O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

37 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009

investimento estrangeiro e isolariam o País e, depois, há o economista que escreve e, aí, com toda a correcção.
Diria que o Deputado Francisco Louçã é, como aquela frase publicitária, uma espécie de «2 em 1»: na mesma pessoa temos o demagogo mas também o economista que escreve, mas só escreve, porque não fala correctamente! No final deste debate, vamos à questão do emprego, que foi falada há pouco.
Olhe, Sr. Deputado, quanto ao emprego, em 2005, havia 5,122 milhões de empregados; no final de 2008 eram 5,197 milhões os que estavam empregados. Sabe o que significa isto? Significa que foram criados 75 000 postos de trabalho. Claro que a taxa de desemprego sobe nesse período, mas é evidente que é porque a população activa subiu.

Vozes do BE: — Ah!»

Vozes do PSD: — Claro!»

O Sr. Victor Baptista (PS): — Mas, Sr. Deputado, quero dizer-lhe que o governo do PSD, sem ter tido acréscimo da população activa, não criou postos de trabalho, antes deixou perder 37 000. Essa é que é a realidade.
Sabemos que estamos em dificuldades, não o escondemos. Há muitas dificuldades no País e por essa Europa fora. Mas, pelo menos, até ao momento, não estamos sujeitos ao mesmo que Grécia, Irlanda, França, Espanha e, em Maio, Malta, países que, em 2009, como é dito pela Comissão Europeia, foram alvo de procedimentos por défice excessivo relativamente a 2008.
Na realidade, é preciso comparar o desempenho da economia portuguesa com o da Europa e o dos países com os quais temos um relacionamento intenso, sobretudo os que estão na zona euro.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago, para uma pergunta.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Victor Baptista, estou a ver que, na sua intervenção, seguiu o conselho do humorista: em caso de dúvida, ignorância ou falta de vontade em aceder ao que está em discussão, tente murmurar qualquer coisa que seja imperceptível.

Risos do Deputado do BE Francisco Louçã.

Foi assim toda a sua intervenção.
Gostava de lhe dizer — e talvez o Sr. Deputado perceba bem esta linguagem — que, se calhar, se «comesse um bocadinho mais de papa Maizena» conseguia discutir seriamente a proposta do Bloco de Esquerda, mas nem sequer creio que seja esse o problema.
A verdade é que, da parte da bancada do Partido Socialista assim como do Governo, nas respostas, não houve vontade política para discutir um programa de combate à crise, de criação de emprego e de investimento público. E era isso que devíamos ter feito hoje.
Claro que houve outras intervenções também um pouco incompreensíveis.
O PSD, perante as respostas à crise, veio dizer-nos que a sua prioridade é alterar as metodologias estatísticas construídas pelo actual Governo.

Vozes do PSD: — Não, não! Não ouviu bem! Estava desatenta!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Os portugueses farão a avaliação desta proposta política, absolutamente avassaladora, mas, no debate de hoje, o que interessa é fazer a avaliação política das respostas que têm sido dadas pelo Governo no combate à crise: «Combater a crise social, combater o desemprego», disse o Sr.
Ministro das Finanças.

Páginas Relacionadas
Página 0032:
32 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009 Aplausos do BE. O Sr. Presidente: — P
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009 Aplausos do PSD. O dçfice de 2009 fic
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 098 | 2 de Julho de 2009 Quer o Governo explicar por que não fez o q
Pág.Página 34