O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

44 I SÉRIE — NÚMERO 32

Para deixar tudo claro: ou tratam a questão como uma matéria de Estado, porque a nomeação de um

governador do banco central é uma matéria de Estado, ou a tratam como se o Estado fosse o vosso «quintal».

São duas coisas completamente diferentes.

Aplausos do CDS-PP.

as

Sr. Presidente, Srs. Ministros, Sr. e Srs. Deputados: Tenho a consciência de termos dado ao Primeiro-

Ministro todas as oportunidades e tenho de lamentar que ele não tenha aproveitado quase nenhuma. É agora

o Primeiro-Ministro que tem de convencer o País, não o CDS, de que tem um rumo e de que está interessado

na estabilidade. Portugal, para o CDS, será, com certeza, a nossa primeira lealdade. as

Termino, Sr. Presidente, Sr. e Srs. Deputados, dirigindo uma palavra a uma pessoa que me habituei a

respeitar e que, em breve, deixará funções de liderança, que é a Dr.ª Manuela Ferreira Leite, pelo discurso

que fez ontem.

Aplausos do CDS-PP, de pé, e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: —A Mesa regista dois pedidos de esclarecimento, sendo o primeiro orador inscrito o Sr.

Deputado Francisco de Assis, a quem dou a palavra.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. Deputado Paulo Portas,

à custa desse hábito que foi adquirindo de se exprimir por slogans, o Sr. Deputado acabou por desenvolver

uma espécie de raciocínio de esquema mental maniqueísta.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Oh!…

O Sr. Francisco de Assis (PS): — E, portanto, as coisas são sempre colocadas de uma forma disjuntiva: o

bem, invariavelmente, do lado do CDS; o mal, espalhado por todos os outros, à excepção dos momentos em

que abandonam funções de liderança política.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — Exactamente!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Uma vez mais, isto aqui esteve presente na forma como se exprimiu

nessa sua intervenção.

Vamos à política, porque o Sr. Deputado teve o cuidado de dizer, logo no início da sua intervenção, que ia

colocar a questão política em termos de estabilidade e instabilidade» e remeteu-a para as categorias

«rendição» e «negociação».

Sr. Deputado Paulo Portas, o que se espera de um governo não é que se concentre nesta dicotomia entre

«render-se» ou «negociar» mas que não abdique de ser ele próprio. O que se espera de um primeiro-ministro

é que não esteja disponível para renunciar a ser ele próprio, em nome da mera vontade de permanecer

agarrado ao poder.

Vozes do PS: —Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — É por isso que saudamos o comportamento deste Governo!

Aplausos do PS.

O que se espera de um governo é que não esteja disposto a ceder em questões essenciais, um governo

que negoceie; um governo que ouça; um governo que respeite e integre os contributos dos vários partidos da

oposição, mas há limites,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Só falta um governo que governe!…

Páginas Relacionadas
Página 0039:
12 DE FEVEREIRO DE 2010 39 as O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente
Pág.Página 39
Página 0040:
40 I SÉRIE — NÚMERO 32 O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Dois exemplos apenas:
Pág.Página 40
Página 0041:
12 DE FEVEREIRO DE 2010 41 Os senhores dão-se mal com as ideias dos outros,
Pág.Página 41
Página 0042:
42 I SÉRIE — NÚMERO 32 Vozes do CDS-PP: —Muito bem! Protestos
Pág.Página 42
Página 0043:
12 DE FEVEREIRO DE 2010 43 sei se é verdade ou se é mentira, mas sei uma coisa: ach
Pág.Página 43
Página 0046:
46 I SÉRIE — NÚMERO 32 Por isso, considero que o CDS, em muitos momentos, deu esse
Pág.Página 46
Página 0047:
12 DE FEVEREIRO DE 2010 47 Em segundo lugar, Sr. Dr. Francisco de Assis, diga o que
Pág.Página 47
Página 0048:
48 I SÉRIE — NÚMERO 32 Portanto, esta matéria é relevante, é estruturante e dá ou n
Pág.Página 48