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38 | I Série - Número: 083 | 22 de Maio de 2009

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — É importante saber isso para percebermos se o banco está a cumprir a sua missão ou não. E portanto, é importante obtermos essa percentagem.
Um último ponto, Sr. Ministro, apenas sobre a questão dos seguros de crédito à exportação. Sei perfeitamente que, em inúmeros países, é um negócio para-estatal; sei perfeitamente que há imensas queixas de empresários, quanto ao funcionamento dos seguros de crédito à exportação; sei perfeitamente que é possível e necessário melhorar — Sr. Presidente, termino —, sei perfeitamente que era preciso tomar medidas neste sector.
Agora, Sr. Ministro, o que lhe pergunto é se, quando se anuncia uma compra — não é uma nacionalização: é que aqui há uma grande diferença, Sr. Ministro! —, quando se anuncia num Parlamento uma compra e, afinal, a negociação não está feita, eu pergunto-lhe: Sr. Ministro, agora, quem vai vender, vai vender mais caro,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora, é óbvio!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — » porque o negócio não estava feito?! Esta ç a pergunta que lhe faço, quanto à forma.
Quanto ao fundo: tendo a COSEC 40% do mercado, é ou não aceitável ou preferível, e estando subutilizadas as linhas de crédito de seguro à exportação, era ou não era aceitável ou compreensível, em alternativa, que se o Estado — e, a meu ver, bem — quer suportar ou cobrir um nível de risco superior, que isso fosse — vou dizer uma palavra que não é tecnicamente correcta — «avalizado» para todas as operações, para todas as empresas que estão a operar no mercado, que essa elevação do risco para ajudar as empresas a exportar, se era preferível fazê-lo com todas, ou se era preferível a solução da compra, mais ainda, anunciada nos termos em que foi? Terminei, Sr. Presidente, muito obrigado pela tolerância.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Não há lugar a perguntas porque não há tempo para resposta.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Por uma questão de respeito, Sr. Ministro da Economia, não qualifico o tipo de conversa de V. Ex.ª»

Protestos de alguns Deputados do PS.

Mas devo referir-me àquela que teve acerca da Autoeuropa, entendendo a expressão «conversa» por algo de anódino, de geralmente inconsequente, de pouco concretizado, ou seja, «falar ao lado». E daquilo que «falou ao lado», entendi que o Governo e o Sr. Ministro da Economia estão ao lado da Administração da Autoeuropa, estão ao lado da multinacional»

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — » para impor aos trabalhadores mínimos abaixo do Código do Trabalho.
É claro que isso é coisa que não é conveniente ao seu colega de bancada, que é o «propagandista de serviço» do Partido Socialista, que gosta de dizer umas coisas contra o neoliberalismo, contra o mercado selvagem, mas nós estamos exactamente no domínio do ajustamento do mercado selvagem. E, em concreto, o Governo está do lado da administração da Autoeuropa, está do lado da multinacional. E, então, para fecho de conversa, da dita, eu dir-lhe-ia que o Governo e o Sr. Ministro «estão de joelhos» perante a Volkswagen. E é isto que os portugueses, hoje, podem concluir deste debate e nada mais! Todos os seus apelos à competitividade são do lado do mais forte e do chantagista. E, enfim, esse é o discurso realista que quis aqui empregar.

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