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0380 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

O Sr. Presidente: - Tem razão, Sr. Deputado.
E, sendo assim, iniciamos com a discussão do voto n.º 87/IX - De saudação aos pilotos israelitas que se pronunciaram pela paz (BE).
Tem a palavra o Sr. Deputado João Teixeira Lopes.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nelson Mandela afirmou que "o problema palestiniano é o grande problema moral do nosso tempo". Nelson Mandela sabe do que fala, porque esteve mais de 20 anos preso nas cadeias do apartheid, conheceu a intolerância e os muros da mais horrenda discriminação.
Foram 27 os pilotos israelitas que declararam não querer fazer guerra aos palestinianos. A deserção ou a objecção de consciência são, neste caso, um imperativo ético, como foram para muitos democratas que se recusaram a combater na guerra colonial, para não combaterem povos que lutavam pela sua libertação.
Estes 27 pilotos israelitas não querem matar inocentes, nem querem matar civis, nem tão pouco se deixam levar pela teoria dos danos colaterais.
A paz exige coragem, bem mais coragem do que fazer uma guerra suja. Não confundimos o povo de Israel com o seu governo. Sharon é de certo um criminoso de guerra.
Estes 27 pilotos, que recusam a guerra suja, mostram a sua bravura ao serem heróis da paz, ao recusarem a chacina e o genocídio.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme d'Oliveira Martins.

O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Votaremos favoravelmente este voto, em nome dos valores da paz.
Num tempo de mil incertezas, em que o diálogo israelo-palestiniano continua sem funcionar, é preciso falar das questões da injustiça, do sofrimento e das diferenças culturais, no contexto da História.
A luta actual pela igualdade entre os povos e, naturalmente, entre a Palestina e Israel deve ser orientada em função de um objectivo humano de respeito e de coexistência e não em função da repressão e da rejeição.
Somos pelo cumprimento da Carta das Nações Unidas, das resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança e, neste sentido, entendemos que a paz no Médio Oriente é a chave para a situação na zona mais perigosa no mundo neste momento.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este voto conta com o nosso apoio e pensamos que é uma iniciativa oportuna.
Neste momento, em que justamente estamos todos muito preocupados com a situação que vive o povo palestiniano - por razões justas, porque efectivamente está a ser sujeito a uma bárbara ocupação, e está em curso a construção de um muro segregacionista que visa isolar a Palestina e roubar território palestiniano -, é muito justo salientar o esforço daqueles que lutam pela paz em Israel. E, perante o exemplo que é dado pelos pilotos da força aérea que se recusam a bombardear zonas residenciais palestinianas, que vem, aliás, na sequência de um movimento mais amplo que tem tido lugar no exército israelita, em que já várias centenas de jovens militares se recusaram a combater na Palestina, ainda que isso lhes custe a prisão e severas represálias num Estado profundamente militarista como é o de Israel -, nunca é demais salientar a coragem desses cidadãos e saudá-los como grandes arautos da luta pela paz, que é absolutamente necessária para a massacrada terra palestiniana e também para o povo de Israel.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: No que respeita a este voto n.º 87/IX, do Bloco de Esquerda, de uma forma muito breve, quero dizer que a posição do CDS-PP é conhecida e revê-se no voto que a Assembleia da República aprovou há uns dias em relação ao conflito no Médio Oriente.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - A nossa posição é clara: somos pela paz, condenamos o terrorismo e o princípio da retaliação.
Consideramos um absurdo total que se vote um voto de apoio a desertores do exército de um país com o qual Portugal

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