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11 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

Acresce dizer que, como se constata, foram ouvidos por um correspondente local da Lusa Deputados de todos os partidos portugueses e espanhóis, incluindo o Deputado Guilherme Silva do PSD.
Portanto, de facto, é preciso falar verdade para vencer com a verdade e, por isso, Manuela Ferreira Leite precisa de pedir desculpa ao País por ter faltado ao primeiro dos seus compromissos e à primeira das obrigações de quem almeja ser primeiro-ministro: respeitar sempre a verdade e falar sempre com verdade. É que, afinal, para além dos actos, também se peca por palavras e omissões.
O PSD é um partido com responsabilidades na democracia portuguesa e não deve, através de sucessivas lideranças, mutáveis quase anualmente, perder a sua história e a sua credibilidade. Na política não vale tudo, nem mesmo a tentação de utilizar linguagem própria de micro grupos de extrema-direita quando se refere aos seus adversários políticos.
É isso que falta a este PSD: equilíbrio, verdade, credibilidade, coerência, sentido de responsabilidade e, sobretudo, neste momento, liderança.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado José Junqueiro, tem dois pedidos de esclarecimento, pelo que tem, desde já, a palavra o Sr. Deputado Agostinho Branquinho.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, estive a ouvir a sua intervenção e quando V. Ex.ª começou por enunciar que ia falar verdade – quero dizer, aqui, neste Parlamento, algo que hoje todos os portugueses sentem – pensei que ia pedir desculpa por aquilo que tem sido a governação trágica do Governo socialista e pela total ausência de cumprimento das principais promessas eleitorais que o Partido Socialista fez, nomeadamente no campo do emprego.
Ficava-lhe bem, Sr. Deputado, esse gesto de humildade democrática de pedir aqui, na Câmara, desculpas aos portugueses e falar, pela primeira vez em quatro anos, verdade.

Aplausos do PSD.

O Sr. Deputado, fora do contexto, citou um conjunto de leituras que andou a fazer, mas, Sr. Deputado, permita-me que lhe diga que, para além de não ter pedido desculpas e não ter falado verdade, V. Ex.ª anda a fazer as leituras erradas.
Vou-lhe ler dois pequenos extractos, sendo um de um ex-ministro deste Governo socialista, o Sr. Prof.
Campos e Cunha.

Vozes do PS: — Oh!

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Dizia o Sr. Prof. Campos e Cunha, há alguns dias, o seguinte: «o maior monstro, o TGV, não terá impactos directos significativos na economia nacional e se os tiver, possivelmente, serão negativos».
Vou ler-lhe um outro extracto, também de um insigne socialista, de um colega seu neste Parlamento, João Cravinho, que diz a dada altura o seguinte: «a ligação Lisboa/Madrid por TGV é um projecto ruinoso». Vou repetir, Sr. Deputado, «a ligação TGV Lisboa/Madrid é um projecto ruinoso». Estas são as palavras do exDeputado João Cravinho.
Por isso, Sr. Deputado José Junqueiro, a questão a que V. Ex.ª tem de responder aqui, hoje, falando verdade, aquilo que tem de dizer aos portugueses é o seguinte: é importante para resolvermos o problema da crise que hoje vivemos, do desemprego que aflige centenas de milhares de portugueses, que, do ponto de vista das prioridades da decisão política, ponhamos o TGV de lado e olhemos, sim, para projectos que possam criar emprego, que possam dinamizar a economia nacional e que possam ajudar as famílias.
Sr. Deputado, encarecidamente lhe peço que fale verdade e diga lá se não é um projecto ruinoso, um projecto negativo, continuar a aposta deste Governo no TGV.

Aplausos do PSD.