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38 | I Série - Número: 006 | 20 de Novembro de 2009

capaz de criar uma angústia sem nome na escola pública em Portugal?! Por que é que o Partido Socialista insiste num modelo que não presta, num modelo que deve ser imediatamente suspenso? Isto é falar de responsabilidade, Sr.ª Deputada, e é exactamente responsabilidade que é preciso criar, porque, até agora, esta conversa, este «nevoeiro« em torno das dõvidas», este «não ç suspender«», «não ç a suspensão«», «não pode ser suspensão«», «não ç suspensão, mas ç uma espçcie de paragem«» Não!, não é uma espécie de paragem, é mais um apeadeiro de um namoro entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata!! Assim não pode ser porque essa é a melhor forma de irresponsabilidade; porque é manter a perseguição aos professores e o quadro das injustiças que têm grassado; é manter uma divisão sem sentido entre professores de primeira e de segunda; é manter as injustiças; é perpetuar a injustiça dos professores e das professoras que não quiseram pactuar com um modelo de avaliação que não servia o seu trabalho, a qualidade da relação com os seus alunos e a qualidade da escola pública! Por que é que estes profissionais têm de ser lesados, porque não pactuaram com este modelo imprestável?! E por que é que os outros, pressionados por outras razões, terão de ser premiados, nomeadamente em concursos, porque é o que está previsto — porque quando escolas com critérios diferentes resolveram distribuir as quotazinhas a jeito, numa escola os critérios foram uns e noutras foram outros? Por que é que estes professores têm de ser prejudicados ou beneficiados à luz de um modelo de avaliação que é completamente imprestável? Falar de responsabilidade, Sr.ª Deputada, é dar respostas cabais a esta injustiça e é disto que as escolas e os professores precisam, já na segunda-feira.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Paula Barros, de facto, é lamentável que o PS esteja mais acompanhado — percebemos essas palavras de carinho, dirigidas ao PSD, depois deste prestável apoio, desse braço estendido que, afinal, o PSD veio demonstrar nesta Assembleia.
Esperemos que ainda se vá a tempo de fazer o PSD ponderar a sua posição, não só sobre o seu projecto de resolução mas sobre a sua posição perante os outros.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sobretudo!»

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Infelizmente, não podemos apelar a essa ponderação por parte do PS, depois de ouvir esta intervenção da Sr.ª Deputada Paula Barros, porque aquilo que veio fazer foi aquele exercício — lamentável, aliás — de persistir na cassette, na propaganda de que tudo está bem nas escolas,»

Protestos do PS.

» de que as escolas hoje são uma maravilha, de que estão melhor, de que os professores vivem harmoniosamente, de que tudo está tratado nas escolas e que, aliás, isso é devido a um esforço titânico deste Governo. A Sr.ª Deputada disse mesmo que tem orgulho nas asneiras que este Governo fez, nas trapalhadas, na degradação do ambiente que se vive, hoje, nas escolas.
Sabemos bem o sorriso de desdém com que falam os Deputados do PS quando se fala dos direitos dos professores.

Protestos do PS.

Conhecemos bem esses sorrisos de desdém, porque não perdoam aos professores o impacto que a luta dos professores teve nessa derrota eleitoral e na perda da vossa maioria absoluta.

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