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5618 | I Série - Número 105 | 09 de Julho de 2004

 

O Sr. Presidente: - Partindo do princípio de que o Sr. Deputado Medeiros Ferreira pretende responder no fim de cada um dos pedidos de esclarecimento, tem a palavra.

O Sr. Medeiros Ferreira (PS): - Deduziu muito bem a minha posição, Sr. Presidente. De facto, é assim que pretendo fazer.

O Sr. Presidente: - Com certeza, Sr. Deputado. Conheço muito bem V. Ex.ª e há muitos anos.

Risos.

O Orador: - Em primeiro lugar, agradeço à Sr.ª Deputada Isabel Castro as considerações que fez e a questão fundamental que me colocou, a qual resumo do seguinte modo: estará o Partido Socialista preparado para uma alternância de poder? Está, Sr.ª Deputada! O Partido Socialista aprendeu com as lições do passado; aprendeu com a sua própria experiência governativa e com a sua experiência como grande partido da oposição, nestes dois anos. E com esta síntese de experiências, quer no Governo, quer a fazer oposição à coligação de direita, terá, certamente, um novo projecto para apresentar aos portugueses.
Em segundo lugar, no que diz respeito à solução política para a actual crise, só gostaria de dizer que creio que o sistema está viciado desde as eleições antecipadas de há dois anos. Essas eleições obrigam a que o País vá, de novo, a eleições. É dessa transparência que o sistema político necessita neste momento, não só por razões de ordem doutrinária mas também por razões de ordem conjuntural.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Extraordinário!…

O Orador: - O País está numa grande crise económica e social e basta andar na rua para se ver como os portugueses anseiam por corrigir o voto de 2002.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Muito bem!

O Orador: - Um voto, aliás, forçado na direita.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Forçado?!

O Orador: - Sim! Um voto forçado, um voto sugerido, um voto com base numa campanha eleitoral em que até um Chefe do Estado-Maior da Armada deu ordens para que os navios da Armada portuguesa encostassem ao Alfeite por falta de verbas.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - E, portanto, os eleitores, aqueles destituídos mentais, votaram mal!

O Orador: - Essa sugestão, de que o País, num momento tão grave, estava a ser incapaz de garantir a sua segurança marítima, teve, certamente, efeitos na opinião pública.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): - Isso é que é respeito pelos eleitores!…

O Orador: - Foi um pronunciamento, foi sim, senhor! Se têm qualquer dúvida, eu não tenho!
Também o facto de ter havido, nessa altura, uma interpretação restritiva dos critérios estritos do Pacto de Estabilidade e Crescimento teve um efeito óbvio no voto dos portugueses. E foi por isto que o Partido Socialista, logo após o resultado destas eleições - estou à vontade para o referir porque esta foi uma das primeiras conversas que tive o Secretário-Geral Eduardo Ferro Rodrigues -, começou a lutar para alteração desses critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento e das suas normas de avaliação.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Era para não cumprir!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, peço-lhe que conclua, pois já esgotou o tempo de que dispunha.

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