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I SÉRIE — NÚMERO 38

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direito à saúde dos portugueses; façam alguma coisa que possam dizer, sem corar, que é de esquerda.
Enquanto o não fizerem, e persistirem nesta política, continuarão a deparar com a resistência das populações e terão, da nossa parte, a mais firme e convicta oposição.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde.

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ao longo destas três horas de interpelação, promovida pelo Partido Comunista Português, verificou-se, mais uma vez, a ausência total de capacidade de oposição — até posso dizer de capacidade de oposições. Por isso, recorreu-se unicamente à retórica do casuísmo:…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Pelo menos, é original!

O Orador: — … as salas de parto; os SAP nocturnos; a concentração dos serviços de urgência; e, agora, o acidente mortal de Odemira. Esqueceram sempre, sempre, que todos estes problemas foram desafios, foram riscos, dos quais surgiram oportunidades e soluções.

Aplausos do PS.

As oposições, Sr.as e Srs. Deputados, não conseguem ter vida autónoma, andam a reboque dos media, tentam colonizar a informação.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Olha quem fala!

O Orador: — Mas desiludam-se, Sr.as e Srs. Deputados: os «faróis» da comunicação social não estão sempre ligados, as «baterias» são caras. As oposições usam informação requentada e sem rigor,…

Risos do PCP e do BE.

… às vezes, mesmo com erros. O PCP, então, useiro e vezeiro nisso, anuncia cataclismos com o nome de localidades,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas, pelo menos, com discursos originais!

O Orador: — … organiza as manifestações nos locais — mas não, não, não é o PCP!… —, mobiliza escassos mas ruidosos militantes, uma vintena, no máximo — mas não, não, não foi o PCP!… —, tenta chamar os media — mas, não, os senhores nunca tiveram nada a ver com isso!… A oposição — neste caso, a oposição interpelante — não tem agenda, serve-se da agenda dos media; tenta «massajar» os escassos factos do quotidiano.
Mau caminho, Sr.as e Srs. Deputados! Dias depois, tudo desaparece! Desiludam-se, nada de mais volátil do que os factos insustentáveis!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — E os ministros da Saúde também!

O Orador: — Isto espelha o imobilismo da esquerda conservadora: tudo deve ficar na mesma; tudo deve ser pago pelo Estado; o privado é um anátema; o SNS vai para o fundo e a culpa é do Governo!…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Orador: — Em alternativa, a pressa absurda: tudo já e agora, de imediato! E tudo pago pelo Estado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas onde é que ouviu isso?! O melhor era ler o discurso inicial!

O Orador: — Ilusões sobre se mudariam, muitos de nós as temos!… Impossível! Os senhores são iguais a vós próprios, há muitos anos! Não, Srs. Deputados do PCP, não vamos por aí! Iremos devagar, mas iremos pelo nosso pé.

Aplausos do PS.

O Governo liquida o Serviço Nacional de Saúde, dizem. Mas o sector privado existe desde sempre, des-

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