O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 | I Série - Número: 037 | 23 de Janeiro de 2009

aumentar, deveria reduzi-los para a economia ficar mais forte; em vez de os agravar, deveria facilitar a vida das empresas, diminuindo a carga fiscal e tornando possível, assim, criar mais emprego.
Durante mais de três anos, este Governo andou a dizer que era por causa do défice orçamental, para reduzir o défice, que estava a praticar estas medidas e estava preparado para relançar a economia, até porque a crise não nos ia afectar, tendo havido até quem afirmasse que a crise já cá não estava.
O CDS não considera que todo o investimento público deve parar, mas, Sr. Deputado Jorge Costa, gostaria que comentasse uma afirmação do Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Quando se anunciava a grave situação do País, quando se anunciava a recessão, que já cá está, o Sr. Ministro dizia e afirmava: «não vamos alterar o calendário do investimento público, não vamos alterar nenhum tipo de investimento, todo ele se mantém como se nada tivesse acontecido». Ora, este argumento parece-nos completamente irresponsável. E tão irresponsável é que, há dias, ouvimos o Sr. Primeiro-Ministro dizer que assumia que os calendários devem ser alterados e revistos.
Face a isto, o PSD tem vindo a dizer que todos os investimentos deveriam ser reavaliados. Mas eles deveriam ser reavaliados na sua concretização ou na sua calendarização? Qual é efectivamente a posição do PSD? O PSD está mais próximo do Ministro Mário Lino ou do Primeiro-Ministro José Sócrates?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Costa.

O Sr. Jorge Costa (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, começo por agradecer a sua questão. Ainda bem que a coloca.
De facto, os impostos foram utilizados pelo Governo, em determinada altura, para conseguir a redução do défice da despesa pública, mas não se resolveu o problema estrutural do País. O País tem, de facto, um problema estrutural, e a crise está aí para o demonstrar em toda a sua plenitude.
Quero aqui reafirmar hoje, quanto à matéria do TGV, que a alta velocidade é um projecto que, em nossa opinião, deverá ser posto de lado.

Aplausos do Deputado do PSD Agostinho Branquinho.

Todos os esforços e energias do País têm de ser direccionados para projectos que promovam o emprego e a actividade económica, sobretudo das pequenas e médias empresas, com isso se conseguindo, mais facilmente, combater a crise. Esse deve ser o caminho, não aquele, como tem dito o Governo, de manter o calendário a toda a força, ignorando aquilo que está a passar-se, ignorando a crise que se atravessa, ignorando que a situação piorou.
Como referiu, o Sr. Ministro veio dizer que não alterava os calendários, mas já estamos habituados, da parte do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a declarações do tipo «jamais!», que não haveria aeroporto na margem sul e que a Ota era uma inevitabilidade. Ora, o País, a sociedade civil, veio a demonstrar que, de facto, não era assim, que não era inevitável aquilo que o Ministro e o Governo diziam.
Também nesta matéria estamos crentes que a actual situação económica que se vive no País deverá ser a razão para que o projecto de alta velocidade seja posto de lado neste momento, mobilizando-se todas as energias para aquilo que é importante para o País, ou seja, a actividade económica, o desempenho das empresas e o combate ao desemprego.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado José Junqueiro.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, «Vencer com a Verdade» é o nome do novo ciclo político que o PSD e a sua Presidente iniciaram em 2009. Para que o possam concretizar só falta mesmo «Vencer» e, sobretudo, só falta «Falar Verdade». E isso é coisa que têm muita dificuldade em