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0387 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

O Orador: - Isto significa, Sr. Presidente, que a partir de agora qualquer um considerará, perante contraposição de argumentos, que ficou provado que não perceberam, não que estão em desacordo.
Como é possível estar em desacordo com a maioria?!...
Isto quererá dizer, Sr. Presidente, que a partir de agora passa a ser obrigatório ler qualquer voto que a Mesa tenha. Não é um bom princípio, não o saúdo, mas, obviamente, é o que foi aprovado agora mesmo!!

Aplausos do BE e do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Francisco Louçã, a Mesa não recebe instruções nem da maioria nem de qualquer partido da oposição. O Sr. Deputado Guilherme Silva requereu à Mesa que fosse lido o voto e a Mesa deferiu o requerimento, como deferirá qualquer outro requerimento do mesmo conteúdo.
Quanto às consequências e às ilações que possa tirar desse requerimento fica cada um a fazê-las por sua conta.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã para uma intervenção.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Fui aluno e amigo do Padre Max, um sacerdote católico assassinado em 1976, num assassinato político organizado pela extrema direita.
Não esqueço nem perdoo este assassinato, como não esqueço nem perdoo qualquer outro assassinato político com qualquer pseudo-justificação que o tentasse fundamentar perante a sua ignomínia.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - O que a República fez foi olhar para o passado e decidir nem esquecer nem perdoar, mas solucionar politicamente aquilo que nos vinha do passado.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Falso!

O Orador: - Fez isso em relação à criminalidade da extrema direita como o fez em relação às FP 25 de Abril.

Vozes do BE: - Muito bem!

O Orador: - Hoje mesmo, na revista Visão, um congressista do congresso do CDS-PP é citado como estando "deliciado" perante o incêndio das sedes dos partidos de esquerda nos anos 70. É isso que é preciso acabar e que a República teve a força para acabar!

Vozes do BE: - Muito bem!

O Orador: - Quando hoje tratamos este voto não estamos a discutir sobre esse passado, estamos a discutir aquilo que o Deputado do PSD disse, com toda a clareza: "Sr. Procurador-Geral da República, este voto é-lhe dirigido". Foi esta a sua expressão, Sr. Deputado!

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Exactamente, é um apelo!

O Orador: - O Sr. Deputado Guilherme Silva tentou salvar a situação dizendo que não há qualquer interferência. Não, este voto é dirigido, é um aríete contra a Procuradoria-Geral da República!!

Vozes do BE: - Muito bem!

Protestos do PSD.

O Orador: - Os senhores não admitem que haja o seguimento normal de um processo acerca do qual querem que votemos sem que saibamos o que quer que seja.

Aplausos do BE.

Protestos do PSD.

Os senhores não sabem o que se passa na Procuradoria! Ou sabem? Sabem o que lá se passa? Sabem o que o Procurador decidiu? Sabem o que o Procurador Adjunto decidiu a este respeito? Não sabem! O que vos permite, Sr.as e Srs. Deputados,

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