O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0030 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006

 

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Alda Macedo.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): - Sr. Presidente, Sr. Ministro António Costa, ouvimo-lo repetir aqui reiteradamente, ao longo da sua intervenção inicial, as palavras "rigor", "transparência", "autonomia", como sendo as grandes marcas desta proposta de lei.

O Sr. Renato Sampaio (PS): - E é verdade!

A Oradora: - Deixe-me dizer-lhe, Sr. Ministro, que não é isso que encontramos na proposta do Governo, é exactamente o contrário.
Portanto, é preciso perguntar-lhe que autonomia é esta, afinal, que se limita ao que é uma regulação de um poder tributário para os autarcas, o qual é condicionado à geração de receitas na área do respectivo município. Assim, é um poder tributário altamente limitado, mas que, ao mesmo tempo, reforça o que, nas suas próprias palavras, é "a tutela inspectiva do Governo", reforçando, portanto, o que é uma capacidade altamente centralizadora. Que autonomia é esta, Sr. Ministro?

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Muito bem!

A Oradora: - É preciso perguntar-lhe que transparência é esta de que fala quando, na sua própria intervenção inicial, o Sr. Ministro deixa entender com a maior clareza possível que o que é expectável em termos de manutenção de receitas dos municípios é graças ao aumento das receitas dos impostos municipais. Isto é, o que o Governo espera é que, no fundo, seja a especulação imobiliária a garantir a manutenção das receitas dos municípios.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Ora, ora!

A Oradora: - Que transparência é esta, Sr. Ministro?
Falemos agora de rigor. Que rigor é este, Sr. Ministro, que cria limites ao endividamento, sobre os quais queremos falar, e que cria regras de sancionamento ao endividamento, regras essas que me fazem lembrar a história daquele médico que, quando chega um doente ao consultório a queixar-se de enxaquecas sistemáticas, lhe responde que mais vale cortar a cabeça.
É que, afinal de contas, estas sanções ao endividamento agravam e reproduzem aquilo que são círculos de fragilidade da situação financeira dos municípios.
Que rigor é este, Sr. Ministro, que se reduz a um limite cego ao endividamento? Limite cego ao endividamento esse que, admitamos, colheu, na discussão que aqui se gerou, alguns apoios, sendo que um desses apoios - de vulto e de peso e a que, aliás, já se referiu - é o do Presidente da Câmara Municipal do Porto. Na verdade, ele subscreve os limites ao endividamento das autarquias, mas não me surpreende que o faça, pois esse tem sido o discurso dele desde o início do mandato. Porém, é preciso saber a que é que este discurso e esta prática política conduziram no concelho do Porto. Conduziram à maior perda demográfica dos nossos concelhos a nível nacional e ao fim de serviços sociais fundamentais na cidade do Porto, a saber: acabaram as equipas de rua e os mediadores culturais na cidade do Porto, acabou a prestação do serviço social nos bairros sociais.
Portanto, Sr. Ministro, é preciso que diga com toda a clareza, perante o País e os Deputados do Partido Socialista que têm estado na oposição a esta política na Câmara Municipal do Porto, se é este o modelo de desenvolvimento que quer para os municípios do nosso país.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Abílio Dias Fernandes.

O Sr. Abílio Dias Fernandes (PCP): - Presidente, Sr. Ministro de Estado e da Administração Interna, gabo-lhe o esforço de justificar o que é injustificável. E é injustificável porque a proposta de lei que o Sr. Ministro aqui nos apresentou é, de facto, uma lei contida noutra lei, sendo uma lei provisória para os primeiros anos e que mereceu da parte do Sr. Ministro todo um esforço para demonstrar que as autarquias não vão perder financiamento em 2007. No entanto, para já, vão perder o valor correspondente à inflação.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Exactamente!

O Orador: - E depois do período provisório - o Sr. Ministro sabe-o e hoje todo o País está a sabê-lo -, mais de metade das autarquias portuguesas vão ter dificuldades de sobrevivência financeira. Ora, todos sabemos a contribuição que as autarquias dão ao desenvolvimento do País, a dinâmica que é instalada através dos municípios e o esforço que fazem de manutenção do mercado interno.

Páginas Relacionadas
Página 0019:
0019 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   um exemplo da sua perso
Pág.Página 19
Página 0020:
0020 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 20
Página 0021:
0021 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Quanto à relação do Est
Pág.Página 21
Página 0022:
0022 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Contudo - é
Pág.Página 22
Página 0023:
0023 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   pode variar até 5% para
Pág.Página 23
Página 0024:
0024 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Afirma que
Pág.Página 24
Página 0025:
0025 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Luís Marques Gued
Pág.Página 25
Página 0026:
0026 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 26
Página 0027:
0027 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Como disse, quero tranq
Pág.Página 27
Página 0028:
0028 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas digo-lhe o que nós
Pág.Página 28
Página 0029:
0029 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 29
Página 0031:
0031 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tem
Pág.Página 31
Página 0032:
0032 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Jerónimo de Sousa
Pág.Página 32
Página 0033:
0033 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A segunda pergunta, Sr.
Pág.Página 33
Página 0034:
0034 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … aquilo qu
Pág.Página 34
Página 0035:
0035 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Pensará o mesmo que pen
Pág.Página 35
Página 0036:
0036 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português toma a presen
Pág.Página 36
Página 0037:
0037 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   assegurar um limite mín
Pág.Página 37
Página 0038:
0038 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Português traz aqui uma
Pág.Página 38
Página 0039:
0039 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   procura enganar, dizend
Pág.Página 39
Página 0040:
0040 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Miguel Miranda Re
Pág.Página 40
Página 0041:
0041 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   reconheceu que o trabal
Pág.Página 41
Página 0042:
0042 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Emídio Guerreiro
Pág.Página 42
Página 0043:
0043 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sexto e último exemplo:
Pág.Página 43
Página 0044:
0044 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Renato Sampaio (P
Pág.Página 44
Página 0045:
0045 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Risos do PSD. Na
Pág.Página 45
Página 0046:
0046 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   ameaçadora dos oradores
Pág.Página 46
Página 0047:
0047 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Helder Amaral (CD
Pág.Página 47
Página 0048:
0048 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Sr. Deputado Pita Ameix
Pág.Página 48
Página 0049:
0049 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 49
Página 0050:
0050 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Vozes do CDS-PP: - Muit
Pág.Página 50
Página 0051:
0051 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   A Sr.ª Heloísa Apolónia
Pág.Página 51
Página 0052:
0052 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   municipais. E isto é pr
Pág.Página 52
Página 0053:
0053 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   da actividade autárquic
Pág.Página 53
Página 0054:
0054 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP.
Pág.Página 54
Página 0055:
0055 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Aplausos do PCP e de Os
Pág.Página 55
Página 0056:
0056 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Foi assim na segurança
Pág.Página 56
Página 0057:
0057 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Par
Pág.Página 57
Página 0058:
0058 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - A nossa cul
Pág.Página 58
Página 0059:
0059 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Mas, Sr. Deputado, não
Pág.Página 59
Página 0060:
0060 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … segundo,
Pág.Página 60
Página 0061:
0061 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Ministro de Estad
Pág.Página 61
Página 0062:
0062 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   Dirá: "Mas esses municí
Pág.Página 62
Página 0063:
0063 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   diferente daquela que é
Pág.Página 63
Página 0064:
0064 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - Como é poss
Pág.Página 64
Página 0065:
0065 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Orador: - … para que,
Pág.Página 65
Página 0066:
0066 | I Série - Número 010 | 12 de Outubro de 2006   O Sr. Presidente: - Tam
Pág.Página 66