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58 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

protecção colectiva, ao nível dos equipamentos e das máquinas utilizadas, e meios e medidas de protecção individual que evitam e eliminam os riscos da sílica.
Por isso, a melhor estratégia de protecção da saúde dos trabalhadores é a da intransigência na prevenção»

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Exactamente! É isso que vocês não fazem!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — » e na eliminação do risco na sua origem, e não, como o PCP propõe, em regimes especiais da segurança social para os trabalhadores, e muito menos para os trabalhadores de um só sector de actividade, como o PCP faz nesta proposta.
O projecto do PCP falha em todas as suas possíveis intenções: falha quanto à justiça da sua proposta e falha na eficácia da sua proposta.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Discutam-na na especialidade!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a União Europeia é considerada como tendo a legislação mais avançada e completa nesta matéria.
E deve merecer a nossa reflexão o facto de nenhum país da União Europeia ter adoptado medidas deste género na protecção destes trabalhadores.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não sabe do que está a falar!

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Termino, Sr. Presidente.
Proponho aos Srs. e às Sr.as Deputadas que leiam o acordo estabelecido em 2006, e não 2001, um bocadinho mais actual, no âmbito do diálogo europeu, entre associações empresariais e representantes dos trabalhadores, federações sindicais europeias, relativo à protecção da saúde dos trabalhadores que lidam com a sílica.
Lá pode ler-se que «as partes reconhecem a necessidade de uma estratégia de prevenção relativa à sílica cristalina respirável. Tal não significa, no entanto, que a assinatura deste acordo deva ser considerada como o reconhecimento da existência de uma exposição não controlada no sector em questão ou de uma exposição efectiva em todo o sector».

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, queira terminar.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Termino, Sr. Presidente.
Tal não significa, no entanto, que a assinatura deste acordo deva ser considerada como o reconhecimento da existência de uma exposição não controlada no sector em questão ou de uma exposição efectiva em todo o sector.
Não há qualquer proposta assinada por empregadores e representantes dos trabalhadores da qual também fazem parte representantes dos trabalhadores portugueses.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Vá lá às pedreiras falar com os trabalhadores! Devia ter vergonha, há trabalhadores a morrer por causa disso!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, a ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) está neste momento a trabalhar, tal como tem feito ao longo dos anos, esta questão.
Esta proposta não é justa, não é eficaz na protecção da saúde dos trabalhadores e não faz sentido!

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já excedeu largamente o seu tempo.