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60 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Por isso, Sr. Deputado, num momento em que o País enfrenta uma crise muito sçria,»

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — » num momento em que são exigidas grandes responsabilidades a todos os actores políticos, sem excepção, nós não vamos em soluções fáceis. O Governo não cede no seu rumo,»

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Ah! Já sabíamos!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — » o Governo não cede ao oportunismo, porque, por paradoxal que pareça, Sr. Deputado Paulo Portas, o Governo que cede às soluções fáceis em nome da oportunidade política não tem futuro. Como não tem futuro a oposição que, para ganhar votos facilmente, não é capaz de perceber a responsabilidade que uma oposição tem em construir uma alternativa, em gerar estabilidade e em gerar governabilidade para o País.
Não foi esse o trabalho que hoje aqui fizeram, Srs. Deputados, e, por isso mesmo, o Governo sai desta moção de censura tranquilo, com a consciência de que está a fazer o que deve ser feito,»

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Nota-se!»

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — » reconhecendo os erros que humildemente devem ser reconhecidos, mas sem mudar de rumo, sem ceder à demagogia, sem ceder ao populismo, porque essa é a via para resolver os problemas de Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Em nome do CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Começo a intervenção servindo-me da ajuda de uma entrevista de 2004 do, à data, Sr. Deputado José Sócrates, do Partido Socialista, hoje Primeiro-Ministro, que, em vésperas de eleições europeias, dizia assim: «Todas as eleições, quaisquer que sejam, são momentos de avaliação.
Todas. Seria um erro não as interpretar assim. Este é ou não o momento para dar um aviso ao governo? É.
Vai ser. E será uma cegueira não o reconhecer. Não acredito»« — dizia José Sócrates — «» que o primeiroministro seja tão autista que, se for claramente derrotado nestas eleições, não tire delas consequências políticas para a condução do Governo.» Eng.º José Sócrates, decorreram cinco anos. Quem deu a entrevista é hoje Primeiro-Ministro. Teve uma derrota estrondosa. Pergunto: então e agora? Repito: então e agora?

Aplausos do CDS-PP.

Temos noção de que, com esta moção de censura, o Governo não cai, porque a maioria não a aprova, mas, pelo menos, obrigamo-lo a discutir as consequências políticas que exigia aos outros, mas não retira para si. É exactamente esse o objectivo.
Dizia, há pouco, o Primeiro-Ministro que o CDS recusou discutir as europeias num debate quinzenal, optando por uma moção de censura. Só se esquece o Primeiro-Ministro que recusou esses mesmos debates quinzenais durante um mês, porque em plena crise achou normal suspender a governação para andar pelas ruas em campanha com os ministros.

Aplausos do CDS-PP.

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