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32 | I Série - Número: 059 | 20 de Março de 2009

as necessidades do País. Acho que isso tem ficado claro em vários debates parlamentares — neste também, em concreto — e o País sente isso.
Mas tem sido interessante, ao longo destes debates parlamentares — e também neste, em concreto —, perceber o ataque cerrado que o PS faz ao PSD e ao CDS, utilizando maioritariamente a conjugação verbal «fez» ou «fizeram», e o ataque cerrado que o PSD e o CDS fazem ao PS, utilizando fundamentalmente a conjugação verbal «faz». Ou seja, uns acusando o passado, outros acusando o presente, mas que são um passado e um presente tão iguais! E é fundamentalmente isso que os portugueses percebem, isto é, que o PS se colou àquele lado do Hemiciclo e que aquele lado do Hemiciclo gostaria de estar a prosseguir muitas das coisas que o Partido Socialista faz.
Mas o que é mais aberrante é que o Partido Socialista, muitas vezes, salta para lá daquele lado do Hemiciclo e consegue pôr o PSD e o CDS um pouco mais à sua esquerda. Ora, isto é verdadeiramente aberrante! É verdadeiramente aberrante como se trocam estas componentes ideológicas e como os portugueses se sujeitam a estas medidas decorrentes de uma falta de verdade absoluta, a que os Deputados e os militantes do Partido Socialista se subjugaram. Isto é verdadeiramente inacreditável! A Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos diz que o Partido Socialista está a cumprir o seu programa. Isto é literalmente mentira — e os portugueses sabem-no. Desde quando apareceu no programa do Partido Socialista, por exemplo, o aumento do IVA? Quando é que apareceu, no programa do Partido Socialista, a não realização de um referendo ao Tratado Europeu? Quando é que apareceu, no programa do Partido Socialista, a realização deste miserável Código do Trabalho? Seguramente, até muitos dos Deputados socialistas aqui sentados ficaram estupefactos com algumas das propostas do Partido Socialista aqui apresentadas.
Mas este grupo parlamentar está subjugado à bancada do Governo (que neste momento está vazia), diz permanentemente ámen a tudo aquilo que vem do Governo, e isto é mau para o País.
Tudo aquilo que tem estado a ser feito nesta lógica, de «engordar» a banca e os grandes grupos económicos ou de salvar a banca e os grandes grupos económicos e de, depois, distribuir umas pequenas migalhas pelas famílias e pelas micro, pequenas e médias empresas é totalmente negativo para o País e para a crise que enfrenta.
Mas o que também é fundamental dizer — os senhores tentam negá-lo, mas a realidade está à vista — é que esta crise, que hoje os portugueses e o País enfrentam, não é exclusivamente decorrente de uma crise internacional, é também resultante das políticas que os senhores estão a prosseguir desde 2005 e que aquelas bancadas prosseguiram antes. É que essa linha de continuidade — é importante dizê-lo — tem sido verdadeiramente prosseguida.
Os senhores fragilizaram o País quando quebraram o investimento público; os senhores fragilizaram o País quando criaram condições para um menor poder de compra das pessoas, fazendo com que elas deixassem de ser agentes dinâmicos da economia portuguesa.
O que os senhores fizeram foi travar o País em nome de um défice e de uma política da União Europeia que ninguém consegue exactamente explicar por que razão é assim. Em suma, travaram o País, subjugaramse à União Europeia e, agora, estamos a sentir os resultados dessa política concreta.
O que quero dizer, mais uma vez, neste debate sobre a questão da crise, é que a alternativa não são estas políticas que o Governo prossegue, a alternativa não é aquilo que o Partido Socialista está a oferecer. Mas a alternativa também não é aquilo que o PSD e o CDS oferecem.
O que temos de começar a fazer neste País é a olhar para as pessoas em concreto, não como números, mas como pessoas e como famílias que sentem dificuldades, que precisam de soluções concretas e, fundamentalmente, que precisam de Estado.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Presidente: — Para uma última intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate está a terminar e demonstrou bem que, entre as várias oposições, há preocupações comuns e que é assumida a utilidade da apresentação de propostas em concreto.

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