O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

38 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007

qualidade, permitindo a instituições com menor qualidade o seu desenvolvimento, com efeitos nas qualificações dos seus alunos.
Este diploma acompanha os desafios de uma nova cultura de rigor e exigência, que se pretende generalizada em todos os sectores do País. É este o caminho que todos temos de percorrer, por Portugal e pelos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O Governo, ao fim de dois anos, despertou do torpor e dá sinais de olhar o desvario em que anda o ensino superior, sobretudo o ensino superior privado. Dois anos de desvario por conta da falta de coragem e de decisão política. E, agora, deu ao Governo uma fúria legisladora, indiferente, aliás, ao protesto de todas as entidades representativas do sector. Um «pleno» difícil de superar, Sr. Ministro, quando, hoje, do CRUP aos sindicatos, não há voz que não aponte o dedo às manhas do diploma que aqui discutimos e dos que estão para chegar.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Oradora: — «Questões laterais», dirá o Sr. Ministro, mas são «questões de fundo», Sr. Ministro, se quiser discutir com seriedade o futuro e a qualidade do ensino superior.
A necessidade de uma lei da garantia da qualidade do ensino superior — porque é de garantir a qualidade que se trata —, além de consensual, é exigência mínima para devolver confiança às instituições de ensino superior, mas a pressa desta lei de avaliação deixa inúmeras zonas de nevoeiro. Quem define as boas práticas internacionais, essa zona politicamente correcta?

O Sr. Manuel Mota (PS): — Já foi respondido!

A Oradora: — Quantos são e qual a qualidade dos peritos internacionais? Quem acompanha e fiscaliza os planos de acção para a melhoria do desempenho das instituições? São esses planos obrigatórios? O Sr. Manuel Mota (PS): — Está na lei!

A Oradora: — A que órgão se recorre das decisões da agência? À própria agência? Estas são perguntas para respostas em branco.

O Sr. Manuel Mota (PS): — Está na lei!

A Oradora: — Há neste diploma, no entanto, zonas sem margem para dúvidas: a avaliação externa estará nas mãos da agência de avaliação, uma fundação de direito privado. A avaliação externa é paga pelas instituições, pois os avaliados pagam a avaliação, e controlada pelo Governo. Onde está, afinal, a independência funcional e material recomendada pela ENQA, de que o Sr. Ministro ainda há pouco falou, quando o conselho geral da agência é directamente nomeado pelo Governo, que, por sua vez, nomeia o conselho de administração, cujas difusas competências e duração de mandato não salvaguardam a independência exigida? E para quê, afinal, esta promiscuidade, estes apetites, os mesmos, aliás, que permitirão ao Governo impor, de sua livre vontade, a conversão das universidades em fundações? Um Governo indiferente à crise das fundações por essa Europa fora, que constitui o seu horizonte de luz! O Governo desperta e trabalha, trabalha sobretudo na redução dos compromissos financeiros com o ensino superior e na transformação das instituições; tem pressa em apostar na gestão por resultados e na privatização e empresarialização das instituições e resolve apostar no marketing, mas, nesta pressa, deixa cair os compromissos do Estado e agarra desesperadamente formas de intrusão do Governo na autonomia e na vida das instituições.
No que se refere aos compromissos financeiros do Estado, o artigo 15.º da proposta de lei que aqui se discute assume claramente que os resultados da avaliação condicionarão o financiamento das instituições, e os rankings, essa invenção portuguesa com que o Ministro do Ensino Superior quer assinar história, farão o resto.

O Sr. Manuel Mota (PS): — Invenção portuguesa?!

A Oradora: — Rankings que não existem em mais nenhum país do mundo, os mesmos que até a Sr.ª

Páginas Relacionadas
Página 0027:
27 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 nacional a continuação da inexistência de r
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 por entidades representativas das instituiç
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 é ela que tira, em exclusivo, as conclusões
Pág.Página 29
Página 0030:
30 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 sas, preenche dois critérios de qualidade q
Pág.Página 30
Página 0031:
31 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 para a ciência. A avaliação externa do e
Pág.Página 31
Página 0032:
32 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 qualidade e da acreditação. Um conselho pro
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 No debate do projecto de resolução n.º 145/
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 esta se concretizará estamos genericamente
Pág.Página 34
Página 0035:
35 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Uma verg
Pág.Página 35
Página 0036:
36 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 periódica. Concordamos que a avaliação seja
Pág.Página 36
Página 0037:
37 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 ao próprio processo de integração europeia
Pág.Página 37
Página 0039:
39 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 Ministra da Educação é capaz de criticar e
Pág.Página 39
Página 0040:
40 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 Aliás, esta proposta de lei é apenas uma da
Pág.Página 40
Página 0041:
41 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 mos ser não apenas um requisito fundamental
Pág.Página 41
Página 0042:
42 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 Vozes do PCP: — Muito bem! O Sr. Pres
Pág.Página 42
Página 0043:
43 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 O Orador: — Quarto princípio: a internacion
Pág.Página 43
Página 0044:
44 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 lecimento de ensino superior autorização pa
Pág.Página 44
Página 0045:
45 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, t
Pág.Página 45
Página 0046:
46 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 O Sr. Presidente: — Ainda para uma interven
Pág.Página 46
Página 0047:
47 | I Série - Número: 081 | 10 de Maio de 2007 Protestos do BE. O Sr. João Oliveira
Pág.Página 47