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1427 | I Série - Número 023 | 27 de Janeiro de 2005

 

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Continuou sem indicar uma única nomeação que não tenha sido legal!

O Sr. António José Seguro (PS): - O Deputado Marques Guedes está muito nervoso!

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, devo dizer-lhe que vou gastar muito pouco tempo a falar das nomeações que o Sr. Deputado diz que o Governo fez, mas vou salientar a graça.
Vou salientar a graça que não deixa de ter o facto de o líder parlamentar do Partido Socialista ter sentadas a seu lado pessoas que exerceram cargos no governo do PS há bem pouco tempo e que assistiram impávidos e serenos e sem uma palavra de censura à nomeação de mais de 300 pessoas quando o governo que integravam já se encontrava em gestão.
Ressalvo a comparação porquanto, ao que parece, para este Partido Socialista o que é fortemente condenável agora era perfeitamente normal há pouco mais de três anos, o que releva a bondade de quem faz tal afirmação.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Mas já nem vou por aí - o Sr. Deputado dirá o que quiser sobre as nomeações que foram feitas -, apenas vou dar-lhe um exemplo do que aconteceu no meu próprio partido, pedindo-lhe que me dê alguns relativamente ao seu.
São muitos os elementos do CDS-PP que, desempenhando cargos, nem sequer de nomeação política, mas até em meros gabinetes governamentais, foram agora exonerados…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Exactamente!

O Orador: - … para poderem participar na campanha eleitoral por parte do CDS-PP. Dou-lhe como exemplo o caso do chefe de gabinete do Dr. Paulo Portas, o Dr. Manuel Brandão, que foi exonerado…

O Sr. Afonso Candal (PS): - Esse foi por incompetência!

O Orador: - …para poder tratar da volta do líder pelo País durante a campanha eleitoral.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Isto é que é transparência!

O Orador: - Dê-me agora o Sr. Deputado exemplos similares por parte do Partido Socialista quando exercia a governação.
Este que lhe deixo é um bom exemplo, mas é um de muitos que o meu partido pode apresentar relativamente a várias outras pessoas do CDS-PP que foram exoneradas para poderem participar na presente campanha eleitoral com toda a transparência.
Quanto ao presente, Sr. Deputado António José Seguro, diga-me agora se me dá a mesma garantia nomeadamente quanto às câmaras municipais presididas por membros do Partido Socialista, por exemplo as do distrito de Braga, por cujo círculo eleitoral tanto o Sr. Deputado como eu próprio somos candidatos. Diga-me que essas câmaras municipais com maioria do Partido Socialista não estão empenhadas na promoção do vosso partido na campanha eleitoral que agora decorre. Diga-me, nomeadamente, que os assessores dessas mesmas câmaras municipais de vários concelhos do distrito de Braga - e são 14 - foram exonerados das suas funções para fazerem o que estão a fazer. Diga-me, então, que o moralismo que aqui nos traz em relação ao presente Governo é o mesmo que o Partido Socialista tem sido capaz de praticar, nomeadamente ao nível do distrito pelo qual o próprio Sr. Deputado é candidato.
Portanto, se conseguir demonstrar-me o que lhe peço, então, conseguirei, pelo menos, ver pela positiva muito do que acabou de dizer. Se não o fizer, terão sido meras palavras de circunstância de quem aponta o dedo porque já lá não está mas quer estar e na certeza de que fará exactamente a mesma coisa quando porventura puder exercer o poder - e espero bem que não possa! - a partir do próximo dia 20 de Fevereiro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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