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20 | I Série - Número: 014 | 17 de Outubro de 2008

arquitectura financeira a nível mundial.
Não nos esqueçamos de que, hoje, a arquitectura financeira mundial está balizada em duas instituições que datam de 1944, das conferências de Bretton Woods — é o caso do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial —, e, agora, esta é a fase seguinte. De facto, temos de evoluir para uma reformulação, uma refundação da arquitectura financeira mundial, com uma maior cooperação institucional entre instituições públicas e privadas que possa permitir uma supervisão financeira mais eficaz.
Não é por acaso que, por exemplo, Sarkozy, personalidade insuspeita, defende hoje a necessidade de acabar com as chamadas «zonas cinzentas» da supervisão financeira, abarcando também os hedge funds, as private equities ou os paraísos fiscais — é Sarkozy que o diz! Portanto, esta é a fase seguinte.
Esqueçamos a ilusão — não «tomemos a nuvem por Juno», Sr. Secretário de Estado! — de que esta proposta de lei vai resolver todos os males da crise financeira. Não vai! É preciso atacar o problema em bloco, é preciso avançar para uma nova ordem de supervisão financeira, é preciso atacar o problema da economia real.
Sejamos verdadeiros: esta crise vai ter consequências ao longo do tempo, de facto não vai ser estancada no imediato. E temos de estar preparados para isso.
Exactamente porque sentimos a necessidade de ser solidários em tempos difíceis como os que vivemos, exactamente porque temos sentido de responsabilidade e sentido de Estado, pese embora algumas reservas que esta proposta de lei nos merece, designadamente no que concerne à «boite à surprises» que constituem as condições de financiamento, nós, PSD, com responsabilidade, com sentido de Estado, daremos guarida à aprovação desta iniciativa legislativa. Não poderia ser outro o caminho para um partido com vocação de poder como é o PSD.

Aplausos do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ah! Todos juntos para salvar o sistema!… Já nem o PS D defende o mercado livre!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O tema que aqui nos traz é sério e importante para o nosso futuro. No entanto, não posso deixar de comentar um «microfacto» deste debate.
O Sr. Deputado Francisco Louçã decidiu trazer-nos hoje um cardápio de frases demagógicas para ver qual teria direito a uns «segundinhos» no Telejornal. Nada tenho, rigorosamente nada a ver com isso, não tocasse uma delas a direita e a direita somos nós, Sr. Deputado!! Já agora, quando afirma que a direita o que quer é «tirar do rendimento social de inserção para dar aos ricos» — frase sua e uma das grandes concorrentes ao tal concurso de qual vai ter uns «segundinhos» no próximo Telejornal —, deixe que lhe diga que V. Ex.ª se engana redondamente. O que preocupa o CDS é uma coisa muito simples: são os incumprimentos no domínio do rendimento social de inserção.
A diferença entre a minha consciência social e a sua e do seu partido, Sr. Deputado, é que eu estou preocupado com os pobres dos mais pobres,… O Sr. Luís Fazenda (BE): — Ohhh!… O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — … q ue têm 230€ de pensão, V. Ex.ª está preocupado com aqueles que recebem para frequentar as aulas de formação profissional mas não frequentam. Olhe, por aí, vê-se uma diferença muito clara quanto à forma de ambos encararmos estas matérias.

Aplausos do CDS-PP.

Sr. Deputado, neste debate, a minha preocupação é a de que seja possível encontrar soluções, por forma a que não cheguemos a falar em risco relativamente a contas bancárias dos portugueses, a que não seja posto em causa o crédito de que muitos necessitam para ter direito à habitação. Por isso mesmo, temos esta postura

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