O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para apresentar o projecto de lei n.º 94/XI (1.ª), tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr. Presidente, começo por registar e sublinhar a disponibilidade do Grupo Parlamentar do PSD em ter permitido agendar o nosso projecto relativo à derrogação do sigilo bancário no vosso agendamento potestativo.
Queria também recordar que, na legislatura passada, foram oito as oportunidades que demos ao Partido Socialista com oito iniciativas distintas do PCP para alterar os mecanismos de derrogação do sigilo bancário.
Hoje, trata-se de dar mais uma oportunidade para verificarmos se há disponibilidade para, de vez, acabar com os mecanismos e os condicionamentos que impedem a eliminação do segredo bancário para efeitos fiscais.
Srs. Deputados do Partido Socialista, é tempo de terminar com o cinismo político. Não se pode obrigar quem beneficia do rendimento mínimo ou do complemento solidário para idosos a permitir o acesso a toda a informação bancária e continuar a impedir, a limitar ou a fazer depender de expedientes judiciais a informação bancária de quem apresenta indícios claros de ter cometido evasão fiscal.

O Sr. António Filipe (PCP): — Exactamente!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Não é possível vasculhar sem limites ou condicionamentos as contas de quem está no limiar da pobreza e, ao mesmo tempo, continuar a permitir que sujeitos passivos sobre os quais recaem fundadas dúvidas de fraude fiscal possam, por exemplo, deter e dominar empresas mais ou menos fictícias destinadas a servir de biombo a actividades fraudulentas ou, então, possam colocar o produto financeiro de crimes fiscais em contas de familiares ou dependentes terceiros sem que o Estado aceda às respectivas contas, sistematicamente alvo de recursos com efeitos suspensivos, necessariamente paralisantes e bloqueadores da investigação e da descoberta da verdade.
Volta, portanto, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o PCP a insistir em princípios elementares.
Partimos sempre, mas sempre, de decisões fundamentadas dos responsáveis máximos da administração tributária para aceder à informação bancária de sujeitos passivos, individuais ou colectivos, mas, evidentemente, sem que tal acesso dependa do consentimento dos sujeitos passivos sob investigação.
Pretendemos também alargar o acesso directo à informação bancária nos casos de dívidas reconhecidas e comprovadas à segurança social ou sempre que tal seja indispensável ao combate à evasão e à fraude fiscais.
Eliminamos os expedientes dilatórios da eficiência da investigação fiscal. Nas situações de familiares próximos ou no caso de dependentes ou de entidades dominadas pelo sujeito passivo sobre o qual recaem dúvidas e indícios de fraude fiscal por parte da administração tributária, o acesso à respectiva informação bancária deve ser apenas condicionado por uma audiência prévia não passível de impedir ou paralisar a análise da informação bancária.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Todos os recursos judiciais deixarão, assim, de ter efeito suspensivo do acto pretendido.
Finalmente, pretendemos que a administração tributária passe a receber informação sobre os rendimentos das poupanças de todos os sujeitos passivos, isto é, dos nacionais que residam noutros Estados-membros, como já hoje está previsto, mas também dos que residem em território nacional, facto que o PS tem sistematicamente obstaculizado.
A terminar, diria que, depois dos faits divers dos últimos anos, depois da famosa penitência criada pelo PS para absolver o enriquecimento ilícito, é tempo de agir e avançar com instrumentos realmente capazes de servir o combate à corrupção e à fraude fiscais.

Aplausos do PCP.

Páginas Relacionadas
Página 0015:
15 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 cidadãos e, finalmente, através do pape
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. José Pedro Aguiar Branco (PSD): —
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr.
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Presidente: — Para pedir esclarec
Pág.Página 18
Página 0019:
19 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Por fim, o PSD prevê a criação de um re
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Portanto, tudo o que façamos para refor
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Pr
Pág.Página 21
Página 0023:
23 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para
Pág.Página 23
Página 0024:
24 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 que, embora na vossa bancada haja insig
Pág.Página 24
Página 0025:
25 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Vou ainda fazer-lhe uma segunda pergunt
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Merecem
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 enriquecimento ilícito é ele, sim, como
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Em síntese, olhamos para estes projecto
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! O S
Pág.Página 29
Página 0030:
30 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — S
Pág.Página 30
Página 0031:
31 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 adequados para esse efeito. Há uma ques
Pág.Página 31
Página 0032:
32 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 de crimes de prevenção e de investigaçã
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Preside
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Não é a p
Pág.Página 34
Página 0035:
35 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Francisco Louçã (BE): — E é por i
Pág.Página 35
Página 0036:
36 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Protestos do Deputado do BE Francisco L
Pág.Página 36
Página 0037:
37 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 Sr. Deputado Ricardo Rodrigues, vamos f
Pág.Página 37
Página 0038:
38 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Fili
Pág.Página 38
Página 0039:
39 | I Série - Número: 013 | 11 de Dezembro de 2009 reconhecê-lo, até ao momento não têm ti
Pág.Página 39