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0372 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

Sabemos que o Sr. Ministro Marques Mendes irá repetir a cassete do costume do esquerdismo do PS para tentar iludir que este é o Governo mais à direita de Portugal depois de Marcelo Caetano.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Eduardo Ferro Rodrigues, o seu tempo esgotou-se, tem mesmo de terminar.

O Orador: - Termino imediatamente, Sr. Presidente.
Apesar disso, e como sempre, estamos disponíveis para trabalhar por um Portugal mais forte, por um Portugal mais justo.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: - Para encerrar o debate, em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.

Vozes do PS e do PCP: - Grande economista!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Luís Marques Mendes): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Andaram os comentadores, os analistas e os fazedores de opinião, durante meses, a dizer que o Partido Socialista não existia.

Vozes do PS: - Oh!…

O Orador: - O PS tentou, com esta interpelação, fazer a sua prova de vida, mas falhou. E falhou porquê? Falhou por duas razões essenciais.
A primeira razão foi porque caíram no exagero da desonestidade política e intelectual.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Falaram de problemas e fizeram diagnósticos, mas não apresentaram soluções. É fácil, é barato, mas é demagógico!
Mostraram uma visão do imediato. É fácil falar do imediato, o difícil é definir uma linha de rumo em relação ao futuro.
Pediram sempre - é certo - mais dinheiro, para a inovação, para a educação, para a saúde, para os portos e para os transportes, tudo, sem dúvida, necessário, só não disseram onde e como se obtêm os recursos disponíveis.

Vozes do CDS-PP: - Exactamente!

O Orador: - É fácil, é barato, mas é demagógico!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Quiseram fazer o filme do País, ainda por cima de uma forma claramente exagerada, e esqueceram, aqui, porventura, no exercício da maior desonestidade intelectual, o retrato da Europa e do Mundo, como se Portugal fosse uma ilha, como se a Europa estivesse em grande expansão e Portugal em claro declínio.

O Sr. António Costa (PS): - É o contrário, nós progredimos e a Europa regride!

O Orador: - Nada de mais falso, de mais errado e, sinceramente, de mais desonesto.
Tudo isto, Srs. Deputados, pode ser um habilidoso exercício de táctica política, mas é a completa prova de ausência de visão estratégica. É olhar para o presente, com a nostalgia do passado, mas nunca é uma perspectiva e uma atitude de futuro.
Tudo isto pode ser admissível em partidos, que respeito muito, como o Bloco de Esquerda ou o PCP, partidos que nunca governaram, e não sei se alguma vez vão governar.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Essa agora!

O Orador: - Mas tudo isto é inaceitável num partido de governo como o Partido Socialista, significa que não foram capazes de governar no passado e agora desistiram mesmo de ter uma visão estratégica, ou seja, de governar para o futuro.

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