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57 | I Série - Número: 105 | 24 de Julho de 2009

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Esperemos que sim, mas, repito, o senhor é que devia ter vergonha de vir aqui dizer que a partir de Outubro ç que vai ser!» O seu partido esteve quatro anos no Governo e, em relação aos jovens agricultores, durante três anos, não houve a instalação de um único. Neste momento, foram validadas 4640 candidaturas. Sabe quantas foram assinadas, Sr. Deputado? 63! Sabe quanto foi pago aos jovens agricultores? Zero euros.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Zero!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Devia ter vergonha, repito, devia ter vergonha do Ministro da Agricultura que teve durante quatro anos, porque em quatro anos não conseguiu ter um único jovem agricultor instalado com o apoio do Estado, que devia ter sido apoiado porque para isso existiam verbas comunitárias.

Aplausos do CDS-PP.

O senhor devia ter vergonha do Ministro da Agricultura que, em prejuízo da economia nacional, não conseguiu gastar 800 milhões de euros, no momento em que mais era necessário à economia nacional e à agricultura portuguesa, em particular.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — O senhor devia ter vergonha de vir aqui chamar a atenção relativamente à questão do nemátodo do pinheiro. Sabe muito bem, tal como eu, que, durante mais de dois anos, o Sr.
Ministro da Agricultura se recusou a fazer fosse o que fosse, a não ser permitir que a madeira da península de Setõbal fosse transportada de camião, sem ser tratada,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — » entre Setõbal e Viana do Castelo, espalhando pelo País toda a doença, que, neste momento, está incontrolável.
O senhor devia ter vergonha disso, assim como devia ter vergonha de defender um Ministro da Agricultura como o actual.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, é inteiramente verdade aquilo que referiu relativamente à política agrícola deste Governo e do Ministro da Agricultura. Tem toda a razão na crítica que faz a esta política.
Bastaria a situação de desastre em três culturas fundamentais da nossa agricultura, como acontece, neste momento, no leite, no arroz e no azeite, com produções por escoar e preços degradados graças a importações feitas em regime de dumping, sem qualquer controlo do Estado e sem que o Ministro tome, pelo menos, a medida de reunir os agentes de forma atempada e a intervir neste processo, para classificar o comportamento deste Governo em matéria agrícola. Uma situação de desastre a que o Governo continua a não responder de forma suficiente, apesar, inclusive, do projecto de resolução que já aprovámos nesta Assembleia.
Sr. Deputado Abel Baptista, o CDS-PP, pela sua voz, critica as consequências e pronuncia-se pouco sobre as causas. Ora, o CDS-PP, ao longo dos anos, em vários governos, inclusive no anterior a este, esteve ao lado da PAC e da reforma da PAC,»

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — E das quotas leiteiras!

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — » responsável por tantos destes problemas, pelas desigualdades brutais entre os apoios aos agricultores portugueses e aos agricultores da União Europeia, pelas políticas de liberalização dos mercados — por exemplo, o problema das quotas leiteiras.

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — É bem verdade!

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Vocês não estão sozinhos nessa responsabilidade do fim das quotas leiteiras; os governos do Partido Socialista têm, também aí, um peso fundamental, concretamente o actual Governo.

O Sr. Miguel Ginestal (PS): — Olhe que não!

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