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12 DE FEVEREIRO DE 2010 19

V. Ex.ª não pode dizer que Portugal está, infelizmente, muito colado à Grécia e repeti-lo três vezes. Sr.

Deputado, se considera que está colado e mal colado, descole! Não cole mais porque, de facto, a situação de

Portugal nada tem a ver com a situação da Grécia!

Aplausos do PS.

V. Ex.ª sabe bem que o endividamento externo do País tem uma componente fortíssima, que é o

endividamento privado das famílias e das empresas portuguesas.

O Sr. Presidente: —Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Com certeza, Sr. Presidente.

Há uma correlação muito forte entre o agravamento e o endividamento externo português e o

endividamento das famílias e das empresas portuguesas. Mas também aqui é fundamental que as famílias, e

principalmente as empresas, tenham a possibilidade de recorrer a financiamento bancário. Hoje, o

financiamento bancário é um bem escasso e exige a acção do Governo para que esse financiamento exista,

para que as empresas possam crescer, se possam modernizar para poderem investir e, principalmente, para

poderem exportar.

V. Ex.ª escamoteou totalmente aquilo que há pouco foi aqui discutido, ou seja, a questão do plano de

barragens, muito criticado por alguém da sua bancada porque se trata de investimentos privados. Então os

investimentos privados são ou não bons? V. Ex.ª concorda ou não que a questão da eficiência energética e a

questão da menor dependência energética do País são questões centrais no combate ao endividamento

externo do País? Ou seja, V. Ex.ª não pode dizer que não pode haver endividamento externo, mas que é

preciso que as empresas tenham financiamento para poderem investir e exportar. V. Ex.ª não pode dizer que

estamos numa situação de grande colagem a alguns países com enormes dificuldades sem demarcar

claramente essa colagem. V. Ex.ª não pode dizer que há um aumento de receitas sem reconhecer que esse

aumento decorre de um aumento da actividade económica e não do agravamento fiscal. Ora, isso é positivo.

Vozes do PS: —Muito bem!

O Sr. Afonso Candal (PS): — V. Ex.ª mascara um pouco, neste contexto actual, aquela que é a sua

questão de sempre: o choque fiscal.

O Sr. Presidente: —Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Termino já, Sr. Presidente.

V. Ex.ª fala da competitividade fiscal da nossa economia. V. Ex.ª continua com a questão do choque fiscal

na cabeça, mas não tem a coragem, no actual quadro, de tornar explícita essa sua pretensão. V. Ex.ª

aguardará e – tal como aos relógios parados o tempo lhes dá razão duas vezes ao dia... —, porventura um dia

poderá ter razão. Mas hoje não tem, sabe que não tem, como no passado também não teve!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: —Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Frasquilho, em primeiro

lugar, gostaria de dar-lhe uma informação: no início de 2009, a Grécia previa um défice de 3,7% e, neste

momento, a estimativa é de 12,7%;...

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Com o mal dos outros podemos bem!

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