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0015 | I Série - Número 001 | 11 de Março de 2005

 

Deputado Luís Marques Guedes.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O trajecto de Manuel Oliveira, na política como na vida, foi feito de elevada descrição mas sempre com uma grande eficácia. A sua total e permanente disponibilidade para ajudar os outros era uma característica que merece ser realçada.
Uma vida pública que teve início com o desempenho da profissão de professor do ensino básico na escola primária do Candal, em Lobão. Da escola passou para a delegação escolar de Fiães.
Em 1980, foi eleito, pela primeira vez, para Secretário da Junta de Freguesia de Lobão, freguesia que o viu nascer em 14 de Novembro de 1957. Manteve estas funções até 2002, compatibilizando-as com outras de elevada dimensão distrital e nacional.
Destacamos as funções de Adjunto do Governador Civil de Aveiro, no período entre 1989 e 1995. Chegou, inclusive, de forma temporária, a desempenhar as funções de Governador Civil daquele distrito.
Em 1995, foi eleito, pela primeira vez, Deputado à Assembleia da República. Desde então, a sua actividade repartiu-se entre Santa Maria da Feira, seu concelho, e Lisboa.
No Parlamento, onde rapidamente granjeou o reconhecimento e o apreço dos seus pares, foi coordenador das Comissões de Educação, Ciência e Cultura e do Poder Local, Ordenamento do Território e Ambiente e presidiu ao Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Angola.
Foi, igualmente, eleito Vice-Secretário da Mesa da Assembleia da República, nunca perdendo, contudo, a ligação política às suas origens, onde, em 2002, foi eleito e ocupou o lugar de vereador da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
Um homem de uma estatura e humildade invulgar. Moderado, discreto, mas muito eficiente. Um chefe de família exemplar, com dois filhos estudantes, sempre preocupado com a sua família.
O seu lema foi sempre servir.
Consolidou amizades, nesta Câmara e fora dela, conquistou a admiração de muitos, ou mesmo de todos, dos que, nesta Casa, tiveram o privilégio de com ele trabalhar.
Sempre discreto, conseguiu, com as suas qualidades, merecer em pleno as posições de relevo na política nacional a que foi chamado.
Quis o destino que, hoje, o Manuel não esteja entre nós. Pouco tempo passou e já tanto sentimos a sua falta!
"Meu Caro" era a forma simpática e afável com que habitualmente tratava cada um de nós.
Evocamos hoje com emoção Manuel Oliveira. Acima de tudo, guardamos a memória da sua elevada dimensão humana e da sua devoção à causa pública, que muito o enobreceram.
A Assembleia da República expressa, de forma sentida, o seu pesar, formulando à sua mulher e aos seus filhos, à sua família e à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira os seus sinceros votos de pesar.
Até sempre, "Meu Caro".

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Rosa Maria Albernaz.

A Sr.ª Rosa Maria Albernaz (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A morte súbita de Manuel Oliveira deixou um vazio e uma tristeza em todas as pessoas que puderam conhecê-lo de perto e admirá-lo.
Deputado eleito pelo círculo de Aveiro desde a VII Legislatura, natural de Santa Maria da Feira, Manuel Oliveira desempenhava actualmente os cargos de Vice-Secretário da Mesa da Assembleia da República, Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Angola e era membro da Comissão do Poder Local, Ordenamento do Território e Ambiente e da Comissão Eventual para a Reforma do Sistema Político.
Todos os que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com o Deputado Manuel Oliveira reconheciam a sua calma mas firme determinação, a sua enorme coragem e a sua extrema dedicação às causas em que acreditava e aos projectos em que se envolvia.
Era um companheiro leal, um homem extremamente solidário e profundamente tolerante. Destacou-se pela capacidade de diálogo e pela sincera e profunda afabilidade com que se relacionava, o que lhe granjeou simpatias em todos os quadrantes políticos, pela convicção das suas intervenções, pelo profundo conhecimento das matérias, pela cuidada fundamentação das suas propostas, pela constante ligação aos problemas da sua região e do País.
Professor de formação, acreditava, com olhos postos no futuro, que podemos sempre fazer

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