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67 | I Série - Número: 105 | 24 de Julho de 2009

No nosso País, 85% (mais de 80%, seguramente) do consumo de energia resulta de energias fósseis e quase todo esse valor também tem um significado ao nível do que pagamos ao exterior: mais de 7000 milhões de euros! Isto é insustentável do ponto de vista ambiental e é insustentável do ponto de vista económico. Portanto, desde logo, há que retirar duas conclusões: o ambiente e a economia têm de estar de mãos dadas na resolução desta questão.
De um lado, temos perigos que se prendem com o aquecimento do planeta, com a economia do carbono, que significa que o petróleo, o gás natural, o carvão estão num processo de esgotamento, com o aumento da população no nosso planeta (quando hoje existem mais de 1000 milhões de pessoas que não têm acesso à energia) e, do outro lado, temos a variação de preços e, muito especialmente, a questão do desperdício.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, peço-lhe que tenha em conta o tempo de intervenção.
Agradeço-lhe que abrevie.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Oportunidades: as energias renováveis. Sabemos que, ao nível das eólicas, o nosso País tem feito um esforço e trilhado um caminho muito importante. Portugal é, hoje, o décimo país ao nível da produção de energia eólica e tem metas muito ambiciosas ao nível da incorporação das renováveis na electricidade — que, em 2008, foi superior a 43,3%.
Sr. Presidente, tenho um problema quanto ao tempo,»

O Sr. Presidente (António Filipe): — Temos todos, Sr. Deputado!

Risos.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — » mas penso que esta Assembleia terá em conta que o tema da energia e o tema do ambiente merecem uma atenção muito especial. Por isso, vou pedir-lhe, Sr. Presidente, alguma tolerância, muito pouca tolerância, para terminar com a questão que me parece ser a mais relevante deste Relatório: a eficiência energética.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, dou-lhe alguma tolerância, mas não vai ser muita.
Como é evidente, quem fixa as prioridades é a Conferência de Líderes quando agenda as grelhas de tempos de intervenção, e não podemos ser nós a alterar, unilateralmente, as decisões, sob pena de arrastarmos as nossas sessões.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Eficiência energética é o caminho que todos os partidos concluíram que é necessário trilhar. Penso que isto é unânime para todos.
Portugal desperdiça mais de 60% da energia que consome e nós temos de ter um antídoto para esta situação. Estou convencido de que o que se fez, nesta Legislatura, ao nível da reciclagem dos lixos, ao nível do ensino do inglês e ao nível da incorporação de novas tecnologias tem de ser o caminho que temos de fazer ao nível da eficiência energética.
Hoje mesmo, temos connosco um conjunto de 17 professores de uma escola do interior que apostou num curso da área da energia e que hoje é significado de emprego no interior do País. A Escola Ribeiro Sanches, em Penamacor, é um exemplo do que pode fazer-se ao nível da sensibilização dos jovens e dos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Para concluir, é necessária uma nova política fiscal que tenha em conta a questão da eficiência energética. E, numa altura em que os partidos apresentam propostas aos cidadãos em tempos eleitorais, faço-vos aqui um desafio: apresentem propostas no que tem a ver com a eficiência energética.
Estaremos a trabalhar não só para nós mas, em especial, para os nossos filhos e para o futuro!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Carlos Monteiro.
Srs. Deputados, também vamos ter em consideração a eficiência do tempo, que é um recurso escasso, igualmente.

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