O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

48 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010

procedimento está dependente de uma validação imediata pelo juiz de instrução criminal, não se compreenderia que os órgãos de polícia criminal pudessem deter, fora de flagrante delito, mantendo o sujeito detido por 48 horas sem qualquer validação. Em sede de comissão, devemos analisar ponderadamente esta matéria.
No que respeita aos processos especiais, e em particular ao processo sumário, há um alargamento dos prazos e a instituição de mecanismos que dificultem a remessa dos autos para outra forma de processo mais morosa. É aqui que está a resposta à pequena e média criminalidade.
Nesta matéria, merece-nos alguma reserva a proposta do CDS-PP relativa à introdução de tribunais colectivos no processo sumário. Em primeiro lugar, há que atender à estrutura de todo o processo penal, assente na divisão clara de procedimentos relativos, por um lado, à pequena e média criminalidade e, por outro, à criminalidade grave.
Por outro lado, não será de subestimar as implicações de tal alteração na orgânica dos tribunais, com a introdução de colectivos nos turnos para os processos sumários. De facto, do que o País, neste momento, precisa é não de uma revolução no sector judiciário mas, sim, de uma estabilidade que lhe permita trabalhar com serenidade e fazer justiça.

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Oneto (PS): — Por outro lado, também entendemos que, neste momento, para além das alterações pontuais que visam dar mais operacionalidade ao sistema, é prematuro introduzir mudanças que perturbem a regular organização dos tribunais.
Finalmente, no que respeita ao reforço dos direitos das vítimas, cremos que, também em sede de comissão, haverá oportunidade de reflectir e melhorar as propostas do CDS-PP e do BE. Não podemos esquecer que a legislação portuguesa nesta matçria ç, como nos ensina Figueiredo Dias,»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Já cá faltava!

A Sr.ª Isabel Oneto (PS): — » uma das mais avançadas e inovadoras no que respeita à protecção da vítima, o que não significa que não possamos aprofundar e melhorar se se verificar que o estatuto do ofendido não salvaguarda já todos os seus direitos.

Aplausos do PS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — E no debate apareceu o autor: Figueiredo Dias!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Findo este debate, agendado pelo CDS, em que o Governo, finalmente, teve oportunidade de agendar as suas propostas, reconhecendo aquilo que, aliás, o CDS sempre disse, isto é, que as leis penais estavam erradas e que careciam de mudanças significativas, e em que todos os partidos (excepto o PSD) agendaram os seus projectos e as suas propostas, cumpre-nos realçar a realidade de que, em matéria de segurança, a regra e o caminho são normalmente sempre os mesmos: o CDS propõe, o PS ofende-se e cita Figueiredo Dias, o BE escandaliza-se, o PSD atemoriza-se, dois anos depois a realidade dá-nos razão e lá vêm os projectos todos (ou quase todos)!

Aplausos do CDS-PP.

Sr. Ministro, é verdade que a prisão preventiva é excepcional, é verdade que não é uma prisão antecipada, mas, em alguns casos muito extremos, nomeadamente naqueles casos de flagrante delito, de criminalidade especialmente violenta, com gravidade extrema, o Sr. Ministro sabe — e eu sei que o Sr. Ministro sabe! — que

Páginas Relacionadas
Página 0023:
23 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Sr. Deputado, sabe que as autarquias da re
Pág.Página 23
Página 0024:
24 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Penal, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 78/87
Pág.Página 24
Página 0025:
25 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Aplausos do CDS-PP. Fizemo-lo com to
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 existam vários crimes e um deles tenha uma
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Quero terminar, Sr.ª Presidente, Srs. Mini
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Antes, porém, deixe-me recordar-lhe que, e
Pág.Página 29
Página 0030:
30 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 arriscar a minha vida, para, depois, as le
Pág.Página 30
Página 0031:
31 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 A defesa do bom nome dos suspeitos ou dos
Pág.Página 31
Página 0032:
32 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Com esta proposta de lei, o Governo insist
Pág.Página 32
Página 0033:
33 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 criminalidade mais grave e complexa; à ate
Pág.Página 33
Página 0034:
34 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Conselho da Europa — , e não é, por isso,
Pág.Página 34
Página 0035:
35 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Saliento a importância de se obter um cons
Pág.Página 35
Página 0036:
36 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 mão do Ministro da Justiça, promovendo uma
Pág.Página 36
Página 0037:
37 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Código de Processo Penal, aquilo que está
Pág.Página 37
Página 0038:
38 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Sr. Ministr
Pág.Página 38
Página 0039:
39 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 O Sr. Ministro da Justiça: — Sr. Presiden
Pág.Página 39
Página 0040:
40 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. President
Pág.Página 40
Página 0041:
41 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Quanto ao segredo de justiça, entendemos q
Pág.Página 41
Página 0042:
42 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 As recomendações do Observatório, como já
Pág.Página 42
Página 0043:
43 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 A Sr. Teresa Morais (PSD): — Claro!
Pág.Página 43
Página 0044:
44 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 de coacção. Não faz qualquer sentido que o
Pág.Página 44
Página 0045:
45 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Os Verdes vão votar a favor destas iniciat
Pág.Página 45
Página 0046:
46 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 globalizado em que vivemos, com o aparecim
Pág.Página 46
Página 0047:
47 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 abranja apenas aqueles que têm contacto co
Pág.Página 47
Página 0049:
49 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 acaba, de facto, por ser a tal prisão ante
Pág.Página 49
Página 0050:
50 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Uma outra nota que quero registar tem a ve
Pág.Página 50
Página 0051:
51 | I Série - Número: 038 | 25 de Março de 2010 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: —
Pág.Página 51