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12 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Agostinho Branquinho, respondo com todo o gosto às observações que fez repetindo-lhe, em matéria de citações, aquilo que diz uma pessoa não de há uns anos atrás mas de agora, da actualidade, do seu partido.
Gostaria de saber o que é que o senhor pensa acerca desta afirmação: «a nossa ligação à alta velocidade europeia, e, portanto, o TGV Lisboa/Madrid, é um projecto estrategicamente relevante e seria um erro trágico ficarmos desligados». A minha questão é a seguinte: V. Ex.ª acredita mais nas palavras de Pedro Passos Coelho ou acredita mais nas palavras de Campos e Cunha? Esta é a primeira questão que lhe coloco.

Aplausos do PS.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Fale verdade!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Em segundo lugar, para falar verdade e com uma testemunha de peso a seu lado, o Sr. Deputado Jorge Costa, que na altura era secretário de Estado e foi quem mandou fazer estudos de mais de um milhão de euros para concretizar outras obras públicas, pergunto: o verbo honrar tem algum significado para o PSD? O que é que eu quero dizer com isto? Os senhores tiveram um primeiro-ministro do PSD, Durão Barroso, que, com o primeiro-ministro de Espanha, José Luís Aznar, celebrou, na Figueira da Foz um contrato entre dois países, um compromisso de honra. Mais tarde, Carmona Rodrigues, em Santiago de Compostela, ratificou-o e iniciaram esse processo de construção.
Os senhores assinaram um compromisso de honra entre dois Estados e aquilo que lhe pergunto, Sr. Deputado, é o seguinte: o PSD não verá agora, neste momento, uma oportunidade única de dizer se está ou não de acordo com o verbo honrar? Tem ou não significado, para o PSD, o verbo honrar?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, ouvimo-lo com muita atenção a fazer confrontação com o Partido Social Democrata, mas o CDS, «para esse peditório, não tem de dar».

Vozes do PS: — Já deu!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Mas há algumas questões, relacionadas com o que V. Ex.ª aqui aflorou, relativamente às quais o CDS gostaria de o questionar.
Em primeiro lugar e a propósito de falar verdade, pergunto se falar verdade era a construção do novo aeroporto na Ota, que era irreversível e absolutamente inalterável e jamais na margem sul, porque era um deserto? Bastou um estudo preliminar de uma conferência empresarial e toda a argumentação caiu pela base! Afinal, o aeroporto, que não era para a margem sul, já é na margem sul.
Há dias, ouvimos o Sr. Ministro das Obras Públicas dizer que o projecto TGV é para avançar como está previsto e calendarizado, sem qualquer alteração. A seguir, ouvimos o Sr. Primeiro-Ministro dizer que vão rever a calendarização do projecto do TGV.
Vimos hoje nos jornais o Deputado Ventura Leite dizer, «Sr. Primeiro-Ministro, por favor tome conta do projecto TGV, do novo aeroporto de Lisboa, por causa das contrapartidas, porque o Eng.º Mário Lino, Ministro das Obras Públicas, não sabe fazer essa negociação».
Verificamos que o Governo diz que a terceira travessia do Tejo é uma travessia rodo/ferroviária mas temos um ex-ministro deste Governo, actual Presidente da Câmara de Lisboa, a dizer «calma lá, isso não pode ser, traz graves prejuízos para a cidade, vamos ter de alterar, tenham calma, não façam isso».

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