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35 | I Série - Número: 077 | 8 de Maio de 2009

Ouvimos os jovens, ouvimos os que no dia-a-dia sentem na pele estas dificuldades e os que estão prestes a desistir. Ouvimos e estudámos as suas propostas. Reflectimos e complementámos esse trabalho. Fizemos o que devíamos fazer.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, saímos, pois, deste debate de consciência tranquila, coisa que o Partido Socialista não pode dizer.

Vozes do PS: — Pode, pode!

O Sr. André Almeida (PSD): — Prefere legislar e debater o que é imediato e o que pode rapidamente traduzir-se em votos. Mas esquece o longo prazo, o futuro e o bem-estar das gerações que serão o Portugal de amanhã.
Desiste, desta forma, de investir no futuro do seu País. Ora, isto apenas merece a nossa forte crítica e o nosso distanciamento.

Aplausos do PSD.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas o PSD não fez melhor que isso!

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista, que foi o que melhor geriu o tempo. Assim, não lhe faço grande recomendação de síntese, mas faço a recomendação para que observe o tempo que tem disponível.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Muito obrigado, Sr. Presidente. Assim farei.
Efectivamente, Portugal está, hoje, perante uma gravíssima crise económica e social.
O custo de vida e os níveis de desemprego em Portugal são absolutamente preocupantes. A taxa de desemprego é cada vez maior. Em Março de 2009, estavam inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional 67 326 desempregados com menos de 25 anos. Este é um número absolutamente preocupante.
No entender do CDS, as despesas que se façam com o estudo e formação académica serão sempre vistas como um investimento e nunca como um gasto. Por isso, devem ser tomadas medidas que passem pela melhoria da qualificação dos portugueses nesta época de crise económica.
É necessário que os números do abandono escolar no ensino superior não sejam maiores.
Fico absolutamente surpreendido com a forma como o Partido Socialista consegue fazer este debate sem nunca se preocupar com aqueles que, neste momento, abandonam o ensino superior por razões económicas.
Nem que só houvesse um caso, era de preocupar. Mas não, há dezenas, centenas, milhares de casos.
Sr. Deputado Manuel Mota, o senhor fez hoje, aqui, em nome do Partido Socialista, um exercício em que ninguém acredita.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nem o PS!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Ninguém acredita que apenas e só 16 pessoas necessitam de uma nova bolsa de estudo. O senhor sabe, e não deve escondê-lo, que, neste momento, fazer um pedido de revisão de bolsa junto dos serviços sociais da universidade é um calvário. Há muitos alunos e famílias que não conseguem aguentar o tempo de espera por essa revisão. Por isso, abandonam os estudos. Infelizmente, é esta a situação no ensino superior em Portugal.
Assim, na perspectiva do CDS, este é apenas um pequeno contributo.
Sr. Deputado Manuel Mota, esperamos ainda que a votação do Partido Socialista permita, em sede de especialidade, clarificar melhor e resolver muitos destes problemas.
Srs. Deputados do Partido Socialista, esta não é uma imposição; esta é apenas uma necessidade para se poder pensar, reflectir e para se evitar que muitos dos nossos filhos, muitos dos nossos estudantes abandonem o ensino superior.
Sr. Deputado Manuel Mota, peço-lhe que fale com os estudantes e que verifique qual é a situação e a taxa de abandono.

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