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36 | I Série - Número: 010 | 9 de Outubro de 2008

mostrou que essa receita não provou, que essa receita não é boa.
Espero que as pessoas tenham também aprendido a lição, em particular aqueles que sempre acreditaram nisso.
Espero que aquele partido que está, aqui, à nossa direita possa olhar para o que passou e reflectir sobre o seu pensamento a propósito da Caixa Geral de Depósitos, porque os que defenderam a privatização da Caixa Geral de Depósitos percebem hoje que o que estavam a propor era leviano e irresponsável.

Aplausos do PS.

Espero que todos tiremos as consequências disso e até espero que o PSD, maior partido da oposição, tire também as consequências desta crise, e que deixe de dizer, como sempre tem dito, que o seu ideal político é privatizar tudo o que puder, menos as funções de soberania do Estado, privatizar na saúde, privatizar na educação…

Vozes do PSD: — Não é verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Está escrito, Srs. Deputados. Se já se arrependeram, ainda bem, pois, como alguém disse, «há muita alegria nos céus quando um arrependido se converte». Mas espero que isto seja mesmo um arrependimento, porque é má política, Srs. Deputados! Mas há um outro ponto que é da maior importância e é também muito ideológico, que é o de como responder. Mais uma vez, aqueles que sempre defenderam o Estado mínimo, defendem agora que o Estado não deve fazer nada, que o Estado não deve fazer uma obra pública, que não deve haver investimentos públicos, porque esses investimentos são muito duvidosos. Afinal de contas, o PSD não aprendeu nada com a crise. O que se exige por parte do Estado é que ele mantenha o seu esforço e o desenvolvimento da política de modernização infra-estrutural, porque isso é absolutamente fundamental para a nossa economia e para o emprego. A boa receita para fazer face à crise não passa pela desistência, passa pela acção do Estado, passa por promover os investimentos públicos, não passa por desistir de fazer investimentos públicos. Desistir de fazer investimentos públicos é apenas irresponsável neste momento!

Aplausos do PS.

A crítica que fazem aos mega-investimentos é ridícula! Por amor de Deus! É preciso retomar e ler de novo a história do pensamento económico, o que se passou nos anos 20 do século passado, é preciso voltar a ler Keynes. A boa resposta a estas situações sempre passou por mais investimento público e não por menos investimento público. É irresponsável atacar esses investimentos públicos e a acção do investimento do Estado.

Aplausos do PS.

A boa resposta, mais uma vez, é a de que o Estado está aqui não para desistir, mas para agir, para manter a linha de rigor, para ajudar as famílias e para ajudar as empresas, oferecendo aos portugueses um discurso de confiança e de segurança. A este Governo não falta nem o ânimo nem a vontade nem a determinação de fazer face a mais uma crise que vivemos e onde se provará, mais uma vez, que lhe podemos responder.
Venceremos esta, tal como vencemos a crise orçamental de há três anos!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados, julguei que o PSD ia interromper o seu silêncio para apresentar propostas, mas afinal não!