O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

60 I SÉRIE — NÚMERO 33

Inscrevi-me para me referir à proposta 1185-P, que me parece conter uma gralha, já que nos parece, salvo

melhor, juízo, que onde se lê «2016» deverá ler-se «2010».

Esta proposta pretende não só assegurar a introdução no Orçamento do Estado para 2010 das verbas

devidas aos municípios dos Açores e da Madeira a título de IRS, em conformidade, aliás, com a Lei n.º 2/2007,

mas também proceder à regularização das verbas que se encontram em dívida por parte do Governo desde

Março de 2009.

Estas duas questões foram por nós levantadas durante a discussão, na generalidade, do Orçamento do

Estado para 2010 e até confrontámos o Ministro das Finanças com estas duas questões.

O Sr. Ministro das Finanças disse-nos, no Plenário, que essas verbas devidas aos municípios dos Açores e

da Madeira relativas a 2010 estavam inscritas na proposta de lei do Orçamento do Estado e, quando dissemos

que o Governo deixou de transferir, desde Março de 2009, as verbas devidas a esses municípios, o Sr.

Ministro disse-nos, no Plenário, que não havia qualquer atraso por parte do Governo.

Esta proposta de alteração, subscrita por todos os grupos parlamentares que fazem parte da Comissão de

Orçamento e Finanças, e, portanto, também pelo Partido Socialista, vem mostrar que tínhamos razão. Ou seja,

as verbas devidas, a título de IRS, aos municípios dos Açores e da Madeira para 2010 não constam, de facto,

da proposta apresentada pelo Governo.

Por outro lado, o Governo deixou de proceder às transferências relativas a 2009 para esses mesmos

municípios.

Portanto, esta proposta de alteração permite que tiremos duas conclusões: a primeira é a de que ninguém

acreditou naquilo que o Sr. Ministro disse neste Plenário, quando da discussão da generalidade, a este

propósito; a segunda é a de que, ao contrário do que, neste Plenário, foi afirmado pelo Sr. Primeiro-Ministro

durante a discussão do Orçamento do Estado na generalidade a proposta de lei apresentada pelo Governo

não estava, de facto, a cumprir a Lei das Finanças Locais.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Muito bem!

O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Crespo.

as

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. e Srs. Deputados, a

minha intervenção refere-se à proposta 1183-P, apresentada pelo PSD, de aditamento de um artigo 29.º-A.

Quando, a 16 de Novembro de 2006, esta Assembleia da República aprovou a actual Lei das Finanças

Locais, um dos objectivos mais marcantes que se pretenderam atingir foi o da garantia de uma maior coesão

territorial e de solidariedade entre o Estado e as autarquias e entre os próprios municípios.

Um dos aspectos que se pretendeu melhorar substancialmente foi a correcção de assimetrias e de

solidariedade entre os municípios, aumentando a componente destinada à coesão, passando de uma

ponderação de 18% para 50%.

Infelizmente, Sr. Presidente e Srs. Deputados, logo no primeiro ano de vigência da lei, verificou-se que

essa louvável busca de aperfeiçoamento continha ainda em si mesma um mecanismo perverso, que agora se

pretende corrigir através desta proposta.

Pretende-se, por isso, corrigir o que prevê o mecanismo de compensação associado ao Fundo de Coesão

Municipal pela aplicação estrita do mecanismo previsto, em especial, no n.º 4 do citado artigo 27.º, que poderá

resultar em um município, ainda que dotado de uma população muito reduzida, mas que, num determinado

ano, tenha registado um súbito e pontual acréscimo substancial na sua colecta de IMT (Imposto Municipal

sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis) — apenas e só pelo efeito meritório de haver conseguido captar

bons investimentos para o seu território — acabar por ver a respectiva transferência substancialmente

reduzida no seu montante, com efeitos negativos nos anos seguintes.

Nestes termos, faz todo o sentido alterar o n.º 4 do artigo 27.º da Lei das Finanças Locais, acautelando a

ocorrência de episódios pontuais que se possam verificar num determinado ano, mas não repetíveis nos anos

subsequentes.

Ao considerar períodos de três anos para calcular a capitação média de um município e não apenas um

único ano, a proposta introduz mais estabilidade, equilíbrio, equidade e justiça na aplicação da perequação do

FEF (Fundo de Equilíbrio Financeiro).

Páginas Relacionadas
Página 0015:
12 DE MARÇO DE 2010 15 E onde refere ainda: «O madeirense, aliás, nunca perdeu o se
Pág.Página 15
Página 0016:
16 I SÉRIE — NÚMERO 33 não haver uma norma constitucional expressa, pois existe ape
Pág.Página 16
Página 0017:
12 DE MARÇO DE 2010 17 O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, se me permite, p
Pág.Página 17
Página 0018:
18 I SÉRIE — NÚMERO 33 Região Autónoma da Madeira, no sentido de ser apresentada um
Pág.Página 18
Página 0019:
12 DE MARÇO DE 2010 19 Podemos, então, passar à discussão do articulado da proposta
Pág.Página 19
Página 0020:
20 I SÉRIE — NÚMERO 33 E é também o sentido da abstenção que definimos, em geral, n
Pág.Página 20
Página 0021:
12 DE MARÇO DE 2010 21 desemprego, não fugir à responsabilidade do investimento púb
Pág.Página 21
Página 0022:
22 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado Victor Bapti
Pág.Página 22
Página 0023:
12 DE MARÇO DE 2010 23 Deputado fala no défice, fala no endividamento, mas omite se
Pág.Página 23
Página 0024:
24 I SÉRIE — NÚMERO 33 Os gracejos são muito interessantes, e espero que haja vário
Pág.Página 24
Página 0025:
12 DE MARÇO DE 2010 25 O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Portanto, o PSD, com
Pág.Página 25
Página 0026:
26 I SÉRIE — NÚMERO 33 conseguiu fazer uma análise, que nos proporcionou e que é út
Pág.Página 26
Página 0027:
12 DE MARÇO DE 2010 27 Nesta matéria, o Sr. Deputado Francisco Louçã veio falar dos
Pág.Página 27
Página 0028:
28 I SÉRIE — NÚMERO 33 asSr. e Srs. Deputados, estas propostas são da maior justiç
Pág.Página 28
Página 0029:
12 DE MARÇO DE 2010 29 O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Bem lembrado!
Pág.Página 29
Página 0030:
30 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Presidente: —Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helo
Pág.Página 30
Página 0031:
12 DE MARÇO DE 2010 31 Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: —Srs.
Pág.Página 31
Página 0032:
32 I SÉRIE — NÚMERO 33 asO Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr. e Srs. Depu
Pág.Página 32
Página 0033:
12 DE MARÇO DE 2010 33 Estado precisa deles mas, de uma forma completamente cega, n
Pág.Página 33
Página 0057:
12 DE MARÇO DE 2010 57 e contratação dos professores e técnicos das actividades de
Pág.Página 57
Página 0058:
58 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Dep
Pág.Página 58
Página 0059:
12 DE MARÇO DE 2010 59 representantes dos trabalhadores. É um compromisso ético que
Pág.Página 59
Página 0061:
12 DE MARÇO DE 2010 61 Acresce que a proposta não é geradora de mais despesa para o
Pág.Página 61
Página 0062:
62 I SÉRIE — NÚMERO 33 Vozes do PSD: —Muito bem! O Sr. Hugo Velosa (P
Pág.Página 62
Página 0063:
12 DE MARÇO DE 2010 63 as O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: —Sr. Pres
Pág.Página 63
Página 0064:
64 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … deixar de cumprir a legislaç
Pág.Página 64
Página 0065:
12 DE MARÇO DE 2010 65 pode haver 100% de receitas para as regiões e, depois, haver
Pág.Página 65
Página 0066:
66 I SÉRIE — NÚMERO 33 5% que V. Ex.ª entende que devem ser as regiões autónomas a
Pág.Página 66
Página 0067:
12 DE MARÇO DE 2010 67 Vozes do PSD: —Muito bem! O Sr. Duarte
Pág.Página 67
Página 0068:
68 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Afonso Candal (PS): — Sr. Presidente, pegando nas últi
Pág.Página 68
Página 0069:
12 DE MARÇO DE 2010 69 2009, essa participação esteve inscrita nos mapas da Lei n.º
Pág.Página 69
Página 0070:
70 I SÉRIE — NÚMERO 33 Curricular, passe para a responsabilidade do Ministério da E
Pág.Página 70
Página 0071:
12 DE MARÇO DE 2010 71 Não obstante, foi possível uma consensualização entre o PSD,
Pág.Página 71
Página 0072:
72 I SÉRIE — NÚMERO 33 milhões de euros, ou seja, em cima dos 5 milhões de remunera
Pág.Página 72
Página 0073:
12 DE MARÇO DE 2010 73 Isso não está bem, Srs. Deputados do PSD. Nas pequenas fregu
Pág.Página 73
Página 0074:
74 I SÉRIE — NÚMERO 33 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: —Tem a pala
Pág.Página 74
Página 0075:
12 DE MARÇO DE 2010 75 Aplausos do BE e do PSD. O Sr. Presiden
Pág.Página 75
Página 0076:
76 I SÉRIE — NÚMERO 33 Não sou autor de nenhum parecer, nem sequer consultor
Pág.Página 76
Página 0077:
12 DE MARÇO DE 2010 77 Pausa. Não havendo objecção, interrompe
Pág.Página 77
Página 0078:
78 I SÉRIE — NÚMERO 33 Parece-nos que isso em nada favorece a sistemática do Orçame
Pág.Página 78
Página 0079:
12 DE MARÇO DE 2010 79 exigíveis mais interrupções para que todos saibam exactament
Pág.Página 79
Página 0092:
92 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Presidente: —Srs. Deputados, vamos votar a proposta 17
Pág.Página 92
Página 0093:
12 DE MARÇO DE 2010 93 textuais) que «o Governo de José Sócrates deve tomar medidas
Pág.Página 93
Página 0094:
94 I SÉRIE — NÚMERO 33 conjunto de propostas de autorização legislativa de, por exe
Pág.Página 94
Página 0095:
12 DE MARÇO DE 2010 95 O Sr. Presidente: —Então, algum grupo parlamentar…
Pág.Página 95
Página 0096:
96 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Presidente: —Sr. Deputado, há um requerimento de V. Ex
Pág.Página 96
Página 0097:
12 DE MARÇO DE 2010 97 mas que, com qualificação, com tecnologia, com incorporação
Pág.Página 97
Página 0098:
98 I SÉRIE — NÚMERO 33 A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Portanto, o que nos pare
Pág.Página 98
Página 0099:
12 DE MARÇO DE 2010 99 Aplausos do BE. O Sr. Presidente: —Sr.ª Deputa
Pág.Página 99
Página 0100:
100 I SÉRIE — NÚMERO 33 Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: —Passamos à
Pág.Página 100
Página 0101:
12 DE MARÇO DE 2010 101 Por isso mesmo, o CDS vai manter o seu projecto de lei e ag
Pág.Página 101
Página 0102:
102 I SÉRIE — NÚMERO 33 ajudando as famílias e as empresas a relançarem a sua activ
Pág.Página 102
Página 0103:
12 DE MARÇO DE 2010 103 Assim, do debate que resultou em Comissão e que, de alguma
Pág.Página 103
Página 0104:
104 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado Honório Nov
Pág.Página 104
Página 0105:
12 DE MARÇO DE 2010 105 Desta vez, há uma particularidade. É que as do sector finan
Pág.Página 105
Página 0106:
106 I SÉRIE — NÚMERO 33 plafond elevado foi suficiente para inspirar confiança e tr
Pág.Página 106
Página 0107:
12 DE MARÇO DE 2010 107 Direi que o impacto de uma medida destas na economia das em
Pág.Página 107
Página 0108:
108 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. Secretário de Estado do Tesouro e Finanças: —Pelo con
Pág.Página 108
Página 0109:
12 DE MARÇO DE 2010 109 O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros
Pág.Página 109
Página 0110:
110 I SÉRIE — NÚMERO 33 Aplausos do BE. O Sr. Presidente: —Tem
Pág.Página 110
Página 0111:
12 DE MARÇO DE 2010 111 outras bancadas neste Parlamento. Tal permitirá, por exempl
Pág.Página 111
Página 0112:
112 I SÉRIE — NÚMERO 33 Aliás, isto não é novidade, porque o repatriamento, se bem
Pág.Página 112
Página 0113:
12 DE MARÇO DE 2010 113 O Sr. Victor Baptista (PS): — Tenha calma! Ag
Pág.Página 113
Página 0114:
114 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. José Gusmão (BE): — Sr. Presidente, nos últimos tempo
Pág.Página 114
Página 0115:
12 DE MARÇO DE 2010 115 das obrigações que, neste momento, existem e que são destin
Pág.Página 115
Página 0116:
116 I SÉRIE — NÚMERO 33 O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, relativ
Pág.Página 116