menor dos se
Pág.Página 2374
Página 2375:
2375 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Sr. Luís Marques Guede
Pág.Página 2375
Página 2376:
2376 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Joel Hasse Ferre
Pág.Página 2376
Página 2377:
2377 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   É a seguinte: Ar
Pág.Página 2377
Página 2378:
2378 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   8 - Sempre que aos act
Pág.Página 2378
Página 2379:
2379 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Vamos votar a proposta
Pág.Página 2379
Página 2380:
2380 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Francisco Louçã
Pág.Página 2380
Página 2381:
2381 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Lino de Carvalho
Pág.Página 2381
Página 2382:
2382 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   11 - As sociedades ges
Pág.Página 2382
Página 2383:
2383 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Submetida à votação, f
Pág.Página 2383
Página 2384:
2384 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Srs. Deputados, vamos
Pág.Página 2384
Página 2385:
2385 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 2385
Página 2386:
2386 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   se apercebeu do proble
Pág.Página 2386
Página 2387:
2387 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Srs. Deputados, é este
Pág.Página 2387
Página 2388:
2388 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   aplicações relevantes,
Pág.Página 2388
Página 2389:
2389 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   6 - O regime referido
Pág.Página 2389
Página 2390:
2390 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   4) criem, pelo menos,
Pág.Página 2390
Página 2391:
2391 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Vamos votar a proposta
Pág.Página 2391
Página 2392:
2392 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Submetido à votação, f
Pág.Página 2392
Página 2393:
2393 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Os artigos 55.º, 56.º
Pág.Página 2393
Página 2394:
2394 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   de dívida, que impliqu
Pág.Página 2394
Página 2395:
2395 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Presidente: - Pa
Pág.Página 2395
Página 2396:
2396 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Presidente: - Sr
Pág.Página 2396
Página 2397:
2397 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   01 - Instituições sem
Pág.Página 2397
Página 2398:
2398 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Cap.03 - Cooperação e
Pág.Página 2398
Página 2399:
2399 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   É a seguinte: A
Pág.Página 2399
Página 2400:
2400 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Era a seguinte:
Pág.Página 2400
Página 2401:
2401 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Ministro dos Ass
Pág.Página 2401
Página 2402:
2402 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Srs. Deputados: O Orça
Pág.Página 2402
Página 2403:
2403 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Risos do PS. É u
Pág.Página 2403
Página 2404:
2404 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   de Estado para 2003 co
Pág.Página 2404
Página 2405:
2405 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   Aplausos do PCP.
Pág.Página 2405
Página 2406:
2406 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   desempenhar. A respost
Pág.Página 2406
Página 2407:
2407 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Jaime Gama (PS):
Pág.Página 2407
Página 2409:
2409 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   e que considerou um pa
Pág.Página 2409
Página 2410:
2410 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   despesa actual, sacrif
Pág.Página 2410
Página 2411:
2411 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   desta discussão nada d
Pág.Página 2411
Página 2412:
2412 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Luís Marques Gue
Pág.Página 2412
Página 2413:
2413 | I Série - Número 056 | 15 de Novembro de 2002   O Sr. Diogo Feio (CDS-
Pág.Página 2413