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18 ISÉRIE — NÚMERO2

Na verdade, tanto o discurso da Sr.ª Ministra como as práticas que se vislumbram para o futuro são mui-to preocupantes. Esta é uma carreira sem futuro, se os senhores, como têm feito até aqui, continuarem a assumir os «funis», a discriminação e a encarar esta classe profissional como se fosse composta por ratos de laboratório, que levam choques eléctricos sucessivos para que VV. Ex.as vejam quanto tempo eles vão espernear!

Em suma, gostava de saber que leitura fazem sobre as propostas para o futuro desta classe profissional. Aplausos do BE. O Sr. Presidente: —Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Odete João. A Sr.ª Odete João (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Honório, ouvi com atenção o seu pedi-

do de esclarecimentos e penso que temos de distinguir duas questões, a do desemprego dos professores e a das condições precárias das escolas. Quanto a estas questões, as grandes preocupações do Partido Socialista são, em primeiro lugar, as nossas crianças e o futuro da educação.

O Sr. Luiz Fagundes Duarte (PS): — Muito bem! A Oradora: —Sabemos que esse futuro passa, necessariamente, pelo trabalho que os professores

fazem com as crianças e que este trabalho passa, forçosamente, pelas condições que se oferecem. Sabe-mos hoje que as escolas mais pequenas, as escolas com poucos alunos, sem condições e que não ofere-cem recursos, são as que trazem maior insucesso escolar. Como tal, a reorganização da rede escolar é fundamental.

Por outro lado, lembro que os professores estão na escola de uma forma estável. O concurso de profes-sores decorreu, pela primeira vez, para um período de três anos, o que vai permitir a continuidade pedagó-gica dos docentes no seu trabalho. Ora, sendo certo que estes professores fazem, no dia-a-dia, um traba-lho meritório, é também verdade que estes mesmos professores, estando numa escola ou num agrupamen-to de escolas que lhes permitam trabalhar em equipa, não estando isolados ou votados ao abandono nas escolas dispersas pelo País que o Estado Novo nos deixou como herança, mais facilmente resolvem os seus problemas.

Sabemos que as condições das escolas não são ainda as melhores,… A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Em muitos casos são as piores! A Oradora: —… mas sabemos também que em parceria, em particular com as autarquias, optamos

pelo caminho da racionalização dos meios, da concentração de recursos e da disponibilização de mais e melhores condições aos alunos que estão no 1.º ciclo de escolaridade, deixado ao abandono por muitos anos.

Vozes do PS: —Muito bem! A Oradora: —Os professores são fundamentais no sistema educativo e reconhecemos que têm dado,

ao longo de muitos anos, o seu melhor em escolas altamente degradadas e com condições muito deficien-tes. Deste modo, procuramos oferecer às crianças mais e melhores condições materiais ao nível dos recur-sos, disponibilizando, nomeadamente às escolas do 2.º e 3.º ciclos, centros de recursos, bibliotecas escola-res e refeitórios. Assim sendo, o mérito dos professores é valorizado no trabalho que, no dia-a-dia, fazem com as suas crianças e nos resultados que atingem. Temos de nos concentrar, fundamentalmente, nos resultados da educação, porque a sua melhoria significa a valorização da escola pública e dos professores.

Sr.ª Deputada, cremos que a escola é o centro das políticas educativas e que é nela que tudo se joga. Ora, é com este espírito reformador do PS, com maior autonomia e responsabilização para as escolas e com uma avaliação que permita a cada escola saber qual o rumo a tomar no futuro que construímos uma melhor educação em Portugal. É assim que faremos (com certeza, melhor) para que os resultados convir-jam com os de todos os países da União Europeia.

É este o caminho traçado e é este o caminho que o PS fará com toda a firmeza, valorizando a educação e com consideração por todas as crianças que frequentam as escolas em Portugal.

Aplausos do PS. O Sr. Luís Fazenda (BE): — Que discurso vazio! O Sr. Presidente: —Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

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