O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. José Gusmão (BE): — Mas, neste pedido de esclarecimento, quero falar-lhe sobre duas questões que focou na sua intervenção.
Disse que é incoerente, da parte de quem defende instrumentos de poupança, opor-se aos benefícios fiscais que são dados aos PPR. Não, Sr. Deputado Victor Baptista! Os PPR, como o Sr. Deputado bem sabe, são o instrumento de poupança que é utilizado pelos 5% de portugueses que têm rendimentos mais elevados.
Os certificados de aforro, que os senhores destruíram, esses, sim, eram um bom instrumento de poupança para muitos cidadãos portugueses. Aliás, o Governo do Partido Socialista vem, agora, com os certificados do tesouro, tentar inverter o erro que cometeu com os certificados de aforro. Só que há um problema: se o Governo vai manter os benefícios fiscais injustificáveis que dá aos PPR e, já agora, se os vai manter para os fundos de investimento mobiliário, não se compreende muito bem que sucesso espera que tenham estes certificados do tesouro, a não ser que — e esta é a primeira questão que lhe coloco — a subscrição destes certificados do tesouro já esteja assegurada, a não ser que o Partido Socialista esteja a planear o sucesso da emissão dos certificados do tesouro com a subscrição obrigatória, através do 14.º mês dos funcionários públicos.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

O Sr. José Gusmão (BE): — Coloco-lhe, pois, muito directamente, a questão de saber se há ou não a possibilidade de, não hoje mas daqui a uns meses, se vir a decidir que estes certificados do tesouro terão procura assegurada com o 14.º mês dos trabalhadores da função pública.
Segunda questão: o Sr. Deputado Victor Baptista — e nisto já havia sido precedido pelo Sr. Deputado Eduardo Cabrita — falou aqui do que se está a mover em relação aos offshore. Peço desculpa, mas não estamos a ver nada. Em todos os debates sobre offshore, nesta Casa, o Partido Socialista diz sempre a mesma coisa: tem de ser decidido noutros espaços. Mas, nos outros espaços, de que fala o Partido Socialista, nem o Partido Socialista português nem o europeu propõem seja o que for. Não está em discussão, na União Europeia, uma única proposta de tributação sobre os offshore. Zero! Não há nada! O que há é um relatório não legislativo que fala sobre trocas de informação. Portanto, em matéria de tributação dos offshore, o que está a ser discutido na União Europeia, com o devido respeito e falando bom português, é conversa! É isto que o Partido Socialista tem para oferecer em matéria de tributação sobre os offshore: boas intenções, dizer sempre que o problema tem de ser abordado noutro sítio e nesse outro sítio dizer exactamente a mesma coisa.
Diga-se de passagem que as propostas que aqui são apresentadas são perfeitamente susceptíveis de ser aplicadas num só país, ao contrário do que disse o Sr. Deputado Eduardo Cabrita. Portanto, do que se trata aqui é de falta de coragem política e de falta de compromisso do Partido Socialista com aquilo que diz, em teoria, em matéria de offshore.
Por isso, se vamos estar à espera de uma concertação planetária para regulamentar os offshore, Srs. Deputados, ainda bem que estão sentados, porque é assim que terão de esperar.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José Gusmão (BE): — Finalmente, Sr. Deputado Victor Baptista, é falso que, da parte do Governo, tenham surgido respostas inequívocas em matéria de legislação laboral. Há várias declarações, já de ontem, de Srs. Ministros do Governo, no sentido de que é possível que seja necessário aperfeiçoar alguns aspectos da nossa legislação laboral. Ora, nós já sabemos de que é que o Partido Socialista fala, quando se refere a aperfeiçoar a legislação laboral — temos experiência, e essa experiência é lamentável.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Victor Baptista.

Páginas Relacionadas
Página 0007:
7 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Francisco Anacleto Louçã Heitor Nuno Pa
Pág.Página 7
Página 0008:
8 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 bancário e financeiro com actividade na Zon
Pág.Página 8
Página 0009:
9 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Só nos anos de 2007, de 2008 e de 2009, não
Pág.Página 9
Página 0010:
10 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 empresas deste país), o Estado teria arrec
Pág.Página 10
Página 0011:
11 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Só
Pág.Página 11
Página 0012:
12 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — É por iss
Pág.Página 12
Página 0013:
13 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 perda do poder de compra da generalidade d
Pág.Página 13
Página 0014:
14 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 portuguesa no sentido de uma concertação d
Pág.Página 14
Página 0015:
15 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 O Sr. Honório Novo (PCP): — Os Srs. Deput
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 despesa pública e inflectir, assim, uma mu
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 A Sr.ª Isabel Sequeira (PSD): — O PCP apr
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 na despesa pública e reestruturar o Estado
Pág.Página 18
Página 0019:
19 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Em suma, e concluindo, estamos disponíveis
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Este é o caminho do Partido Comunista Port
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (L
Pág.Página 21
Página 0023:
23 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 O Sr. Victor Baptista (PS): — Sr. Preside
Pág.Página 23
Página 0024:
24 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Mu
Pág.Página 24
Página 0025:
25 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não é
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Pres
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (L
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 capacidade exportadora, na qual temos, pel
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 Este discurso catastrofista que o Partido
Pág.Página 29
Página 0030:
30 | I Série - Número: 066 | 11 de Junho de 2010 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — » e os s
Pág.Página 30